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Por que é tão importante ter um exame de sangue para detectar o Alzheimer

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Atualmente, as mudanças que ocorrem no cérebro são mapeadas através de pet scans ou punção lombar

A conferência internacional da Associação de Alzheimer, que terminou no ultimo dia 31 de julho. Cada dia foi dedicado a um tema: ciência, biomarcadores, manifestações clínicas e drogas, cuidados e saúde pública. Há novidades promissoras envolvendo essa doença que se tornou uma das maiores ameaças ao envelhecimento saudável. Uma delas se tornou a vedete do evento: os cientistas apresentaram estudos sobre testes com exames de sangue capazes de detectar alterações no cérebro até 20 anos antes de os sintomas de demência começarem a se manifestar. As pesquisas se concentram na medição dos níveis de um tipo determinado de proteína tau, conhecida como p-tau217, que parece ser a mais específica para o Alzheimer e a de detecção mais precoce.

E por que isso é tão importante? Atualmente, as mudanças que ocorrem no cérebro são identificadas através de pet scans ou da punção lombar, na qual é feita a coleta de uma amostra de líquido cefalorraquidiano – ambos métodos invasivos e caros. “É urgente que tenhamos um diagnóstico simples, barato e não invasivo. Embora ainda estejamos lidando com resultados preliminares, que precisam ser ratificados em estudos de longo prazo, a possibilidade de detectar e intervir antes de danos significativos será uma guinada na vida de pessoas, famílias e do sistema de saúde”, declarou a doutora Maria Carrillo, responsável pela área científica da associação.

Há um time internacional de pesquisadores por trás da descoberta, liderado pelo médico Oskar Hansson, da Universidade de Lund, na Suécia. Eles analisaram mais de 1.400 casos e compararam diferentes tipos de marcadores no mapeamento do Alzheimer. O principal achado foi que a medição dos níveis da p-tau217 no sangue conseguia distinguir o Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas com uma acurácia entre 89% e 98%, com um custo muito menor que pet scans. Os níveis de p-tau217 eram sete vezes mais altos em pacientes com Alzheimer e, em indivíduos portadores do gene relacionado com a enfermidade, esses níveis começavam a aumentar 20 anos antes do início dos sintomas.

Os cientistas lançaram um estudo mais abrangente, chamado SEABIRD (Study to Evaluate Amyloid in Blood and Imaging Related to Dementia), para validar as descobertas. “É a ponta do iceberg”, definiu Randall Bateman, professor da Washington University de Saint-Louis. Em suas considerações finais, ele afirmou que uma alteração poderá ser detectada antes, num exame de sangue, do que num pet scan. Não se trata de uma opção de tratamento ou cura, mas a perspectiva do mapeamento precoce pode ser uma ferramenta valiosa para lidar com as limitações do futuro. Pacientes que já sofram com perda de memória também terão a chance de descobrir se seu caso é de Alzheimer ou de outra demência menos agressiva. É algo para se comemorar.

11 filmes para exercitar o seu cérebro

Estas obras vão instigar seu raciocínio e sua imaginação do início ao fim. Ou até depois disso

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Situações estranhas, personagens curiosos, mistérios e investigações. Entre uma pausa e outra nos nossos neurogames, assistir filmes também é uma ótima alteranativa para treinar o cérebro. Se você gosta de sentir que está resolvendo um desafio, esta lista é para você.
Separamos 11 filmes que irão prendê-lo do início ao fim, despertar sua curiosidade e continuar exercitando o seu cérebro enquanto você se pergunta o que está realmente acontecendo. Confira:

Entre Facas e Segredos (2019)

1

Um famoso escritor de histórias policiais convida toda sua família para comemorar seu aniversário de 85 anos e, na manhã seguinte, é encontrado morto em sua casa. Devido aos interesses relacionados à herança e conflitos com o escritor, familiares e funcionários são considerados suspeitos. Inicia-se então uma investigação para saber o que realmente ocorreu.  O longa traz humor, ironia e reviravoltas com um elenco renomado, que inclui Daniel Craig, Chris Evans, Ana de Armas e Jamie Lee Curtis.
Disponível na Amazon Prime Video.

Fratura (2019)

2

Nesse suspense psicológico, um homem tenta descobrir o que aconteceu com sua mulher e com a sua filha depois que ambas desaparecem em um pronto-socorro. Ele passa a desconfiar dos funcionários do hospital e, ao longo do filme, o espectador perde a noção do que é real e do que não é.
Disponível na Netflix.

Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995)

3

Os detetives William Somerset (Morgan Freeman) e David Mills (Brad Pitt) começam a investigar um assassino que escolhe suas vítimas e comete os crimes relacionando-os aos sete pecados capitais (gula, cobiça, preguiça, luxúria, vaidade, inveja e ira). O filme é um dos mais marcantes dos anos 90 e também conta com a atuação de Gwyneth Paltrow.

Disponível na Netflix e no NOW.

Um Contratempo (2016)

4

Nesse filme espanhol, um homem acorda em um quarto de hotel ao lado de sua amante assassinada e coberta por notas de euros. Como principal suspeito, ele conta sua versão da história a uma advogada para que ela o ajude a provar sua inocência e a tentar descobrir o que pode ter acontecido.

Disponível na Netflix.

Amnésia (2001)

5

Um homem tenta descobrir quem estuprou e matou sua mulher, mas enfrentando um grande desafio: ele sofre graves problemas de memória que o impedem de lembrar o que aconteceu na época ou mesmo gravar fatos mais recentes. O grande diferencial da obra é que ela tenta dar ao espectador essa sensação dos flashes da memória, das dúvidas e da tentativa de encaixar os fatos na história.

Disponível no YouTube e no Google Play.

