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Novos estudos sobre videogames e plasticidade cerebral

Videogame neuroracer

 

17 de Junho, 2015 – Estudo já publicado aqui em nosso Neuroblog mostrou que jogares habituais de videogames de ação tem mais massa cinzenta, melhor conectividade, além de maior incremento das funções cognitivas. Nele, o volume do cérebro dos participantes do estudo foi mapeado e quantificado, através de ressonância magnética, e comparado com um grupo controle (participantes que jogavam apenas moderamente).

 

Outro estudo na mesma linha, intitulado “Playing Super Mario Induces Structural Brain Plasticity: Gray Matter Changes Resulting from Training with a Commercial Video Game” ou em tradução livre “Jogar Super Mario induz plasticidade cerebral estrutural: alterações da massa cinzenta resultantes de treinamento com um jogo de vídeo game comercial” foi realizado no Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano e Medicina da Universidade de Charité, em Berlim. 

 

Os pesquisadores desse estudo apontam que os benefícios dos jogos poderiam ser úteis em intervenções terapêuticas voltadas para transtornos psiquiátricos. Segundo a autora principal, Simone Kühn, os games podem ser uma ferramenta útil para o tratamento de pacientes com problemas de saúde mental em que regiões do cérebro são alteradas ou reduzidas em tamanho, tais como: esquizofrenia, transtorno de estresse pós-traumático (PTSD) ou até mesmo doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer.

 

– Embora estudos anteriores mostrem diferenças na estrutura cerebral de jogadores de videogame, o presente estudo pode demonstrar o nexo de causalidade direto entre jogos de videogame e um aumento volumétrico cérebro. Isto prova que regiões específicas do cérebro podem ser treinadas por meio dos jogos – afirma Kühn .

 

Tanto a neurogênese (crescimento de neurônios) quanto neuroplasticidade (capacidade de o cérebro se modificar) foram observadas no hipocampo direito, córtex pré-frontal direito e no cerebelo. Essas regiões do cérebro estão envolvidas em funções como orientação espacial, formação  da memória, planejamento estratégico e habilidades motoras finas das mãos.

 

– Muitos pacientes aceitam videogames mais facilmente do que outras intervenções médicas -, acrescenta o psiquiatra Jürgen Gallinat, co-autor do estudo. Outros estudos para investigar os efeitos de jogos de videogame em pacientes com problemas de saúde mental estão sendo realizados.

 

Benefícios em habilidades de multitarefas

VideogamesJá pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF) criaram um videogame especializado para ajudar pessoas mais velhas a melhorar habilidades cognitivas como, por exemplo, lidar com várias tarefas  ao mesmo tempo. O neurocientista Adam Gazzaley, da UCSF,  e seus colegas também publicaram suas descobertas na revista Nature

 

No estudo preliminar na UCSF, voluntários saudáveis de ​​idades entre 60 a 85  anos melhoraram suas capacidades de foco e multitarefas. O jogo melhorou a  memória de curto prazo, usada para lembrar de coisas como um número de  telefone de 7 dígitos por tempo suficiente para escrevê-lo. Essas habilidades  cognitivas normalmente diminuem com a idade.

 

O videogame – chamado NeuroRacer – envolve fazer duas coisas ao mesmo tempo.  O jogador usa um joystick para guiar um carro ao longo de uma colina, pela estrada, conduzindo-o e controlando sua velocidade. Ao mesmo tempo, uma série de sinais aparecem na tela. O jogador tem que apertar um botão apenas quando um determinado tipo de sinal aparece. Os participantes do estudo foram avaliados pela rapidez e precisão com as quais reagiram aos sinais corretos.

 

Neurocientistas não envolvidos com essas pesquisas especificamente apontam que estudos anteriores também mostram que pessoas mais velhas podem sim melhorar suas habilidades mentais com treinamento orientado.

 

– Apresentar jogos atraentes pode ajudar as pessoas a aderirem ao treinamento – disse Elizabeth Zelinski, professora na University of Southern California. A chave para a criação de fluxo e superfluidez sempre vai ser o aumento do nível de desafio para corresponder ao seu nível de habilidade a fim de encontrar o ponto ideal entre o tédio e a ansiedade.

