As causas para a perda de memória são diversas. Entre as mais comuns estão alterações do sono, uso de remédios, hipotireoidismo, ansiedade, depressão, infecções ou doenças neurológicas.
Para a maioria das pessoas, hábitos de vida mais saudáveis que incluam exercícios físicos, alimentação balanceada, relaxamento com meditação e exercícios de treino de memória são suficientes para prevenir esquecimentos.
No entanto, se os lapsos de memória estão se tornando cotidianos ou atrapalhando a realização de tarefas diárias, é fundamental consultar um médico para analisar as causas e iniciar o tratamento correto.
As principais causas de perda de memória e as formas de tratá-las são:
1. Estresse e ansiedade
A principal causa de perda da memória é o estresse e a ansiedade. Em momentos assim, ocorre a ativação de muitos neurônios e regiões do cérebro, o que gera confusão e dificulta a realização de tarefas simples. Por isso, é comum haver uma perda de memória repentina em situações como uma apresentação oral ou uma prova.
2. Faltade atenção
A simples falta de atenção faz com que o esquecimento seja mais frequente. É mais fácil esquecer detalhes como um endereço ou onde se guardou as chaves quando se está muito distraído, não sendo necessariamente um problema de saúde. A memória e a concentração podem ser treinadas com exercícios que ativam o cérebro, como a leitura de um livro ou um simples jogo de palavras cruzadas.
3. Depressão
A depressão e outras doenças psiquiátricas como síndrome do pânico e transtorno bipolar podem causar déficit de atenção e afetar o funcionamento de neurotransmissores cerebrais, alterando a memória. Nestes casos, deve ser iniciado o tratamento com antidepressivos ou medicamentos orientados pelo psiquiatra. A psicoterapia também pode ser importante.
4. Hipotireoidismo
Quando não tratado adequadamente, o hipotireoidismo deixa o metabolismo mais lento e prejudica o funcionamento cerebral. Geralmente, a perda de memória pela condição é acompanhada de outros sintomas como sono excessivo, pele seca e cansaço intenso. O tratamento é orientado pelo clínico geral ou endocrinologista.
5. Falta de vitamina B12
A deficiência de vitamina B12 altera o funcionamento cerebral, prejudicando a memória e o raciocínio. A reposição desta substância é feita com alimentação equilibrada, suplementos nutricionais ou, em caso de má absorção pelo estômago, com injeções da vitamina.
6. Uso de remédios para ansiedade
Alguns medicamentos podem provocar um efeito de confusão mental e prejudicar a memória, sendo mais comum em quem usa sedativos frequentemente. Os lapsos também podem surgir como efeito colateral de remédios de vários tipos, como anticonvulsivantes, neurolépticos e alguns medicamentos para labirintite.
Estes efeitos variam de pessoa para pessoa, portanto é sempre importante relatar os remédios usados ao médico caso haja suspeita de alteração da memória. Orienta-se conversar com o médico para a troca ou suspensão de possíveis medicamentos associados à perda de memória.
7. Uso de drogas
O excesso de álcool e o uso de drogas ilícitas interferem no nível de consciência e são tóxicos para os neurônios, prejudicando as funções do cérebro e a memória. Para o tratamento, é importante abandonar o uso de drogas ilícitas e consumir álcool com moderação. Existem procedimentos que auxiliam contra a dependência química e são orientados em postos de saúde.
8. Dormir menos de 6 horas
A falta de um descanso adequado, que deve ser de 6 a 8 horas por dia, atrapalha a manutenção da atenção e do raciocínio. Uma boa noite de sono pode ser adquirida com a introdução de hábitos simples no seu cotidiano, como evitar consumo de café após as 17h e diminuir o uso de celular ou ver TV na cama. Casos mais graves podem ser tratados com medicamentos ansiolíticos, orientados pelo médico.
9. Alzheimer e demências
O Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que prejudica a memória e interfere na capacidade de raciocínio e de controlar o comportamento à medida que progride. Também existem outros tipos de demência que causam alterações da memória, principalmente no idoso, como a demência vascular, o Parkinson ou demência por corpúsculo de Lewy, que devem ser diferenciados pelo médico.
Caso a doença seja confirmada, o neurologista ou geriatra pode indicar remédios anticolinesterásicos. Além disso, o médico responsável também pode sugerir atividades como terapia ocupacional e fisioterapia, para que a pessoa consiga manter suas funções o maior tempo possível.
Como melhorar a memória naturalmente
Comer alimentos ricos em ômega 3, como salmão, peixes de água salgada, sementes e abacate, ajuda a melhorar a memória e a concentração. Deve-se apostar numa alimentação saudável, equilibrada, que contenha os alimentos certos.
Exercícios para memória e concentração também são aliados importantes para manter o cérebro ativo. Essas práticas aumentam a capacidade de aprendizado e ajudam a prevenir o declínio cognitivo que pode acontecer ao longo do tempo.