Ilha do Medo (2010)

6

Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de uma paciente em um hospital psiquiátrico voltado para criminosos. Com a ajuda de seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo), ele descobre que os médicos realizam experiências nos pacientes, envolvendo métodos ilegais e antiéticos.

Disponível no Globoplay, no YouTube, no Google Play e na Netflix.

O Segredo dos Seus Olhos (2010)

7

Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, o filme argentino conta a história de Benjamin Esposito (Ricardo Darín), um ex-oficial de justiça. Ao se aposentar, ele decide escrever um livro sobre um caso real de estupro e assassinato de uma jovem, que ocorreu há anos, e acaba se envolvendo na investigação dos crimes.

Disponível no NOW, no YouTube e no Google Play.

A Garota no Trem (2016)

8

Enquanto se recupera do seu divórcio, Rachel Watson (Emily Blunt), viaja todas as manhãs de trem e sempre fantasia sobre um casal que observa pela janela durante seu trajeto. Um dia, ela estranha uma cena e descobre que a mulher está desaparecida. Intrigada pela história, a personagem começa tenta descobrir o que pode ter acontecido.

Disponível no YouTube e no Google Play.

Os Suspeitos (2013)

9

Keller Dover (Hugh Jackman) procura a polícia depois que sua filha de seis anos e a amiga desaparecem em uma tarde. O detetive responsável pelo caso (Jake Gyllenhaal) chega a encontrar um suspeito, mas acaba liberando o jovem por falta de provas. Nesse momento, Dover decide investigar o caso por conta própria.

Disponível no Telecine Play, no YouTube e no Google Play.

Garota Exemplar (2014)

10

Amy (Rosamund Pike) desaparece no dia do seu quinto aniversário de casamento com Nick (Ben Affleck), que se torna o principal suspeito. Ele alega sua inocência e, enquanto as investigações avançam, tenta descobrir o que aconteceu com sua mulher.

Disponível na Netflix, no YouTube e no Google Play.

Incentivar a neuroplasticidade e desenvolver a mente podem contribuir para a felicidade

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O que podemos fazer para nos sentir mais felizes? Essa realmente parece ser a pergunta de 1 milhão de euros. Vista como o Santo Graal da vida, a felicidade plena é para a maioria das pessoas algo impossível de alcançar. No entanto, será que é mesmo isso que desejamos?

Estudos da área de neurociência mostram que para ser verdadeiramente feliz, o ser humano precisará sempre de algo mais, sendo o ato da busca de algo que aumenta a felicidade mais importante do que a realização propriamente dita desses objetivos. No entanto, a necessidade de sentir felicidade é inerente ao ser humano e existem pequenas mudanças que poderão ajudá-lo tanto a aumentar a sua felicidade quanto a melhorar a produtividade e a capacidade de aprendizagem.

Eis uma lista de pequenas mudanças que poderão fazer a diferença na sua vida.

Crie cronogramas

De modo geral, podemos dividir as pessoas em dois grandes grupos: as “amantes de rotina” e as “espírito livre”. O primeiro grupo vive rodeado de listas e horários definidos, ao passo que o segundo sente-se sufocado perante uma simples lista de compras. Entretanto, para o enfado do segundo grupo, a verdade é que a criação de um cronograma pode ajudar as pessoas a trabalharem de maneira mais focada e eficaz. A razão para tal é simples: a criação de um cronograma retira-lhe o stress e a ansiedade da incerteza do que vai fazer a seguir. Esta incerteza pode ser benéfica numa situação de lazer, como quando vai a um restaurante novo e não sabe o que irá comer. Por outro lado, em ambiente de trabalho dar-lhe-á stress acrescido.

Estabeleça uma rotina

Como no cronograma, estabelecer uma rotina vai dar-lhe uma sensação de estrutura e familiaridade de maneira que comece a organizar a sua vida de acordo com aquilo que lhe faz sentido, o que significa que a sua rotina não tem de ser igual à de outra pessoa. O facto de se focar naquilo que quer para si vai permitir-lhe perceber seus pontos fortes e contornar as suas fraquezas, o que se traduz num aumento da eficácia, uma vez que não vai perder tempo e energia para tomar decisões.

Estabeleça objetivos SMART

Se o processo de busca de concretização de um objetivo é o principal responsável pelo aumento da felicidade, é essencial que se foque nos seus objetivos e estabeleça metas para os alcançar. Objetivos SMART podem ser de grande ajuda, pois são específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e delimitados num determinado intervalo de tempo.

Mas por que é importante estabelecer esses objetivos? Porque assim serão incluídos na sua rotina diária. Vejamos um exemplo simples. Se quer aprender a jogar poker para poder fazê-lo com seus amigos, pode criar um objetivo SMART para este objetivo. Isto vai fazer com que dedique parte do seu tempo a estudar sobre o tema e o torne uma prioridade. Quando investe tempo, vai ver progressos que o motivam a continuar a dedicar-se ao seu objetivo ao mesmo tempo que se sente feliz por perceber que está a trabalhar para o alcançar.

Dê espaço para a espontaneidade

É importante criar rotinas e estabelecer metas, mas não deixa de ser igualmente importante encontrar um equilíbrio entre rotinas e espontaneidade. Se estiver sempre fixo a tarefas, vai perder a espontaneidade. Por outro lado, se estiver sempre a quebrar a rotina, esta deixa de o ser.
É a quebra de rotina que permite aumentar a imaginação, a criatividade e a motivação, que podem ser essenciais para um boost de felicidade perante um obstáculo mais difícil.

Permita que o cérebro crie conexões

Quando sai da rotina, incentiva a neuroplasticidade, que é quando o cérebro cria conexões e se reorganiza. Isto pode ser conseguido de diferentes maneiras, como saindo da rotina e criando necessidade de ajustes ao novo ambiente, permitindo que o cérebro deixe de estar em “modo automático”. Por exemplo, se está habituado a correr ao final do dia, passar a fazê-lo de manhã é criar uma nova conexão cerebral.