 

Jogos para todas as idades

 

Outros estudos apontam que jogos de videogame especializados podem ser capazes de estimular as capacidades mentais de pessoas de todas as esferas de vida e idades. Videogames especificamente projetados podem gerar benefícios para crianças com transtorno de déficit de atenção, para pessoas com transtorno de estresse pós-traumático, depressão ou demência ou lesão cerebral e, claro, pessoas de meia e terceira idades – faixa etária que mais sofre com declínio cognitivo natural -, ressalta o neurocientista Adam Gazzaley.

 

Desta maneira, BrainHQ® vem inovando ao disponibilizar dezenas de jogos cientificamente desenvolvidos para melhorar o desempenho cerebral em diversas habilidades como foco e atenção, memória, velocidade de raciocínio e até mesmo habilidades de direção e orientação espacial. Todos estes jogos são cientificamente testados e comprovados.

 

Para experimentar essas ferramentas e dar uma turbinada no seu cérebro, faça seu cadastro gratuitamente e comece a praticar hoje mesmo!

5 posts em 1: desvendando a química do amor

11 de Junho, 2015 –

Desvendando a química do amor…

Cérebro amando

A investigação da neurociência sobre o amor tem algumas conclusões interessantes que podem te surpreender. Confira a seguir 5 posts!

 

Quando o amor bate para valer

 

A pesquisadora Helen Fisher passou sua vida acadêmica tentando descobrir o que acontece nos cérebros daqueles que estão apaixonados, naqueles momentos inebriantes em que as pessoas sentem “borboletas no estômago”. Helen examinou os cérebros de jovens amantes e descobriu que quando eles focam no objeto de sua afeição, toda uma sequência de partes do cérebro se ativa. Primeiro, ela descobriu que o núcleo caudado – parte primitiva do cérebro basal – é altamente ativo nos apaixonados. Como esperado, ela também viu as áreas do cérebro associadas com a produção de dopamina e norepinefrina se ativarem. A liberação dessas substâncias está associada a atividades prazerosas.

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– Não me admira que os amantes se falem a noite toda ou que escrevam poesias extravagantes e e-mails auto-reveladores, que cruzem continentes e oceanos para estar com a pessoa amanda por apenas um fim de semana ou mudem de emprego, estilos de vida. Encharcados de produtos químicos que conferem foco, resistência e vigor, e impulsionados pelo motor motivador do cérebro, amantes sucumbem a um apelo de cortejo hercúleo – ressalta.

 

Helen também observou que outras partes do sistema de recompensa, como as que são ativadas quando você está comendo chocolate, desempenham um papel durante esta fase do amor. Ela apoia a hipótese de que assim como o que ocorre com o chocolate, estar apaixonado é viciante. A dopamina como se sabe também é liberada quando se consome drogas como a cocaína, por isso que não é surpreendente que – como sugerem outros estudos a respeito dos efeitos da dopamina no cérebro – um término de namoro ruim é como estar no início de uma crise de abstinência.

 

Segredos para um casamento feliz

 

Cerebro coraçao

O pesquisador Ted Huston, por sua vez, é mais interessado em estudar o que acontece em relacionamentos de longo prazo. Um revelação interessante de uma de suas pesquisas é que, ao longo da vida, os casais que idealizavam um ao outro tiveram um casamento bem mais feliz. Para Huston, “ter uma boa opinião sobre o seu par e vê-lo de uma forma melhor do que ele ou ela é realmente, pode ajudar muito”.

 

Huston também encontrou diferenças de gênero nos quesitos necessários para um casamento feliz. Por exemplo, alguns de seus estudos tem mostrado que as mulheres são mais felizes em seu casamento se elas passam muito tempo com o marido, com os amigos e familiares, enquanto os homens que estão felizes com suas finanças tendem a ser mais felizes no casamento. Ambos os sexos são mais felizes quando eles sentem que têm “influência” sobre o seu cônjuge. Provavelmente você já poderia ter adivinhado tudo isso sem precisar saber desses resultados de anos de pesquisa do Huston.

 

Há, é claro, as pessoas que estão juntas há décadas e ainda agem como duas crianças no amor. Ao examinar a atividade cerebral dos “pombinhos” casados há muito tempo, os resultados obtidos se parecem muito com os resultados dos recém-namorados, conforme foi demonstrado por Helen Fisher. Em particular, a atividade cerebral é bem similar em regiões associadas com a motivação, a ansiedade e a recompensa. O pesquisador Arthur Aron e seus colegas observam que “enquanto o amor romântico é um mistério e que a capacidade de mantê-lo pode nunca ser totalmente compreendida, os estudos fornecem evidências sobre o que podem ser atividades essenciais para fazer com que o amor possa sempre durar”.

