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Exercício físico continua agindo positivamente no cérebro até 15 dias depois


Uma nova pesquisa finlandesa mostrou que a prática de exercícios físicos pode melhorar a conectividade das sinapses do cérebro por até 15 dias. Os resultados reforçam a teoria de que a nossa atividade mental está intimamente ligada ao estilo de vida. Além de uma vida não sedentária, a qualidade do sono e até mesmo o humor podem estar relacionados a um bom funcionamento neurológico.

A conectividade do cérebro é uma medida científica que traduz a nossa capacidade de realizar sinapses, e é consequência direta da quantidade de neurônios no cérebro. Ela também está relacionada com a nossa capacidade de raciocínio, na medida em que reflete aspectos como o poder de atenção, a memória e a faculdade de encontrar relações entre diferentes tópicos.

Os pesquisadores finlandeses partiram de duas perguntas essenciais. Em primeiro lugar, eles queriam saber como os fatores comportamentais, fisiológicos e de estilo de vida influenciam os padrões de conectividade do cérebro do voluntário no dia seguinte. Depois, queriam saber se esses efeitos perduram e por quanto tempo.

Para responder a essas duas perguntas, uma série de desenhos experimentais foi adotada, envolvendo a coleta de dados de um voluntário por meio de celulares e gadgets pessoais, um smart ring (anel inteligente) e um monitor de pulso. Também foram feitos 30 exames de ressonância magnética funcional (fMRI) medindo atenção, memória, estado de repouso e os efeitos de estímulos naturalistas em cada pessoa. Também foi submetido a testes psicomotores.

A combinação de análises por fMRI e gadgets pessoais é uma das principais inovações do trabalho. Em estudos cerebrais tradicionais, as imagens instantâneas da atividade cerebral são limitadas e não podem capturar as mudanças diárias no cérebro. Quando combinadas com os dados de um equipamento de uso diário, entretanto, é possível estudar com mais detalhes a interação dinâmica entre cérebro e comportamento.

“Obtemos essa imagem incrível do que está acontecendo em ambientes controlados de laboratório versus o que está acontecendo fora do laboratório e como eles se relacionam”, afirma Ana Triana, principal autora do estudo e pesquisadora da Universidade Aalto. Os resultados foram publicados na revista científica Plos Biology.

Os resultados da pesquisa adicionam mais evidências ao fato que a conectividade do sistema nervoso, ou seja, a capacidade do nosso cérebro de fazer conexões entre suas diferentes áreas, está relacionada a fatores externos a nós.

A dinâmica do ambiente no qual estamos inseridos, o nosso estilo de vida, qualidade de sono ou o acometimento de doenças, todos são elementos capazes de influenciar nossa clareza de raciocínio.

Triana espera que nos próximos anos novos estudos sejam conduzidos utilizando a mesma metodologia. “O fato de podermos observar essas interações dinâmicas entre comportamento, fisiologia e cérebro cria tantas perguntas”, afirma.

Ela revela que o próximo passo será estudar as interações entre ambiente e cognição de pessoas com transtornos mentais. “Isso abre a possibilidade de entender melhor a dinâmica dos transtornos mentais e possivelmente começar a fornecer mais ferramentas para os médicos orientarem suas decisões sobre tratamento personalizado.”

Varley Costa, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e pesquisador em psicologia do esporte, afirma que existem, essencialmente, dois mecanismos pelos quais a atividade física influencia o funcionamento do cérebro.

Um deles é por meio do favorecimento do fluxo sanguíneo, que passa a fornecer mais oxigênio de nutrientes aos nossos neurônios, melhorando o funcionamento cognitivo. Também existe um mecanismo chamado neurogênese, que diz respeito à capacidade de formar novos neurônios e células nervosas que afetam diretamente a conectividade cerebral.

Embora a pesquisa finlandesa tenha se concentrado nos efeitos em até 15 dias, as consequências benéficas dos exercícios podem ser ainda mais longevas. “Quando você faz atividade física, você está colhendo a curto prazo, mas você também está plantando a longo prazo”, afirma Costa.

Um trabalho americano publicado neste ano na revista Neurobiology of Aging apontou que a prática de exercícios durante a meia-idade pode trazer benefícios até mesmo na velhice. Com dados de 158 idosos de um estudo de coorte (a PREVENT-AD), os pesquisadores observaram uma maior conservação da massa cinzenta entre os participantes que tinham histórico de uma vida ativa.

Mas não são apenas os adultos que se beneficiam da prática de atividade física. Uma ampla revisão de estudos científicos, publicada na revista Children, mostra uma clara associação positiva entre exercícios e capacidade congnitiva para crianças e adolescentes de origem latino-americana (residentes nos Estados Unidos) com idades entre 5 e 18 anos. Outro aspecto que pode ser observado para os pequenos foi a performance escolar, melhor entre os não sedentários.

Com a metodologia desenvolvida pelo grupo de pesquisadores finlandeses, estudos como esses podem trazer, no futuro, resultados mais detalhados que nos ajudem a compreender melhor a intrincada relação entre o ambiente e o funcionamento do nosso cérebro. O que já se sabe é que a prática de atividade física é benéfica tanto para o corpo quanto para a mente.