Outra maneira de trabalhar a neuroplasticidade é aprender algo novo ou encontrar diferentes formas de se divertir. Pode optar, por exemplo, por relaxar ao mesmo tempo que se diverte com as várias opções disponíveis nas plataformas de streaming online, como a Netflix. Os serviços oferecidos permitem ao seu cérebro descansar e reorganizar o dia. Outra forma de incentivar a neuroplasticidade é constantemente procurar novas plataformas de entretenimento online. Dessa forma, o cérebro adapta-se a interfaces diferentes, o que confere sempre um fator novidade e evita que a mente se acomode. A NeuroForma possuí ferramentas incríveis que vão fortalecer sua capacidade de atenção ajudar na resolução de problemas. A ferramenta é disponibilizada gratuitamente por um período de testes e pode ser acessada do seu computador, tablet ou smartphone.

Acesse: wwww.neuroforma.com.br

Ser humano está predestinado a sentir ansiedade, mas pode gerenciá-la

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O ser humano está predestinado a sentir ansiedade, como se fosse uma sina se preocupar sem necessidade? Para o médico psiquiatra Cyro Masci, a resposta é sim. “Somos descendentes de vitoriosos do passado remoto. Se hoje o ser humano dominou o planeta, em grande parte isso é devido ao desenvolvimento de uma região do nosso cérebro, o córtex pré-frontal. Essa região, que fica logo acima das sobrancelhas, possui, entre outras funções, a de antecipar problemas e criar cenários alternativos”, afirma o médico.

Isso significa, segundo ele, antecipar-se aos problemas, preocupar-se. “E como em qualquer outra função humana, pode ocorrer um desequilíbrio e essa preocupação ser excessiva. Nesses casos é necessário tratamento”, esclarece o médico.

Recado

O que se pode fazer para, ao menos, reduzir esse automatismo do cérebro? Em primeiro lugar, prestar atenção aos sinais. “A ansiedade é um recado do cérebro. Do ponto de vista técnico, é um modo pré-verbal de o cérebro comunicar que algo ameaçador pode acontecer no futuro”, diz o psiquiatra.

O objetivo do cérebro é chamar atenção para o perigo. “Assim que a pessoa sentir ansiedade, o primeiro passo é lembrar que é um recado do seu cérebro de que algo é importante e merece sua atenção. Em seguida, deve-se tentar esfriar o calor da emoção, por exemplo, respirando lentamente. E, mais calmo, compreender qual recado o cérebro está tentando passar, o que o seu cérebro considera digno de atenção ou mesmo temor”, sugere Masci.

Cyro Masci lembra que é interessante não dar o rótulo de bom ou ruim para a ansiedade até o limite do razoável. Ela só é uma emoção tóxica quando sua intensidade é tal que interfere nas atividades pessoais, seja de trabalho, sociais ou de lazer. “O problema de interpretar a ansiedade cotidiana, comum a todos, como prejudicial, é que a pessoa acaba gerando uma nova situação de ameaça, e isso é interpretado pelo cérebro, gerando mais ansiedade”, destaca o médico.

Círculo vicioso

E quando essa estratégia não surtir o efeito desejado, o que fazer? Segundo Masci, se a preocupação com os acontecimentos é exagerada a ponto de interferir no funcionamento diário, ou causar grande sofrimento, é bem provável que tenham ocorrido mudanças nas áreas cerebrais responsáveis pela preocupação, o que exige tratamento.

“Não é saudável viver a maior parte do tempo esperando um desastre acontecer, seja em questões relacionadas à saúde, família, trabalho ou outras questões pessoais. É preciso procurar ajuda e interromper o ciclo vicioso de ficar boa parte do tempo imaginando os piores cenários por conta da ansiedade e, com isso, alimentar o cérebro com mais estímulos de perigo, o que gera mais e mais ansiedade”, finaliza Cyro Masci

Fonte: Cyro Masci, médico psiquiatra em São Paulo, autor dos livros “Síndrome do Pânico: Psiquiatria com abordagem integrativa” e “Biostress: Novos caminhos para o Equilíbrio e a Saúde”.

7 hábitos que ajudam a reduzir o envelhecimento do cérebro

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Envelhecer é inevitável. Envelhecer bem, com autonomia e domínio das funções cognitivas depende em boa parte dos hábitos que se pratica ao longo dos anos —é o que a ciência cada vez mais defende.

Assim como ocorre com outros órgãos do corpo (pele, ossos e olhos, por exemplo), o cérebro começa a envelhecer por volta dos 30 anos. Lapsos de memória (tipo esquecer nomes, palavras que estavam na ponta da língua ou onde deixou objetos), raciocínio mais lento e dificuldade no processamento de informações tornam-se mais comuns por volta dos 60 anos, e não precisam ser motivo de preocupação se não chegam a atrapalhar a rotina ou impedir atividades. São perdas cognitivas previstas à medida que a idade avança, resultantes de falhas na comunicação entre os neurônios e da diminuição na capacidade de criar novas conexões, mas que podem ser potencializadas por hábitos de vida nocivos.

Das patologias neurológicas relacionadas ao envelhecimento, a doença de Alzheimer e a demência vascular são as mais comuns. E ambas são fortemente influenciadas pelos hábitos de vida.

O Alzheimer se instala a partir do acúmulo da proteína beta-amiloide no hipocampo, área que controla a memória e o aprendizado. A ação tóxica da proteína leva à morte de neurônios na região e, com isso, à perda progressiva da memória, além de comprometimento da capacidade física e alterações comportamentais. Embora ter idade acima de 65 anos e predisposição genética estejam entre os principais fatores de risco, praticar hábitos saudáveis ao longo da vida pode adiar os sintomas ou fazer com que o indivíduo nunca venha a apresentá-los.