 

Dicas para manter viva chama da paixão

I love Cérebro

Muitos especialistas em relacionamento sugerem que os casais que estão juntos há muito tempo podem manter o romance vivo com noites de encontros românticos regulares. A neurociência nos mostra que a noite de encontro pode ajudar a manter um relacionamento sempre renovado e gratificante, mas se, e somente se, você fizer as coisas do jeito certo. A chave aqui é a novidade: você e seu par devem se engajar em novas experiências que sejam divertidas e emocionantes para que possam ter a dopamina e norepinefrina fluindo e assim recompensar os seus cérebros. Lembre-se de que quando você se apaixonou, a dopamina e a norepinefrina desempenharam relevante fator. As pesquisas neurocientíficas mostram que a novidade é um dos fatores-chave na condução de plasticidade cerebral positiva – que é capacidade de o seu cérebro transformar-se para funcionar melhor.

 

Que tal mudar o seu cérebro ao combinar um encontro romântico num local para fazer escalada ou algum esporte mais radical? Se esportes radicais não são seus tipos preferidos de atividades, talvez você possa levar em conta a proposta do pesquisador e psicólogo Richard Slatcher. Ele descobriu que aqueles casais que saem juntos com outros casais são “mais propensos a ter relacionamentos românticos felizes e satisfatórios.” Poderia ter algo a ver com a quebra da rotina e à introdução de novidades de outras fontes. Então, talvez você ainda possa ir para o mesmo restaurante todas as semanas, mas desde que a reserva seja para 4, e não para dois.

 

Oxitocina, o hormônio do amor?

 

Você já ouviu falar sobre a ocitocina, também chamada de “hormônio do amor? Estudos em humanos e animais mostraram que esse hormônio desempenha um papel na criação de afeto: quando lançada em seu cérebro durante certos tipos de contato humano, ela tem um efeito que cria uma ligação entre você e a outra pessoa envolvida. Isto faz muito sentido, porque sabe-se que a ocitocina é liberada quando uma mulher está amamentando seu bebê, quando duas pessoas estão se abraçando e durante a atividade sexual. Também já vem sendo demonstrado em pesquisas que a ocitocina esteja envolvida em outras respostas emocionais, como na construção da confiança e empatia. Algumas pesquisas sugeriram que a ocitocina poderia ser usada terapeuticamente em pessoas que sofrem de distúrbios como o autismo ou esquizofrenia, doenças que dificultam a ligação e o desenvolvimento de relacionamentos positivos. Em outros estudos, foram obtidos resultados promissores quando se aplicava uma dose do hormônio por meio de spray nasal em tais pacientes.

 

No entanto, as coisas nunca são tão simples como parecem. Pesquisas mais recentes sobre a ocitocina sugerem um lado obscuro para o chamado “hormônio do amor.” Enquanto ela afeta comportamentos positivos de confiança e de ligação, ele também pode provocar comportamentos opostos, como o ciúme, a inveja e a suspeita. Isto sugeriria que, ao contrário da crença anterior, gatilhos de ocitocina amplificariam os sentimentos sociais de todos os tipos, não apenas os positivos. Nas palavras da pesquisadora Simone Shamay-Tsoory, “quando a associação da pessoa é positiva, a ocitocina reforça comportamentos pró-sociais; quando a associação é negativa, o hormônio aumenta sentimentos negativos”. Para o psicólogo Greg Norman isso mostra que a ocitocina não é um hormônio do amor; seus efeitos variam em cada tipo de pessoa. Então, melhor adiar essa coisa de spray nasal para outro momento.

 

Ouça música e evite junk food

cérebro pedaço de coraçao

Será que todo esse papo de romantismo faz você se sentir um pouco entediado? Temos uma boa notícia: um estudo recente mostrou que escutar a sua música favorita tem um efeito semelhante no seu cérebro assim como outras atividades indutoras de prazer, como as relações sexuais. Se você prefere Tchaikovsky, Mozart, Madonna, ou até mesmo um garboso Tango, estudos com ressonância magnética e tomografias revelaram que, quando você ouve músicas que te deixam animado ou relaxado, seu cérebro vai liberando a poderosa dopamina durante os momentos mais emocionantes da música e até mesmo na antecipação desses momentos.