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Fonte: O globo

Cérebro feminino tem mais neurônios na área da resolução de problemas, masculino na área visual; revela estudo inédito


Um estudo brasileiro, publicado recentemente na revista científica Cerebral Cortex analisou o impacto da diferença entre os sexos e a idade na distribuição de neurônios no córtex cerebral, região muito importante para o processamento de informações sensoriais, motoras, cognitivas e associativa.

A pesquisa, que contou com a participação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto Nacional de Neurociência Translacional e da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, analisou 43 cérebros mulheres e homens falecidos, de diferentes idades. Os órgãos foram fornecidos pelo Biobanco para Estudos no Envelhecimento da USP.

Os autores selecionaram apenas aqueles de pacientes que nunca receberam qualquer diagnóstico de transtornos neurológicos ou psiquiátricos. A equipe também realizou análises para identificar possíveis doenças que não foram diagnosticadas em vida. Abuso de álcool ou de outras drogas foi outro ponto de corte para a pesquisa, resultando na seleção final de 32 cérebros de homens e 11 de mulheres, cujos doadores tinham de 25 a 87 anos quando faleceram.

Em seguida, os tecidos cerebrais foram avaliados por meio de um método chamado “fracionador isotrópico”, desenvolvido pelos neurocientistas brasileiros Suzana Herculano-Houzel e Roberto Lent. Essa técnica possibilita cortar o cérebro em diferentes frações e estimar com grande precisão a quantidade de células no tecido cerebral, que apresenta uma distribuição muito heterogênea de células.

De acordo com Lent, pesquisador do IDOR, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e Instituto Nacional de Neurociência Translacional, a análise das diferenças do cérebro de homens e mulheres já havia sido feito anteriormente, mas por meio de técnicas menos precisas. Essa foi a primeira vez que o método fracionador isotrópico foi utilizado para a comparação precisa do número e distribuição de células entre homens e de mulheres, o que resultou em um resultado mais preciso. Alterações cerebrais relacionadas à idade também foram analisadas no estudo.

— Nos interessamos por dois aspectos. Um, o efeito da idade. Será que o número de neurônios ou de células do cérebro diminui quando a gente vai ficando mais velho? Outro é a questão do sexo. Será que o número varia se a gente comparar homens com mulheres? Em quais regiões? E qual o significado disso? Isso tinha sido feito com técnicas menos confiáveis, de estimativas — explica Lent, que supervisionou os experimentos conduzidos pela pesquisadora pós-doutora Emily Castro-Fonseca, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e do IDOR.

Os resultados mostraram que o córtex cerebral, uma das regiões mais evoluídas do cérebro, possui, em média, 10,2 bilhões de neurônios. Destes, 34% estão no lobo frontal, região importante para o movimento voluntário, a linguagem expressiva e para o gerenciamento de funções executivas de nível superior, incluindo a capacidade de planejar, organizar, iniciar, automonitorar e controlar as próprias respostas para atingir um objetivo. Os 66% restantes estão uniformemente distribuídos entre os outros três lóbulos: parietal, temporal, occipital.

Em relação às diferenças entre os sexos, os pesquisadores descobriram que a massa cerebral dos homens era 15% maior que as das mulheres, mas o número de neurônios no córtex era semelhante nos dois sexos: aproximadamente 10 bilhões.

Eles também descobriram que os homens possuíam mais células neuronais no córtex occipital, área do cérebro responsável pelo processamento visual. As mulheres, por sua vez, tinham maior densidade neuronal no lobo frontal do cérebro, área responsável para a resolução de problemas, motivação, planejamento e atenção.

Estudos anteriores realizados pelo mesmo grupo identificaram 50% mais neurônios no bulbo olfatório nas mulheres, região do cérebro especializada no processamento de sinais moleculares que levam ao sentido do cheiro. Enquanto os homens têm 34% mais neurônios no lobo temporal medial.

Lent é categórico em dizer que o novo estudo não permite fazer qualquer associação nesse sentido porque o número de neurônios não se correlaciona necessariamente com a função. No entanto, ele pode servir como base para trabalhos posteriores.

— Esse é um trabalho normativo, que quantifica o número de células em diferentes regiões cerebrais humanas. Mas é muito difícil estabelecer um paralelo com as funções. Temos que ter cuidado ao interpretar essa diferença entre os sexos — pontua o pesquisador.

Evidências científicas sugerem que homens têm melhor desempenho em tarefas de percepção visual do formato, local, movimento ou velocidade das coisas no espaço físico e à interação com elas, enquanto as mulheres se destacam em tarefas linguísticas. Por outro lado, algumas doenças são mais frequentes em mulheres, como transtorno depressivo, transtornos alimentares e Alzheimer, enquanto outras, como transtorno do espectro autista, esquizofrenia e o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são mais prevalentes em homens.

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Fonte: O globo

As imagens que revelam como o cérebro muda durante gravidez

Imagens do cérebro mostram evidências de aumento da massa branca durante a gravidez.

O chamado “cérebro de grávida” realmente existe, de acordo com um dos primeiros mapas detalhados das mudanças no cérebro humano antes, durante e depois dos nove meses de gestação.

Com base em 26 exames de imagem do cérebro de uma mulher saudável de 38 anos, cientistas descobriram “coisas notáveis”, incluindo mudanças em regiões ligadas à socialização e ao processamento emocional — algumas das quais ainda eram óbvias dois anos após o parto.

Agora, segundo eles, são necessários mais estudos em um número muito maior de mulheres para determinar o possível impacto dessas alterações cerebrais.