A demência vascular consiste na perda de função cerebral devido a lesões causadas por falhas no suprimento de sangue para o órgão. É como se o cérebro sofresse pequenos AVCs, muitas vezes imperceptíveis, porém danosos. Doenças cardiovasculares e seus fatores de risco, como pressão alta, diabetes, obesidade, que comprometem o bombeamento de sangue do coração para o corpo e o cérebro, são precipitadores desse tipo de demência.

Preservar o cérebro afiado é uma questão de evitar os fatores de risco e adotar atitudes protetoras das funções cognitivas. Veja quais são as principais:



• 1º Fazer atividade física


Movimentar o corpo melhora a irrigação sanguínea e a oxigenação no cérebro, modula os níveis de neurotransmissores ligados ao humor e ao bem-estar, previne doenças cardiovasculares e ajuda a controlar o estresse, fatores considerados de risco para o surgimento de demências. Treinar também estimula a formação de novos neurônios no hipocampo, região cerebral responsável pela memória e o aprendizado. Em uma revisão de artigos científicos publicada em 2019 no Current Sports Medicine Report, periódico oficial do American College of Sports Medicine, o sedentarismo é apontado como um dos principais fatores de risco para o Alzheimer. E manter uma rotina de atividade física deve fazer parte não só da prevenção como do tratamento da patologia, mesmo nos estágios mais avançados, com a vantagem de ter maior aderência e menos efeitos adversos em comparação com medicamentos, ainda de acordo com o trabalho. Mais do que indicar um tipo ideal de atividade para deixar o cérebro em forma, os especialistas defendem que regularidade e variedade de estímulos são a melhor combinação ? assim, trabalha-se várias capacidades físicas (coordenação, equilíbrio, força, agilidade…) e o desafio cognitivo é maior.



• 2º Frequentar a escola



Pessoas que passam mais anos estudando no início da vida têm menos risco de apresentar sintomas de declínio cognitivo na fase adulta ? foi o que demonstrou um estudo publicado na revista científica britânica Brain. O estímulo cognitivo ao longo dos anos em que o cérebro está em desenvolvimento (o que ocorre até mais ou menos 25 anos) é chave para criar e fortalecer conexões neuronais e construir uma espécie de ?poupança? de neurônios, capaz de tornar o cérebro mais tolerante aos efeitos da deterioração pelo envelhecimento e até ajudar na recuperação após uma doença cerebral, como um AVC. “Linguagem, atenção, pensamento crítico e outras competências cognitivas e socioemocionais trabalhadas na escola são fundamentais para manter a longevidade cerebral”, explica Adriana Fóz, neuropsicóloga e pesquisadora do Laboratório de Neurociências Clínicas da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Quanto maior a variedade de disciplinas e aprendizados melhor para manter o cérebro em forma, o que não quer dizer que os pais devem sobrecarregar as crianças com atividades ? nesse caso, o risco é torná-las estressadas e sujeitas a distúrbios comportamentais.

* 3º Manter conexões sociais



Cultivar uma rede de relacionamentos sólidos e saudáveis tem efeito protetor da saúde física e mental, enquanto a solidão é potencialmente prejudicial –ela eleva o nível de inflamação e hormônios do estresse e aumenta o risco de doença cardíaca e demência, inclusive Alzheimer. Uma pesquisa realizada ao longo de 12 anos com adultos acima de 65 anos e publicada no International Journal of Geriatric Psychiatry demonstrou que as pessoas que relataram viver rotinas solitárias tiveram mais perdas cognitivas ao longo do tempo. Mas vale saber que essa solidão nociva não tem a ver com a imposta pelo isolamento social devido à pandemia que vivemos nem com a solidão voluntária; tão pouco é experimentada só pelos idosos. Ela surge quando há uma discrepância entre o nível de conexão social desejado e o que de fato existe e pode, ainda, estar ligada a depressão, que também contribui para o declínio cognitivo. A convivência social engaja áreas do cérebro responsáveis pela linguagem e comunicação, emoções e competências como resolução de conflitos e tomadas de decisão.

* 4º Aprender sempre



Para além dos anos de educação formal, é importante saber que o cérebro continua sendo moldado pelas nossas experiências até o fim da vida. E quanto maior a diversidade de estímulos, mais azeitados se tornam os processos cognitivos. Ou seja, não devemos nunca parar de aprender. Pode ser um idioma diferente, um instrumento musical, uma prática física, um hobby manual ou mesmo um jeito diferente de realizar tarefas cotidianas. “São características dos superidosos (grupo acima de 80 anos com desempenho em testes de memória comparável ao de pessoas até 20 mais jovens) a curiosidade e a disposição para se manterem física e mentalmente ativos”, fala a neurologista Letízia Borges, do Hospital Sírio-Libanês. Palavras cruzadas, quebra-cabeça, sudoku, jogos de cartas e outros ?treinos cerebrais? também contam, desde que sejam desafiadores e não permitam que o cérebro trabalhe no piloto automático, criando assim novas sinapses.

* 5º Relaxar mais



O cérebro precisa de um pouco de estresse para nos manter concentrados e motivados, é fato. Em excesso, porém, o cortisol (hormônio produzido quando o organismo é colocado em estado de alerta) provoca alterações químicas e estruturais em várias regiões cerebrais, levando à destruição de neurônios e dificultando a atividade no hipocampo, área responsável pela memória e uma das primeiras afetadas pela doença de Alzheimer. “Embora não exista uma relação direta entre estresse e demência, sabemos que o estresse crônico funciona como uma plataforma para que hábitos ruins se instalem, como tabagismo, abuso de álcool, sedentarismo, alimentação desequilibrada. São fatores que elevam o risco de doenças cardiovasculares e, consequentemente, de desencadear demências”, afirma Fabio Porto, neurologista comportamental do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).