 

Algumas atividades que fazemos podem produzir tanta dopamina que, ao longo do tempo a resposta a ela vai diminuindo, o que significa que você pode perder a capacidade de sentir qualquer tipo de prazer em tudo! Os culpados habituais deste efeito de embotamento da dopamina são drogas como a cocaína e a heroína, o que é uma boa notícia para a grande maioria de nós que não somos viciados em substâncias ilícitas. A má notícia é que, se você é viciado em alimentos gordurosos, a mesma coisa poderia acontecer com você.

 

Em outro estudo, observaram que ao deixar os ratos comerem a quantidade de queijo, bacon, linguiça e outros alimentos gordurosos a vontade, além deles ficarem obesos, as suas respostas à dopamina diminuíram com o tempo. Portanto, uma pequena fatia de doce ou aquele alimento gorduroso que você tanto gosta (de vez em quando) pode manter a sua dopamina fluir no seu corpo, mas o exagero pode ter consequências negativas tanto para o seu cérebro quanto para sua cintura.

 

Potencialize seu cérebro. Pratique BrainHQ®.

 

Projetado por renomados neurocientistas, os exercícios da nossa plataforma on-line BrainHQ (agora totalmente em português) foram clinicamente testados em mais de 70 pesquisas independentes que demonstraram reais melhorias nas capacidades de foco, atenção e concentração, velocidade de processamento cerebral, além de ganhos em capacidades de memória e muito, muito mais. Estas melhorias podem se refletir positivamente na sua vida como um todo. Cadastre-se grátis e comece a praticar hoje mesmo.

Doutor em biologia e monge ensina como treinar o cérebro e ser mais feliz

03 de Junho, 2015 –

A chave da felicidade pode estar no treino cognitivo?

Monge eletro

 

Há 40 anos, Matthieu Ricard abandonou sua carreira acadêmica e mudou-se para a região do Himalaia, onde tornou-se monge. Há 15 anos, ele vem participando de pesquisas sobre os efeitos da compaixão, do altruísmo e da meditação no cérebro humano.

 

No final do mês passado, Matthieu Ricard esteve no Brasil para lançar seu novo livro A Revolução do Altruísmo. Em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, o monge budista – que também é doutor em biologia molecular – revela resultados de diversos experimentos científicos do qual participou e dá dicas de como treinar o cérebro para ser mais feliz. Confira abaixo.

 

Folha – Você é apresentado como o homem mais feliz do mundo. O que isso quer dizer?

 

Matthieu Ricard – (Risos) Isso não quer dizer nada. Trata-se de uma distorção feita por um jornal britânico a partir de uma pesquisa científica sobre os efeitos da compaixão, do amor e da bondade no cérebro, da qual participei, feita pelo neurocientista Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin (EUA). Nela, vários meditadores experientes tiveram seus cérebros escaneados durante a meditação, sendo mapeada atividade intensa e muito poderosa nas áreas relacionadas a emoções positivas. O resultado superou tudo o que já havia sido reportado em neurociência, mas não existe base científica para dizer quem é a pessoa mais feliz do mundo.

 

Folha – O que é felicidade, então?

 

Felicidade é bem-estar. Não é busca incessante por sensações prazerosas. Tudo bem querer sentir prazer, mas é algo efêmero. Felicidade é outro negócio: é realização, satisfação e florescimento. Felicidade é consequência de várias qualidades, entre elas a liberdade interior. Não liberdade para você fazer o que quiser, mas em relação a pensamentos que escravizam. Obsessões, ganância, raiva, ciúmes, arrogância. Depois de 15 anos de pesquisas e encontros com cientistas, cheguei à conclusão que o altruísmo é a mais importante das qualidades que compõem a felicidade.

 

Vivemos num mundo em que parece haver mais individualismo, ganância e corrupção que altruísmo. A gente subestima enormemente o fato que, na vida cotidiana, há muito mais gestos de bondade e gentileza que de agressividade ou maldade. Não prestamos atenção no fato de as pessoas se reunirem nas ruas ou no trabalho sem se estapear a cada cinco minutos. Achamos normal. Mas se em uma ocasião apenas dois colegas de trabalho trocarem socos, isso será assunto para o mês todo.

 

Como podemos ser mais felizes e altruístas, então?