Estas descobertas podem melhorar a compreensão dos primeiros sinais de condições como depressão pós-parto e pré-eclâmpsia.

Elizabeth Chrastil sentada em um sofá com o filho bebê no colo.
As profundas mudanças físicas que acontecem no corpo durante a gravidez são bem conhecidas, mas se sabe muito menos sobre como e por que o cérebro muda.

Muitas gestantes afirmam ter “cérebro de grávida”, fenômeno conhecido em inglês como “baby brain“, para descrever sintomas como esquecimento, falta de atenção ou névoa mental.

Estudos anteriores se concentraram em exames do cérebro antes e logo após a gestação, em vez de durante todo o processo.

O cérebro estudado na pesquisa, publicada na revista acadêmica Nature Neuroscience, é o da cientista Elizabeth Chrastil, do Centro de Neurobiologia do Aprendizado e Memória da Universidade da Califórnia em Irvine.

Ela estava planejando uma gravidez por fertilização in vitro quando a pesquisa estava sendo discutida — e agora tem um filho de quatro anos.

É “bacana” estudar seu próprio cérebro em detalhes e compará-lo com o de mulheres que não estavam grávidas, diz Chrastil.

“Sem dúvida, é um pouco estranho ver seu próprio cérebro mudando assim — mas também sei que para começar esta linha de pesquisa era necessário uma neurocientista”, acrescenta.

Imagens do cérebro mostrando as regiões de massa cinzenta mais afetadas.

Crédito,Laura Pritschet

Legenda da foto,O estudo constatou uma mudança generalizada no volume de massa cinzenta a cada semana da gestação — as cores mais escuras mostram as regiões do cérebro mais afetadas

Em quase 80% das regiões do cérebro de Chrastil, o volume de massa cinzenta — tecido que controla o movimento, as emoções e a memória — diminuiu em cerca de 4%, apresentando apenas uma pequena recuperação após a gravidez.

Mas houve aumento na integridade da massa branca — uma medida da saúde e qualidade das conexões entre as regiões do cérebro — no primeiro e segundo trimestres da gestação, que voltaram aos níveis normais logo após o parto.

As mudanças são semelhantes às da puberdade, dizem os pesquisadores.

Estudos em roedores sugerem que as alterações podem tornar as futuras mães mais sensíveis a cheiros e propensas a cuidar e a aninhar.

“Mas os seres humanos são muito mais complicados”, afirma Chrastil.

Ela não vivenciou a sensação de “cérebro de grávida” durante a gestação, mas conta que ficou mais cansada e emotiva no terceiro trimestre.

O próximo passo é coletar imagens detalhadas do cérebro de 10 a 20 mulheres, e dados de uma amostra muito maior em momentos específicos, para capturar uma ampla variedade de experiências diferentes.

Desta forma, diz Chrastil, “podemos determinar se alguma destas mudanças pode ajudar a prever coisas como depressão pós-parto, ou entender como algo como pré-eclâmpsia pode afetar o cérebro”.

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Fonte: BBC

Cérebro é capaz de armazenar 10 vezes mais dados do que se pensava anteriormente, diz estudo

Um grupo de pesquisadores do Instituto Salk de Estudos Biológicos, em San Diego, na Califórnia, descobriu que o cérebro é capaz de reter aproximadamente 10 vezes mais informações do que se era compreendido anteriormente. A análise foi publicada no final de abril passado na revista Neural Computation, e indica que o novo método de estudo pode melhorar a compreensão humana a respeito do envelhecimento e das doenças que atingem o cérebro.

De forma similar a uma máquina, a memória humana é também é aferida em “bits”, que variam conforme o número de conexões entre neurônios, ou seja, as sinapses. Essas células cerebrais que formam a base da aprendizagem e da memória mediante comunicação entre pontos e partilha de informações.

Neurônios. — Foto: FreePik

Antigas pesquisas indicavam que as sinapses apareciam de forma limitada em termos de tamanho e intensidade, logo, seria um fator limítrofe à capacidade de armazenamento cerebral. No entanto, de acordo com uma publicação divulgada também pela Live Science, os cientistas desenvolveram um método mais preciso para avaliar a força das conexões entre os neurônios a partir de um cérebro de rato.

Com mais de 100 trilhões de conexões entre neurônios, o cérebro humano usa meios químicos para enviar informações pelas sinapses, o que aumenta na medida em que o indivíduo exercita a aprendizagem. De acordo com Live Science, o estilo de vida de uma pessoa pode influenciar a plasticidade sináptica, ou seja, o fortalecimento ou enfraquecimento das sinapses em resposta aos neurônios que as ajudam a trabalhar.

Comandado pelo cérebro, o órgão mais complexo do corpo humano, o sistema envia e recebe mensagens o tempo todo — Foto: Divulgação/SciePro

Uma questão que ainda pairava nas pesquisas era a dificuldade de aferir a plasticidade sináptica a cada mensagem enviada pelo cérebro. O novo estudo prova que isso agora é possível através da Teoria da Informação, que busca aplicar um esquema matemático para entender a transmissão de dados por um sistema. Por meio dela, os cientistas estimam serem capazes de entender quanto de informação é transmitida pelas sinapses e o que fica apenas como um tipo de “ruído de fundo” sem necessariamente ser absorvido pelo cérebro.