* 6º Dormir bem



Neurocientistas da Universidade de Rochester (EUA) descobriram recentemente que o cérebro possui uma espécie de sistema de autolimpeza que é ativado durante o sono e ajuda a eliminar toxinas do sistema nervoso central –entre elas, as placas de beta-amiloide, proteína associada à doença de Alzheimer. A circulação glinfática (chamada assim pela semelhança com o sistema linfático e por referência às células de Glia, de suporte e nutrição dos neurônios) funciona como uma rede de canais que percorre todo o cérebro drenando resíduos, embora ainda esteja em estudo se o mecanismo tem função no tratamento de lesões e doenças cerebrais. “Quando há privação de sono, o sistema glinfático não consegue completar o trabalho de limpeza de toxinas”, fala Paulo Bertolucci, neurologista, coordenador do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Unifesp. Em quadros crônicos, esses subprodutos se acumulam e afetam o funcionamento do cérebro, o comportamento e as habilidades cognitivas.


* 7º PRATICAR EXERCÍCIOS COGNITIVOS ONLINE



Pesquisas cientificas indicam que a prática do treino cognitivo é benéfico em qualquer idade, principalmente a partir da terceira idade ( 50 anos), que é quando ocorre o declínio cognitivo natural. A NeuroForma possuí ferramentas incríveis que vão fortalecer sua capacidade de atenção ajudar na resolução de problemas. A ferramenta é disponibilizada gratuitamente por um período de testes e pode ser acessada do seu computador, tablet ou smartphone.

Fontes: Adriana Fóz, neuropsicóloga e pesquisadora do Laboratório de Neurociências Clínicas da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Douglas Sato, neurologista, diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS; Fabio Porto, neurologista comportamental do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo); Letízia Borges, neurologista do Hospital Sírio-Libanês; e Paulo Bertolucci, neurologista, coordenador do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Unifesp

Exercitar a mente evita doenças causadas pelo envelhecimento do cérebro

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Manter o cérebro ativo em qualquer idade garante longevidade e saúde. Uma pesquisa realizada pela farmacêutica Bayer em todas as regiões do Brasil aponta que 22,8% dos idosos nunca leem ou praticam atividades que desafiem o cérebro. Outra pesquisa, feita pela farmacêutica Pzifer também em todas as regiões do Brasil, sobre como os brasileiros encaram o envelhecimento, mostrou que apenas 28% dos idosos ressaltaram a importância do cuidado com a mente quando perguntados sobre o que acham que contribui para chegar bem à maturidade.

O período de distanciamento social tem reforçado a importância de os idosos exercitarem a mente. Além de manter o cérebro ativo, as atividades fortalecem vínculos. É o que tem acontecido entre Nivalda, 86, e Léa Rodrigues, 57; mãe e filha. Juntas, elas praticam exercícios para o cérebro em casa. Com o dever de seguir as instruções passadas online por professoras do Método Supera de Olinda, as duas aumentaram a frequência dos estudos em dupla. “Esses momentos são muito bons. O importante é que também faço e posso explicar para ela, então eu ensino e sempre estou revisando os conteúdos”, diz Léa.

Os benefícios das atividades para o cérebro, que já eram percebidos diariamente, ganharam proporções maiores durante o isolamento social. Com a atividade em comum, mãe e filha colocam em prática iniciativas para afastar a solidão, o estresse e aumentar as habilidades cognitivas, como memória e atenção. Nos últimos 12 meses, Léa observou com alegria a dedicação de Nivalda. “Ela sempre se mostra entusiasmada, gosta de fazer os exercícios em casa”, afirma.

Apesar de treinarem juntas, as duas possuem perfis e motivações diferentes. Enquanto a filha busca maior concentração e capacidade de resolver problemas profissionais com facilidade, a mãe otimiza a memória e habilidades socioemocionais.

“Não existe uma idade específica para iniciar o treino cerebral. Encontramos pessoas com histórias e limitações diferentes. Com toda essa diversidade biográfica, a interação entre alunos de faixas etárias distintas acontece de forma natural”, destaca a educadora do Método Supera Gizella dos Anjos.

Manter o cérebro em forma é importante em qualquer idade. A NeuroForma disponibiliza uma plataforma de exercícios cientificamente testados para turbinar sua capacidade cognitiva. A plataforma está disponível online e os exercícios podem ser praticados remotamente pelo seu computador, smartphone ou tablet durante.

Games melhoram a memória – e outras revelações do maior experimento sobre inteligência já realizado no mundo

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Omar Jimenez foi algemado pelos policiais durante uma transmissão ao vivo mesmo depois de ter se identificado. Equipe da CNN foi liberada.

Quando se trata de medir a inteligência, há muitas habilidades que entram em jogo, desde a resolução de problemas e habilidades relacionadas às relações espaciais à consciência emocional e a memória.

Mas uma coisa é clara: a inteligência é importante. As pessoas que se saem bem nos testes de inteligência tendem, em média, a viver mais, envelhecem melhor e são mais propensas a obter sucesso acadêmico e profissional.

A boa notícia é que mais e mais pesquisas indicam que a inteligência não é fixa. Até alguns anos atrás, se acreditava que nascemos com todas as células cerebrais que teríamos na vida e que elas entrariam em declínio a partir da quinta década de vida. Agora, sabemos que isso não é verdade.

Inteligência artificial bate médicos em diagnósticos de câncer de mama
Como o debate de ideias aprimora nossa inteligência
Tecnologias como ressonância magnética (MRI) e magnetoencefalografia (MEG) nos permitem ver o interior dos cérebros vivos e observar como eles funcionam de maneiras que não eram possíveis há uma década.

