Setembro Amarelo: jovens e idosos são mais vulneráveis aos problemas mentais

Cada vida importa! Mas não basta reconhecer este fato. É preciso estar atento para ajudar na prevenção ao suicídio. Criado em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina, o Setembro Amarelo tem o compromisso de chamar a atenção para este tema considerado tabu, mas que deve ser abordado para impedir que pessoas tomem uma atitude irreversível contra elas mesmas. Só para se ter uma ideia da urgência de fazer este alerta, um levantamento da Organização Mundial de Saúde, em 2015, apontou que pelo menos 800 mil suicídios acontecem todos os anos no mundo. No Brasil, são cerca de 15 mil casos anualmente.


— O suicídio é uma questão de saúde pública. A pandemia, devido ao isolamento social, agravou esse problema. A depressão, o transtorno de ansiedade, a dependência química, a esquizofrenia, entre outras doenças, podem levar ao suicídio. Uma maneira de salvar vidas é o tratamento adequado das doenças mentais — comenta o especialista, que tem consultório no Leblon.

Gebara garante que os sinais de quem está precisando de ajuda são fáceis de ser identificados:

— Há uma mudança de comportamento. O sujeito que era extrovertido deixa de ser. Fica claro um desinteresse por atividades estudantis, profissionais ou sociais. O indivíduo também passa a dizer frases, como “Não aguento mais essa vida”. O auxílio profissional, imediato, para quem apresenta estes sintomas é fundamental.

Jovens e idosos são os mais afetados pelo problema, como ele confirma: Pessoas entre 15 e 24 anos, assim como quem já passou dos 60, fazem parte de um grupo mais vulnerável. No caso dos jovens, é porque sofrem influências de terceiros e de jogos da internet que incitam práticas de atos terríveis. Já os idosos, é porque muitas vezes ficam sem esperança no amanhã.

— Um avô e um tio tiraram suas vidas. É um baque pela morte e pelo fato de a própria pessoa ter feito isso. Minha mãe se preocupava que eu fizesse o mesmo. Mas tenho gana de viver — ressalta.

Fonte: O Globo