A equipe do Instituto Salk de Estudos Biológicos usou o cérebro de um roedor para análise de sinapses de uma região responsável por aprendizagem e formação de memória. Ao dar destaque para pares de células cerebrais de transmissão, os cientistas puderam perceber que, a partir de um mesmo estímulo, esses pares se fortaleceram ou enfraqueceram exatamente na mesma quantidade – o que sugere que o cérebro é altamente preciso ao ajustar a força de uma determinada sinapse.

Dessa maneira, foi constatado que as sinapses no hipocampo são capazes de armazenar entre 4,1 e 4,6 bits de informação. Em relatórios anteriores, pesquisas puderam chegar a uma conclusão semelhante com cérebros de ratos, porém, com menor precisão. Assim, o novo estudo demonstrou que as sinapses podem carregar muito mais do que só um “bit”, e os métodos empregados na pesquisa poderão ser aplicados para entender o armazenamento em diferentes áreas do cérebro e estudos específicos a respeito de saúde.

Como exercitar o cérebro pode ajudar no trabalho

Atividades que exigem mais rapidez no ambiente de trabalho, mais tempo no computador, muitas informações para serem assimiladas. Você costuma treinar o seu cérebro para a rotina de trabalho? De acordo com especialistas, o cérebro precisa ser desafiado para conseguir funcionar bem e, para isso, uma das alternativas é apostar em exercícios cerebrais.

Os exercícios cerebrais consistem em atividades que despertam a atividade cognitiva do cérebro, como memória e criatividade, como uma forma de desafiar o cérebro.

Lina Nakata, professora e pesquisadora da FIA Business School na área de carreira, explica que assim como precisamos de atividades físicas para que o nosso corpo fique fisicamente bem e saudável, a mesma lógica cabe para o cérebro. “Se não exercitarmos o cérebro, ficaremos defasados para as diversas demandas, que são cada vez mais complexas”, pontua a professora.

Como exercícios cerebrais podem colaborar para fortalecer o cérebro e ajudar no trabalho?De acordo com os especialistas, os exercícios ajudam à medida que “tonificam”, como um exercício físico, as áreas que podem ser utilizadas no dia a dia durante a rotina profissional.

Emerson Magno, neurologista, explica que, assim como o fortalecimento do músculo é feito com a alternância gradativa de cargas, mudança na frequência de atividades e tipo de exercícios para evitar acomodação da fibra muscular, assim também é com a nossa mente.

“Se fizermos isso de forma rotineira, constante, observamos o benefício para o músculo em relação ao aumento do próprio músculo, da força e da resistência. Para o cérebro é a mesma lógica: precisamos sempre exercitar para que o órgão não entre em estado de acomodação, ou seja, não trabalhe menos do que a capacidade natural”, ressalta.

 

Além disso, quando exercitamos o cérebro, aumentamos a quantidade de conexões entre os neurônios que já existem.

“Essas conexões são chamadas de sinapse. Quanto mais conectado e mais sinapse existir entre os neurônios, mais o cérebro consegue exercer sua capacidade plena, ou seja, consegue aumentar o seu potencial cognitivo, como concentração, atenção, memória, raciocínio lógico e também a criatividade”, explica.

Para quem quer começar a praticar os exercícios, não existe idade para iniciar o estímulo do cérebro a um melhor desempenho. “No entanto, as tecnologias e as redes sociais têm tornado nosso cérebro mais preguiçoso, à medida que isso traz mais conforto que exercício”, pondera Lina, o que faz com que os treinos tenham cada vez mais importância na rotina, sobretudo de trabalho.

São vários os exercícios que podem trazer benefícios à saúde cerebral, como:

  1. Sudoku – exercita o raciocínio lógico e a concentração.
  2. Jogos de Tabuleiro – estimulam a estratégia, o raciocínio lógico e a concentração.
  3. Aprendizagem de novas palavras – estimula o vocabulário e a memória.
  4. Leitura – estimula a concentração, a compreensão e a memória.
  5. Desenho livre – estimula a criatividade e a percepção visual.
  6. Exercícios de cálculo mental – estimula a agilidade mental e a capacidade de raciocínio lógico.
  7. Meditação – ajuda a controlar o estresse e a ansiedade, favorecendo a capacidade de concentração e memória.

 

Além disso, jogos como videogame são um tipo de entretenimento com “ótimo impacto para as carreiras”, pois desenvolve trabalho em equipe, aumento de capacidade de respostas, criatividade, além de estratégia e liderança, de acordo com Lina.

Em relação ao melhor momento para exercitar o cérebro, isso vai variar de pessoa para pessoa. Para os mais despertos pela manhã, esse é o momento mais propício para as atividades; para quem está mais ligado à noite, deve exercitar o cérebro nesse período. Além disso, é preciso constância nos exercícios, dizem os especialistas.

“Praticar esses exercícios deve ser algo contínuo. É como frequentar a academia, em que uma pessoa não muda de forma do dia para a noite; os exercícios para o cérebro, se feitos pela manhã, não vão impactar logo pela tarde, mas sim ao longo do tempo”, ressalta Lina.

 

Como escolher o exercício ideal para minha carreira?

 

Segundo os especialistas, não há exercícios melhores que outros, mas sim mais adequados a depender de cada profissão. “Dependendo da pessoa e da carreira, alguns exercícios podem ter um fit melhor. Por exemplo, se a função de uma carreira envolver mais raciocínio lógico, jogar sudoku pode fazer sentido. Se algo exigir concentração e foco, jogos de memória podem ajudar”, diz Lina.