Isso lançou luz sobre algo que os cientistas chamam de “neuroplasticidade”: a ideia de que nossos cérebros mudam com a formação de novas células e conexões ao longo de nossas vidas.

Além disso, agora sabemos muito mais sobre até que ponto essas mudanças são influenciadas pelo mundo ao nosso redor e até pelas decisões que tomamos em nossas vidas diárias.

Isso nos apresenta a possibilidade tentadora de termos mais controle sobre nosso cérebro e nossa capacidade cognitiva do que pensávamos.

É por isso que é tão importante entender como nossa inteligência funciona, quais fatores a afetam e como ela pode ser aprimorada.

Com isso em mente, em janeiro de 2020, a BBC convidou o público a participar de um teste de inteligência desenvolvido pelo cientista Adam Hampshire, do Imperial College de Londres.

Mais de 250 mil pessoas já responderam perguntas sobre si mesmas e depois foram testadas, com atividades que às vezes se parecem com jogos.

“Este é um número fenomenal”, diz Hampshire. “É o equivalente a cerca de 125 mil horas de testes, ou mais de 14 anos.”

Esses números fornecem informações sobre como os diferentes tipos de inteligência humana estão relacionados a variáveis ​​como estilo de vida, personalidade e o uso da tecnologia.

As mais de 250 mil respostas que chegaram – que fazem desse teste o maior do gênero – e as que continuarão a chegar contribuirão para uma importante investigação científica, que ajudará os cientistas do Imperial College de Londres a entender como nosso comportamento tem afetado nossa inteligência.

Com os dados coletados até o momento, o teste já revelou algumas descobertas inesperadas. Mas, antes de contar quais são, é importante destacar alguns pontos: este não é um teste de QI, porque os cientistas estão medindo o desempenho em diferentes aspectos da inteligência relacionados a sistemas cerebrais específicos; os participantes são majoritariamente britânicos.

Quem é melhor na solução de problemas?

Quando se trata de habilidades para resolver problemas, descobrimos que aqueles que disseram gostar de comer frutas e legumes tiveram um desempenho melhor.

Obviamente, ainda não se sabe se frutas e legumes nos tornam mais inteligentes ou se as pessoas mais inteligentes simplesmente optam por comer refeições saudáveis.

Mas o fator mais importante na capacidade de resolução de problemas foi a idade. As pessoas na casa dos 20 anos tiveram melhor desempenho, que piorou drasticamente entre os participantes mais velhos.

Além disso, descobrimos que a memória de trabalho, a inteligência espacial e a atenção atingem um pico em torno dos 20 anos e diminuem depois disso.

É porque, com o passar dos anos, nossos cérebros literalmente começam a trabalhar em um ritmo cada vez mais lento.

Você sabia que…

– Quando se trata de inteligência, o tamanho do cérebro não parece ser um fator definitivo

– Indivíduos com mais massa cinzenta parecem ter uma capacidade cognitiva ligeiramente maior.

– Mas as pesquisas mostram que a substância branca é crucial para acelerar o pensamento. É ela que abriga todas as conexões entre as áreas do cérebro.

– Essas conexões são chamadas de vias neurais, e cada um de nós tem centenas de milhões delas no cérebro. Se você juntar apenas as suas, eles percorreriam o mundo quatro vezes.

– Elas são isoladas por uma substância gordurosa chamada mielina.

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Tudo isso nos foi explicado por Simon Cox, um dos especialistas da Universidade de Edimburgo que descobriu que uma das características dos cérebros de pessoas inteligentes são as melhores conexões. A velocidade de processamento depende de quão bem isoladas são essas conexões.

À medida que envelhecemos, a camada de mielina diminui e a comunicação entre os neurônios cai, porque os sinais não são transmitidos de maneira tão suave ou rápida e pode haver interferência de conexões vizinhas, explica Alan Gow, da Universidade Heriot-Watt.

“Outro processo que notamos é chamado atrofia, o encolhimento geral do volume do cérebro à medida que envelhecemos.”

Podemos evitar a atrofia do cérebro?

É provável que sim. Veja como a massa cerebral é diferente entre as duas pessoas que aparecem na imagem abaixo. Ambas têm a mesma idade.

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“Não parece ser algo inevitável: o nível de atrofia e danos à substância branca varia de pessoa para pessoa. O que queremos entender é que fatores no estilo de vida ou no comportamento fazem diferença”, diz Gow.

Uma pista pode estar oculta precisamente nos testes de QI. Apesar de serem frequentemente criticados, uma de suas vantagens é que eles são realizadas há muito tempo, revelando mudanças, como por exemplo um aumento tão expressivo no QI das crianças britânicas desde 1938 que foi preciso recalibrar os testes.
A razão? Há muito debate sobre isso, porque muita coisa mudou: hoje, temos comida e educação melhores.

Mas há um detalhe intrigante. Ao longo do século 20, houve basicamente um aumento do QI, mas, na virada do século 21, em muitos lugares, a curva ficou congelada e, em alguns, começou a declinar.

Um estudo específico com cidadãos da Noruega mostra que eles perderam 7 pontos de QI por geração entre os nascidos após 1975.

Ninguém ainda sabe o porquê. O que sabemos é que houve uma grande mudança em nosso estilo de vida nas últimas décadas.

O que a tecnologia está fazendo conosco?

Os cientistas de Imperial College estão particularmente interessados ​​no impacto que nosso crescente uso da tecnologia tem sobre a memória, as habilidades espaciais e outras áreas da cognição.

Foi pedido que as pessoas dissessem quais aparelhos usam, o que eles fazem com eles e com que frequência eles fazem isso. Foram analisados também aspectos como pesquisas na internet, uso de redes sociais e jogos e compras online.

