Um novo estudo apresentado na Translational Psychiatry mostra que o estado de flow (também conhecido como estado de fluxo, aquela condição em que a pessoa fica submersa em uma concentração inabalável) pode ajudar a proteger não apenas o cérebro, mas também o coração: a tendência é que pessoas mais suscetíveis a esse estado sejam menos propensas a condições cardiovasculares.
O estado de flow é definido como o ápice da atividade cerebral. Por enquanto, fica o alerta de que as pesquisas científicas ainda não conseguem chegar a uma conclusão concreta sobre os efeitos que o fluxo possa causar na saúde física ou mental.
No entanto, a nova pesquisa analisou os diagnósticos de 9.300 pessoas na Suécia para entender se um traço específico chamado neuroticismo — uma tendência de ser emocionalmente desequilibrado e facilmente irritado — influencia as associações observadas entre fluxo e saúde mental, e se existe algum papel exercido pelo histórico familiar e pela genética
Descoberta: as pessoas mais propensas a experimentar o estado de flow tinham um risco menor de certos diagnósticos, incluindo:
- Depressão
- Ansiedade
- Esquizofrenia
- Transtorno bipolar
- Distúrbios relacionados ao estresse
- Doenças cardiovasculares
Mas quando os pesquisadores fizeram uma relação com esse traço do neuroticismo e os fatores familiares, notaram que as experiências de fluxo permaneceram associadas apenas à depressão maior e à ansiedade. Além disso, essas associações diminuíram.
De qualquer forma, a conclusão dos cientistas é que o estado de flow pode ter algum efeito protetor, principalmente no que diz respeito à saúde mental.
Estado de flow e saúde mental
No entanto, os próprios autores têm a ressalva de que essa relação é mais complexa do que se pensava.
O material traz a teoria de que o estado de fluxo também pode não causar diretamente um risco menor para estas condições, mas que fatores como os genes devem ser levados em consideração.
Ou seja: as próximas devem nos ajudar a entender melhor os efeitos do estado de flow. Mas um dos motivos para essa relação pode ser que o ser humano tende a gastar menos tempo com reflexões e preocupações, o que ajuda a ter um sutil vislumbre da relação com a ansiedade.
“Os resultados estão alinhados com um papel protetor causal das experiências do estado de flow na depressão e potencialmente na ansiedade”, diz o estudo, mas relembra que “o neuroticismo e os fatores familiares são fatores de confusão notáveis nas associações observadas entre a propensão ao fluxo e os resultados de saúde”.
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Fonte: Translational Psychiatry