Iniciativa quer aumentar visibilidade de pesquisas latino-americanas sobre cérebro

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Neurocientistas querem compartilhar resultados e experiências entre melhores centros de pesquisa do mundo

Pesquisas sobre o entendimento do cérebro, realizadas em países da América Latina e Caribe, vão ganhar mais visibilidade e inserção mundial com a criação da Iniciativa Latino-Americana do Cérebro. A ideia é combinar esforços e recursos para que os estudiosos da neurociência compartilhem seus resultados e experiências com os melhores centros de pesquisa existentes no mundo.

Presidente da Federação de Sociedades de Neurociência da América Latina (Falan), do Caribe e na Península Ibérica, a professora Elaine Del Bel, do Laboratório de Neurobiologia Celular da Faculdade de Odontologia (Forp) da USP em Ribeirão Preto e representante dessas entidades na Iniciativa, conta que o projeto surgiu pela complexidade da estrutura cerebral e o imenso esforço necessário para entender o cérebro.

As pesquisas vão se debruçar sobre as doenças neurológicas e as possibilidades de cura, mas devem ir além. Segundo a professora, vão estudar também os limites da ética, principalmente agora quando o mundo entra na era da Inteligência Artificial, ciência que se desenvolve com base nas descobertas sobre o cérebro. Elaine Del Bel, que também é representante da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento, explica que, com esse cenário, a USP pode ser importante por ter uma riqueza de cérebros e cientistas com todas as condições para o avanço dessas investigações.

“É claro que se espera que haja um investimento, mas também se espera que haja uma amplificação do aumento do diálogo com cidadãos, com pacientes e setores relevantes da comunidade, como a indústria”, diz a professora.

Fonte: JORNAL DA USP