Para nossa surpresa, não há uma ligação clara entre a capacidade intelectual e o tipo de tecnologia usada ou a quantidade de tempo gasto nela. Exceto em uma área…

Quanto mais tempo as pessoas passam jogando jogos de computador, melhores são suas pontuações nos testes de memória de trabalho espacial (sua capacidade de lembrar onde estão as coisas, como as chaves do carro), atenção e raciocínio verbal.

Nesse caso, a idade efetiva não foi levada em consideração. Portanto, não se trata de jovens versus idosos, mas de um vínculo muito claro com o jogo.

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Uma de nossas descobertas mais surpreendentes foi que os jogos podem realmente melhorar um dos principais componentes da inteligência: a memória de trabalho, nossa capacidade de manter temporariamente as informações ativas para uso em diferentes atividades cognitivas, como compreensão ou pensamento.

“Qualquer pessoa que tenha ido a algum lugar para fazer alguma coisa e tenha esquecido o que era na chegada sabe do que estamos falando”, diz Louise Nicholls, da Universidade Strathclyde.

As pessoas que jogam no computador obtiveram melhores resultados nesses testes do que aquelas que treinam mentalmente, indicando que esses jogos podem ser um hobby mais valioso para aqueles que desejam melhorar suas habilidades cognitivas.

Deve-se notar que estudos controlados sobre a relação positiva entre a quantidade de jogo e esse aspecto da inteligência produziram resultados consistentes com os da BBC, diz Nicholls. Mas importa qual é o jogo?

“Os resultados mais confiáveis ​​falam especialmente dos videogames de ação, aqueles que envolvem navegar em diferentes ambientes, encontrar alvos visuais e tomar decisões rápidas. Mas até mesmo jogos de quebra-cabeças espaciais, como o Tetris, são benéficos”, afirma a especialista.

“No entanto, precisamos fazer mais pesquisas para saber, por exemplo, qual é o número ideal de horas de jogo, porque às vezes o hobby afeta as horas de sono e exercício e deixa de ser um benefício.”

Redes mentais

Há outro elo forte (e perturbador) entre aqueles que usam a internet excessivamente e obsessivamente e aqueles que se sentem ansiosos e estressados. Isso foi particularmente perceptível entre os mais jovens.

Até agora, é uma das evidências mais claras de que o uso excessivo da tecnologia pode ter um impacto negativo na saúde mental.

Embora essa ligação nunca tenha sido identificada em uma escala tão grande, “há muitas pesquisas indicando que o uso excessivo da internet está associado a problemas de saúde mental, principalmente em adolescentes e jovens”, diz Lee Smith, da Universidade Anglia Ruskin.

“Isso ocorre em parte porque as redes sociais às vezes incentivam comparações com objetivos impossíveis. Além disso, elas permitem quantificar nosso sucesso social. Essas duas coisas podem estar aumentando os níveis de estresse.”

Portanto, gastar menos tempo nas mídias sociais é melhor para a saúde mental.

Más notícias para os preguiçosos

Há evidências intrigantes de outra coisa que podemos fazer para maximizar nosso poder cerebral. Aparentemente, ter um bom condicionamento físico é bom para o cérebro.

Na Universidade de South Wales, são aplicados testes Stroop antes, durante e depois de as pessoas se exercitarem. Estes testes avaliam quanto tempo nosso cérebro leva para processar uma discordância nas informações.

É mais simples do que parece: quando os voluntários pedalam uma bicicleta ergométrica, eles veem as palavras aparecerem na tela.

São nomes coloridos, mas estão em outra cor – a palavra “azul”, escrita em letras vermelhas; eles precisam pressionar um botão da cor que diz a palavra.

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Como o gênero nos afeta?

Um dos testes analisou a capacidade das pessoas de ler emoções corretamente em vários rostos. Descobrimos que aqueles que obtiveram melhores resultados têm irmãos e/ou irmãs e também aqueles que compartilham suas vidas com gatos e/ou cães.

Embora não exista diferença geral de inteligência entre os sexos, quando se trata de nossa inteligência emocional, as mulheres obtiveram melhores resultados do que os homens e aqueles que não se identificam com gêneros binários.

Nos testes de capacidade espacial e resolução de problemas, os homens obtiveram melhores pontuações que as mulheres e os não binários.

É preciso enfatizar que as diferenças foram pequenas, e há muito debate sobre se isso se deve à natureza ou à criação.

Uma análise recente de muitos estudos diferentes concluiu que as diferenças na capacidade espacial tendem a aparecer quando entramos na idade escolar, sugerindo que isso é em grande parte o resultado da pressão social e seu impacto em coisas como a seleção de brinquedos.

Vários estudos mostram que os estereótipos claramente continuam a existir e que podem ter um efeito significativo em certos testes de inteligência.

Pode-se fazer algo para combater estes efeitos? “Há um estudo muito bom no qual pegaram um grupo de meninas cujas habilidades espaciais não eram tão boas e as incentivaram a jogar Tetris intensamente por três meses”, diz a neurocientista Gina Rippon.

“As partes do cérebro que sustentam o desempenho espacial mudaram sutilmente. Assim, foi possível demonstrar como uma parte e função específicas do cérebro podem responder ao treinamento e mudar comportamentos.”

E o que acontece à medida que envelhecemos?

As pessoas que pontuaram melhor em inteligência verbal foram as que mais leram. Quem come mais frutas e verduras também teve bons resultados. Essa foi uma das habilidades cognitivas mais afetadas pelo estilo de vida.

E o mais interessante foi como as habilidades verbais variam de acordo com a idade. Enquanto todas as outras habilidades cognitivas diminuíram com a idade, a capacidade verbal aumentou, com um pico entre os 70 e 80 anos.

Isso foi uma descoberta interessante, porque estudos anteriores apontavam que o pico era atingido entre os 50 e 60 anos e depois declinava.