Mas também é importante fazer algo diferente do que é feito durante o tempo de trabalho para gerar um outro estímulo cerebral, diz Magno. Por exemplo, quem lê com frequência durante o tempo de serviço deve aproveitar o momento de folga com atividades ligadas à música ou ao desenho.

Outras formas de potencializar o cérebro

 

Segundo Magno, além dos exercícios cerebrais, quatro pontos são essenciais para fortalecer o poder cognitivo do cérebro. “Não temos ainda disponível uma pílula da memória, que faça com que pessoas saudáveis tenham uma melhor cognição. As pessoas saudáveis devem se valer dessa mudança de rotina para ter uma melhor atividade cognitiva”, diz Magno.

Confira os pontos, segundo o neurologista:

  1. Atividade física – pessoas que praticam atividade física de forma rotineira vão ter, além de um corpo saudável, um cérebro e uma mente saudáveis. “Isso envolve desde a liberação de endorfinas e outros hormônios que dão a sensação de bem-estar, mas também com a melhora do fluxo sanguíneo cerebral”, diz Magno.
  2. Dormir de forma adequada – O sono funciona como uma faxina: é nele que as memórias são assimiladas ou descartadas, ou seja, o cérebro escolhe aquelas informações que são importantes e que vão se tornar uma memória definitiva e eliminam informações que não são essenciais e que acabam ocupando o espaço necessário do cérebro. “Quem não consegue ter uma rotina de sono, não vai ter uma boa memória a longo prazo, justamente porque a memória é fixada durante o sono”.
  3. Alimentação – Pessoas com dieta balanceada, rica em frutas, verduras, proteínas, vão ter um cérebro mais saudável já que diversas vitaminas, como a B12, vão fazer parte do funcionamento da cadeia neuronal, melhorando a capacidade do nosso cérebro.
  4. Utilização do cérebro – De acordo com o neurologista, pessoas que com uma atividade intelectual constante vão ter um funcionamento melhor do cérebro. Isso pode ser incluído na rotina com inclusão de novos hábitos estimulantes, desde uma leitura a aprender algo novo, um hobby, um novo idioma, por exemplo. E você já conhece a nossa plataforma de exercícios  cientificamente projetados para exercitar seu cérebro? CLIQUE AQUI!

Fonte: O globo

Assistir 5 horas de TV por dia faz mal à saúde do cérebro, diz estudo

Estudo aponta qual é o limite de horas que você pode ver TV por diaUm estudo feito por pesquisadores da Universidade Médica de Tianjin, na China, relacionou o hábito de passar muitas horas em frente à TV com prejuízos para a saúde cerebral.

O costume de ficar sentado muito tempo em frente à televisão também foi associado a um aumento de 12% no risco de sofrer um derrame e de 28% no de apresentar Parkinson.

Para aqueles que assistiam de três a cinco horas por dia, o risco de desenvolver demência foi 15% mais alto se comparado às pessoas que quase não assistiam. “As descobertas sugerem que muito tempo assistindo TV está associado a um risco maior de vários distúrbios relacionados ao cérebro”, apontaram os pesquisadores em comunicado à imprensa.

Os voluntários da pesquisa tinham idades entre 37 e 73 anos e estavam inscritos em um banco de dados do Reino Unido, o UK Biobank. Cerca de 40 mil tinham registros de tomografias cerebrais. Nenhum deles tinha qualquer distúrbio diagnosticado no início do período analisado.

Durante os 13 anos de acompanhamento, 5.227 pessoas desenvolveram demência, 6.822 tiveram derrames e 2.308 foram diagnosticadas com Parkinson.

Segundo os pesquisadores, as imagens cerebrais dos voluntários com mais de cinco horas diárias em frente à TV mostravam menos massa cinzenta no cérebro, bem como menor extensão de regiões associadas à memória. As duas características são frequentemente associadas a doenças neurológicas.

O estudo também analisou os hábitos relacionados ao tempo de uso do computador, mas, nesse caso, o declínio cerebral não foi encontrado. A justificativa, segundo os cientistas, seria porque usar o computador é um comportamento mentalmente desafiador.

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Como a perda da audição e da visão depois dos 65 anos eleva o risco de demência? Médicos explicam

Adultos com mais de 65 anos que apresentam perda de visão têm um risco quase 50% maior de desenvolver demência. Se esses problemas de visão forem corrigidos, esse percentual diminui drasticamente.

Isso é indicado por um relatório publicado na semana passada por uma comissão internacional focada na prevenção da demência, que adicionou a deficiência visual à lista de 14 fatores de risco modificáveis para a condição. Outros fatores de risco incluem tabagismo, diabetes, isolamento social e hipertensão.

Especialistas afirmam que a inclusão da perda de visão não é uma surpresa, especialmente considerando que outra deficiência sensorial — a perda auditiva — também está associada à demência e está na lista.

Aqui está o que sabemos sobre como até mesmo a perda de visão e audição de leve a moderada pode aumentar o risco de demência e o que fazer a respeito.

Como a perda dos sentidos pode contribuir para a demência

Pessoas com perda sensorial têm menos estímulos entrando em seus cérebros. O tecido cerebral é do tipo “use-o ou perca-o”, então menos estimulação pode levar a mais atrofia, afirma Gill Livingston, professora de psiquiatria no Universidade de Londres, que liderou a comissão de prevenção da demência.