 

Se observar o que faz em um dia, vai ver que é gentil na maior parte do tempo. Um estudo suíço pegou mil pessoas e pediu que catalogassem suas atitudes: 75% eram ações positivas; outra porção era neutra e uma fatia mínima era má ou antissocial. Há uma ideia de que somos naturalmente egoístas e individualistas. Pesquisei mais de 1.600 estudos, e isso não encontra respaldo.

 

Como explicar a noção darwinista de que há competição e conflito pela vida e que apenas os mais aptos sobrevivem?

 

Isso é Herbert Spencer (1820-1903), a luta de todos contra todos. Isso não é Darwin, que fala muito mais de cooperação do que de competição. A tendência mais atual do darwinismo é que, além da óbvia competição, a cooperação foi crucial na evolução. Uma pesquisa feita em 35 países perguntou sobre os dez fatores que mais contribuíam para o bem-estar das pessoas, incluindo riqueza, que ficou em sexto lugar. Em primeiro ficou “qualidade das relações sociais”, e isso tem a ver com comportamentos altruístas.

 

É possível treinar o altruísmo? É algo que deveria ser ensinado nas escolas?

 

Com certeza! Há estudos com crianças de pré-escola. Elas recebem treinamento três vezes por semana, por 40 minutos, de atividades de cooperação e meditação. Após dez semanas, o comportamento se altera e a discriminação com quem é diferente diminui. A meditação apresentada às crianças é secular. Não há religião envolvida. Acabei de voltar de um laboratório de neurociência nos EUA, no qual estamos estudando mudanças no cérebro daqueles que praticam meditação. O resultado: 20 minutos diários por um mês já modificam a estrutura e o funcionamento do cérebro, ativando áreas ligadas a emoções positivas e o volume das áreas ligadas à aprendizagem e ao controle emocional.

 

Como você vê a meditação extrapolando a seara espiritual para ganhar a científica?

 

É importante desmistificar o conceito de meditação, muitas vezes visto como algo exótico. Muita gente acha que meditar é esvaziar a mente e relaxar. Bobagem. A palavra em sânscrito e em tibetano significa “cultivar”. Meditar é cultivar um estado mental. É um treino. O segredo é praticar. Quem toca um instrumento tem de treinar e treinar até desenvolver seu potencial. Ninguém espera tocar piano sem treino. Por que esperar que compaixão, altruísmo, liberdade interior e concentração ocorram magicamente? Não faz sentido.

Como faz sentido então…

Enfatizamos muito o treinamento da mente, o budismo tem muito disso. Pesquisas feitas com eletroencefalograma e com máquinas de ressonância magnética estão apontando para os efeitos do treinamento do cérebro, em cima do sistema imunológico, na diminuição de doenças como a depressão. Não há mistério. Treine, de novo e de novo. Você pode começar com algo fácil, como a concentração em um objeto ou em sentimentos de amor que tem por uma determinada pessoa. Se o pensamento desaparece, você o reaviva. Se a mente se distrai, você a traz de volta. Cinco, dez, vinte minutos diários. Isso é meditação. Quanto mais praticar, mais significativas serão as mudanças no cérebro e no seu comportamento.

Bem Vindo ao Blog Neuroforma

Somos um time multidisciplinar apaixonado por soluções tecnológicas e inovadoras em Neurociências Aplicadas para promoção de Saúde, Bem-Estar, Educação e Qualidade de Vida.

 

Iniciamos nossas atividades com a pesquisa e adaptação dos exercícios computadorizados do programa de treino cerebral BrainHQ® (California, EUA) para a Língua Portuguesa. Nosso objetivo era trazer para o Brasil o que há de melhor em treinamento cognitivo computadorizado, cientificamente testado e disponível no mercado.

 

No fim de 2014, após o desenvolvimento de toda a plataforma on-line em português, fundamos a NeuroForma Tecnologias e Serviços – empresa com sede no Rio de Janeiro – que tem como missão ser referência em avaliação, treino e testagem cerebral oferecendo produtos e serviços voltados para o desenvolvimento das capacidades cognitivas nos mais diversos ambientes, entre eles o educacional, esportivo e corporativo.

 

Aqui e nas redes sociais da Neuroforma Brasil, você poderá obter todas as informações necessárias sobre os benefícios do treinamento cognitivo, seus resultados e fundamentos científicos, bem como as últimas novidades em neurociências voltadas para saúde e bem-estar, além de acesso a conteúdo relevante sobre saúde física e mental.