A área do órgão que processa informações auditivas está próxima da região mais afetada pela doença de Alzheimer, sugerindo a existência de uma conexão anatômica. As informações visuais são enviadas para outra parte do cérebro, mas a forma como as usamos ativa muitas regiões diferentes.

— À medida que você reduz a ativação de certas áreas do cérebro, você obtém taxas mais rápidas de atrofia nelas, até certo ponto — diz o médico Frank Lin, professor de otorrinolaringologia na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins. — O que você pode imaginar que tem efeitos em cascata em outras áreas da função e estrutura cerebral também.

Além disso, pessoas que experimentam perda sensorial durante a vida adulta tendem a se retirar e não se engajar tanto socialmente. Há evidências que sugerem que a solidão pode mudar fisicamente o cérebro de uma pessoa, e é um fator de risco conhecido para a demência.

— A perda de visão te impede de ir a uma festa — aponta Natalie Phillips, professora de psicologia na Universidade Concordia em Montreal. — A perda auditiva significa que você vai para a festa, mas fica no canto e não conversa com ninguém.

A perda auditiva e visual também pode acelerar os sintomas em pessoas que estão nos primeiros estágios da demência. Leva mais energia cerebral para entender a visão embaçada ou sons distorcidos, então menos recursos podem ficar disponíveis para a memória e cognição do dia a dia. Isso pode levar a uma aparição mais rápida dos sintomas da demência se a pessoa já estava desenvolvendo o transtorno, pontua Livingston.

Por que é tão crucial tratar a perda dos sentidos?

Pesquisas da última década mostram que há benefícios cognitivos em tratar as perdas relacionadas à idade na visão e audição.

Perda de Visão

Vários estudos descobriram que pacientes com algumas das causas mais comuns de perda de visão associadas ao envelhecimento, incluindo catarata, retinopatia diabética e degeneração macular, têm maior risco de declínio cognitivo e demência.

– Estamos falando de perda visual não corrigida, ou seja, o quanto você não consegue ver – explica Livingston — A magnitude da perda de visão corresponde ao aumento do risco.

Embora nem todas essas condições oculares possam ser revertidas, quando são tratadas e a visão é restaurada, o risco de demência das pessoas diminui. Em consonância, Livingston diz que pessoas com miopia ou hipermetropia não tratadas também podem ter maior risco, mas não aqueles que usam óculos ou lentes de contato para corrigir a visão.

Apoiando essa ideia, um dos estudos referenciados no relatório da comissão descobriu que adultos com 65 anos ou mais que se submeteram a cirurgia de catarata para corrigir a visão tiveram um risco aproximadamente 30% menor de desenvolver demência em comparação com adultos mais velhos com catarata que não foram operados.

Identificar um novo fator de risco para a demência é empolgante, “mas ficamos ainda mais animados se esse risco é modificável”, disse Cecilia Lee, professora de oftalmologia na Escola de Medicina da Universidade de Washington, que liderou o estudo sobre catarata.

Perda Auditiva

A perda auditiva não corrigida também representa um risco significativo para a demência. O relatório da comissão, ao reunir uma série de estudos, descobriu que pessoas com perda auditiva têm um risco 37% maior de desenvolver a condição. Quanto mais severa a perda auditiva, maior o risco.

Estima-se que 63% dos adultos com mais de 70 anos tenham algum grau de perda auditiva clinicamente significativa.

– Não estamos falando de uma pequena parte da população – descreve Lin – É quase a maioria dos adultos mais velhos.

A audição de todos naturalmente se deteriora a partir do início da idade adulta, porém o declínio de algumas pessoas é mais acelerado do que o de outras devido a genética ou exposição a ruídos altos, detalha Lin. Com perda auditiva leve, há dificuldade em ouvir sons abaixo de 26 decibéis — cerca do nível de um sussurro. A perda auditiva moderada começa em 41 decibéis e pode tornar difícil ouvir conversas normais.

Aparelhos auditivos podem ajudar e parecem reduzir a chance de desenvolver demência. Pacientes com perda auditiva corrigida têm um risco quase 20% menor de declínio cognitivo em comparação com pessoas sem a correção. E um ensaio clínico publicado no ano passado descobriu que, entre pessoas que tinham o maior risco de declínio cognitivo devido à idade ou outras condições de saúde, aquelas que usaram aparelhos auditivos por três anos tiveram um declínio cognitivo significativamente menor comparadas aos que não os usaram.

— Você não está vendo uma melhora “per se”, mas está vendo uma redução do declínio —dz James Russell Pike, cientista pesquisador no NYU Langone Health, colaborador de Lin no trabalho.

O que fazer se estiver preocupado

O primeiro passo é fazer um exame.

Para avaliar sua saúde ocular, agende uma consulta com um oftalmologista e faça um exame oftalmológico dilatado uma vez por ano, aconselha Lee.

Para um teste auditivo, pode consultar um audiologista ou um especialista em otorrinolaringologia. Se preferir fazer em casa, Lin disse que aplicativos gratuitos de teste auditivo, como o Mimi, tendem a fornecer resultados precisos.

Se tiver perda auditiva ou de visão, trate o problema o mais rápido possível. Algumas condições oculares, como catarata, podem exigir cirurgia, mas o procedimento é relativamente rápido e não invasivo. Corrigir a perda auditiva é ainda mais fácil, já que aparelhos auditivos estão disponíveis sem prescrição.

Corrigir esses problemas não apenas reduzirá seu risco de demência, mas também melhorará sua vida diária, declara Phillips.

— O benefício de abordar isso para a qualidade de vida e engajamento, você sabe, não há nada a perder.

Jogos digitais melhoram cognição em idosos, aponta pesquisa da UFRJ

Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro conclui que jogos digitais são uma excelente ferramenta para estimulação cognitiva em idosos.

A avaliação é de que esses jogos, que tiveram versões desenvolvidas por neurocientistas norte-americanos e adaptados ao público brasileiro para o estudo, colaboram em habilidades como o raciocínio lógico, obtenção de novos conhecimentos e preservação da memória.

O estudo envolveu 115 voluntários, com idades entre 60 e 89 anos, divididos em três grupos. Concluídos os testes, os resultados mostraram que a cognição global melhorou em todos os grupos.

Os pesquisadores também constataram que o grupo que realizou treinamento sensorial, seguido do cognitivo-funcional, teve ganhos melhores em comparação aos demais, como explica o especialista Rogério Panizzutti, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ e Cientista da Faperj, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, responsável pelo estudo.

Ainda de acordo com o psiquiatra, apesar de o acesso a tecnologias populares, como os jogos eletrônicos, trazer diversos benefícios à pessoa idosa, essa interação deve estar alinhada com uma condição de vida saudável:

Rogério Panizzutti também avalia que perdas naturais das capacidades visuais e auditivas durante o envelhecimento fazem com que muitos idosos relutem em aderir às novas tecnologias:

Ele considera que a inclusão digital está associada a uma maior socialização e que a participação da família é crucial nesse processo:

Os jogos usados na pesquisa estão disponíveis na plataforma [BrainHQ] que oferece uma variedade de exercícios adaptados ao desempenho individual da pessoa idosa.

A plataforma de treinamento cognitivo digital da NeuroForma oferece exercícios que ajudam a sintonizar o seu cérebro. Treinos de concentração, de rapidez de raciocínio, de habilidades sociais, de inteligência e de orientação espacial. Acesse e confira AQUI.

9 perguntas essenciais para o fundador do BrainHQ, Dr. Michael Merzenich

O Dr. Merzenich fala sobre sua inspiração para criar o BrainHQ, o que diferencia seu programa de treinamento cerebral e muito maiis.

O que o inspirou a criar o programa de treinamento cerebral BrainHQ?

Eu estava interessado em como o cérebro é responsável pela nossa identidade. Essa foi minha principal motivação para seguir uma carreira de pesquisa em ciências do cérebro e neurociência. No início da minha carreira científica, comecei focando no cérebro auditivo (como ouvimos e interpretamos o que ouvimos) e comecei a fazer experimentos.

Percebi que a forma convencional de pensar sobre o cérebro — que o cérebro era plástico (ou seja, adaptável e moldável) quando você era bebê e basicamente atingia sua forma permanente por volta dos dois ou três anos de idade — simplesmente não se ajustava à forma como o cérebro auditivo estava organizado.

Durante esse mesmo período, me envolvi e liderei uma equipe de pesquisa que criou um dos primeiros implantes cocleares. Criamos dispositivos nos quais podíamos fornecer informações adequadas para o indivíduo, para que ele pudesse interpretar o que a linguagem que estava ouvindo seria. E ficamos chocados ao ver que dois, três ou quatro meses depois, eles podiam entender tudo sem nenhuma instrução.

Percebemos que o cérebro adulto também era plástico — o que significava que o tipo certo de exercícios cerebrais poderia realmente reprogramar o cérebro, melhorando a velocidade, a memória e outras habilidades cognitivas, além de melhorar a saúde biológica do cérebro. E assim comecei a fazer experimentos para avaliar essa possibilidade.

Como sua equipe desenvolve os exercícios do BrainHQ?
Existem várias habilidades, ou capacidades, ou dimensões das suas operações que precisam ser refinadas. E há uma literatura relativamente ampla em psicofísica — o estudo da percepção e reconhecimento humanos — na qual nos baseamos. Então, criamos tarefas que realmente aplicam essas regras de plasticidade cerebral para que possamos promover melhorias de forma eficiente na “máquina” do cérebro.

Os exercícios do BrainHQ mudam com base nas suas habilidades?
Sim. Cada exercício cerebral basicamente estabelece qual é o seu nível de desempenho e, em seguida, tenta aumentar seu desempenho dia após dia, ciclo após ciclo, para um nível de desempenho cada vez mais alto. Isso acontece até que você esteja idealmente bem acima da média em tudo o que faz. Talvez você esteja indo bem. Bem, você pode fazer melhor. Talvez você esteja realmente lutando. Bem, você pode voltar para a faixa normal e, eventualmente, se tornar acima da média novamente.

Como você sabe que os exercícios são eficazes?
Em ensaios clínicos randomizados controlados, a estratégia foi avaliada em comparação com outras estratégias alternativas. O que é relatado com as pessoas aleatoriamente designadas para esses grupos é que você está promovendo mudanças no cérebro que são diferentes e de maior magnitude.

Pesquisadores observam que a neurologia está mudando de maneiras que explicam essas melhorias no desempenho. Isso foi feito repetidamente em vários estudos. Em centenas de relatórios, você encontrará esse resultado.

O que diferencia o BrainHQ de outros programas de treinamento cerebral?
Em primeiro lugar, ele é validado. Nenhuma outra estratégia de treinamento cerebral tem algo próximo ao nível de validação científica. Centenas de ensaios de pesquisa foram publicados mostrando os benefícios do uso do BrainHQ, e centenas mais estão em andamento.

E o BrainHQ é baseado em neurociência. Ou seja, é baseado em uma compreensão mais completa do que chamamos de sistema nervoso integrado do que a maioria das outras abordagens. Existem outras coisas que são úteis. Mas eu acho que o BrainHQ é o programa mais completo, mais eficaz e certamente o mais fortemente validado desse tipo.

Por que o treinamento cerebral é tão importante para os adultos mais velhos?
A maioria de nós, de certa forma, entra em uma semiaposentadoria neurologicamente muito antes de realmente se aposentar do trabalho. Passamos tempo demais sentados, olhando para telas e não respondendo fisicamente. Passamos tempo demais basicamente inativos, do ponto de vista de engajar nosso cérebro para guiar nossas ações. De várias maneiras, estamos tentando viver a vida como se pudéssemos operar sem usar muito o cérebro.

Você usa pessoalmente o BrainHQ? Qual é o seu regime de treinamento cerebral?
Eu uso o BrainHQ, eu diria, cerca de um terço dos dias do ano. Eu comumente o uso por um período de cerca de seis semanas de cada vez. É episódico, mas quando o faço, tenho uma área de foco sempre que o uso.

Que outras atividades você gosta de fazer para se divertir e manter seu cérebro afiado?
Minha esposa diria que sou um homem de mil hobbies (alguns dos quais envolvem tomar conta da cozinha), mas o que ela realmente quer dizer é que estou constantemente tentando melhorar minhas habilidades operacionais no mundo.

Faço muitos picles, geléias e frutas secas, além de outros alimentos conservados a partir das coisas que cultivo em meu jardim, tenho abelhas e colho seu mel, faço muitos quebra-cabeças (principalmente cenas bucólicas do campo), jogo com meus filhos e netos, construo móveis — isso é apenas uma lista inicial! Eu penso em como posso continuamente aprender e expandir meu engajamento cerebral na minha vida mais ampla, para que eu seja operacionalmente mais útil e mais eficaz.

O que mais as pessoas deveriam saber sobre o treinamento cerebral?
Todo mundo tem um cérebro que poderia ser mais forte, operacionalmente mais eficaz e saudável. Você tem o poder — porque seu cérebro é plástico — de se colocar em uma posição mais forte, segura e eficaz. E o que é mais importante na vida, em termos de garantir um futuro saudável, do que isso?

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Estudo descobre como o sono higieniza o cérebro e afasta o Alzheimer

A ciência já imaginava que o cérebro faz uma higiene enquanto dormimos. Essa, inclusive, é uma das hipóteses para os sonhos e pesadelos que temos durante a noite. Entretanto, ainda era desconhecido dos neurologistas como essa intensa atividade de limpeza do cérebro ocorre durante o sono.

Dois trabalhos foram publicados na revista Nature em fevereiro sobre o tema. No primeiro deles, os médicos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriram que ondas cerebrais lentas criadas por impulsos dos neurônios ajudam a eliminar os resíduos do cérebro durante o sono — seria como uma “ola” de estádio que carrega as toxinas.

 

A máquina de lavar do cérebro

A pesquisa descobriu que as células nervosas individuais se coordenam durante o sono para produzir ondas rítmicas que impulsionam fluidos de liquor através do tecido cerebral, lavando o tecido no processo. É como uma versão bem lenta do movimento de uma máquina de lavar.

Uma veia que passa pelo cérebro atua como uma calha, onde são depositados os resíduos para transportá-los através da barreira que separa o cérebro do resto do corpo (a meninge). O processo leva o lixo cerebral para a corrente sanguínea, onde é tratado pelos rins.

O estudo foi feito com o monitoramento do sono de ratos. Com as descobertas, os cientistas passaram a observar como o sistema funcionava em animais com Alzheimer para entender se eram problemas na “máquina de lavar” do cérebro que levavam aos acúmulos de proteínas tóxicas no órgão que causam o declínio cognitivo.

Por que o cérebro com Alzheimer não consegue se limpar?

Com as descobertas, os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em outro estudo publicado na mesma revista em fevereiro, fizeram testes com os animais doentes usando ondas sonoras que simulavam o mesmo ritmo dos impulsos dos neurônios. Eles conseguiram reativar os mecanismos de limpeza que levaram as proteínas amilóides para fora do cérebro.

Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é que, conforme envelhecemos, os neurônios perdem o ritmo adequado de limpeza do cérebro, o que pode facilitar o acúmulo de toxinas nos tecidos. Mudanças nos padrões de sono e na qualidade do descanso noturno também podem afetar o sistema.

A descoberta da frequência certa de limpeza cerebral foi apontada pelos pesquisadores como um grande horizonte para a pesquisa de novos tratamentos para doenças neurodegenerativas.

“Se conseguirmos aproveitar este processo, existe a possibilidade de retardar ou mesmo prevenir doenças neurológicas, como Alzheimer e de Parkinson, nas quais o excesso de resíduos se acumulam”, celebra o pesquisador Li-Feng Jiang-Xie, líder do estudo da Universidade de Washington em comunicado à imprensa.

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Fonte:  Metrópolis