“A habilidade verbal é um exemplo de inteligência cristalizada”, explica Smith. “São habilidades que acumulamos por meio do aprendizado e da experiência e que continuamos a desenvolver e podemos reter até a velhice.”

Na Escócia, uma pesquisa deu uma ideia disso. Em 1947, crianças de 10 e 11 anos de todo o país fizeram um teste de inteligência.

Décadas depois, cientistas da Universidade de Edimburgo procuraram aquelas crianças, agora com 70 anos, para refazer o mesmo teste, com a ideia de analisar os resultados e procurar as chaves para o envelhecimento bem-sucedido.

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Um grupo de crianças que fez um teste de inteligência em 1947 o realizou novamente décadas depois

O pesquisador Ian Dearry comparou os resultados. Para entender por que o cérebro de algumas pessoas envelheceu melhor que outras, ele as submeteu a outros testes, incluindo perfis genéticos e questionários detalhados sobre seus estilos de vida.

“Há uma pequena contribuição de certos fatores genéticos, mas o maior fator é o estilo de vida”, diz Dearry.

Sua pesquisa mostrou que aqueles que eram consistentemente ativos fisicamente e mentalmente tinham melhores habilidades de raciocínio. Isso também é verdade para quem aprendeu outro idioma.

“Certamente, há evidências crescentes de que aprender ou se envolver em algo novo ajuda a reforçar ou criar novas conexões. De fato, aprender outro idioma em qualquer idade pode ser benéfico”, diz Gow.

Depois de analisar tantos estudos, qual seria seu principal conselho para manter o cérebro jovem?

“A atividade física é a que parece consistentemente ser a mais benéfica, mas não devemos esquecer as conexões sociais: não ficar sozinho é importante para a saúde mental.”

Antes de encerrar, vale lembrar que existem coisas que esse tipo de teste não pode medir, como personalidade. E a característica de personalidade mais importante nesse contexto é a dedicação. Estudos indicam que ele pode compensar qualquer deficiência. Então, exercite-se enquanto joga videogame em russo no computador!

Fonte: BBC
Dr. Michael Mosley e Dra. Hannah Fry

Como o home office impacta seu cérebro

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O home office, ou teletrabalho segundo a fria letra da lei, já faz parte do cotidiano de boa parte dos brasileiros economicamente ativos durante a quarentena. O espaço físico entre sua cama e o ‘escritório’ encurtou dramaticamente, e seja lá o que sua baia de trabalho se transformou na transição para o lar certamente se confunde com o mesmíssimo espaço que você usa para lazer – ou decompressão, se o linguajar corporativo for mais sua praia.

Tudo isso, claro, tem impactos no nosso psicológico. O efeito de trabalhar em casa implica também em uma vida social menos ativa e menor contato pessoal, que se junta a outros fatores. A revista científica The Lancet publicou recentemente uma revisão de artigos e estudos sobre os efeitos psicológicos da quarentena durante a epidemia da SARS (Síndrome Respiratória Aguda), em 2002. O levantamento apontou que 29% das pessoas apresentaram estresse pós-traumático (TEPT) e 31% tiveram depressão após o isolamento.

Para Priscilla Bencke, especialista em neurociência aplicada à arquitetura da Qualidade Corporativa Smart Workplaces, um uso inteligente do espaço pode ser fundamental para diminuir os efeitos mentais do home office sob a pandemia. “Precisamos ter consciência de que somos impactados pelos ambientes que frequentamos, principalmente, por meio dos nossos sentidos. Consequentemente isso vai influenciar no nosso comportamento. Podemos, por exemplo, criar sensações agradáveis por meio da decoração, para que as pessoas da nossa casa sintam-se acolhidas nesses ambientes, bem como usar um aromatizador relacionado com a natureza, pisar na grama e ouvir músicas que te façam sentir mais calmo”, explica Priscilla Bencke.

Vale inclusive preparar ambientes e situações dentro de casa que proporcionem memórias positivas para a família, apesar do cenário de muita dificuldade. Dados de uma pesquisa do Happiness Research Institute, da Dinamarca, pode nos ajudar a entender melhor esse cenário. Um estudo realizado por eles pediu às pessoas que descrevessem uma memória feliz. Nas respostas foram identificados alguns padrões em quase todas as devolutivas, sendo 62% delas tendo ligação direta com aspectos multissensoriais e 56% emocionais. “Essa fase da quarentena vai ficar marcada na memória das pessoas, mas a decisão sobre como isso vai ser lembrado depende da emoção que cada um de nós vai dar para esses momentos em família. Se conseguirmos oferecer espaços multissensoriais em casa, por exemplo, podemos trabalhar isso de forma estratégia e contribuir com a formação de memórias positivas”, explica Priscilla., que sugere seguir a cartilha abaixo:

Técnicas de neuroarquitetura para um home office eficaz

• Natureza e a iluminação natural

Se um ambiente está com pouca luz, por exemplo, a vista ficará mais cansada, podendo causar dores de cabeça e estresse. Por esse motivo, ao escolher a iluminação do ambiente de trabalho observe o quanto será necessário de luminosidade para a prática da atividade. “A luz branca, por exemplo, evita o sono. Obviamente, quando estamos um longo período de tempo sobre essa luz não vamos conseguir relaxar nosso corpo”, explica a arquiteta. Apesar da iluminação natural contribuir para o combate ao estresse, o seu excesso também pode causar o efeito contrário. “Temos que cuidar ainda para que os raios do sol ou a claridade não prejudique a visibilidade quando estivermos no notebook ou na TV, pois isso pode gerar dor de cabeça e, consequentemente, influencia no estresse”, alerta Priscilla.

Outro detalhe importante é sobre quem permanece muito tempo em ambientes fechados com ausência de luz natural. Segundo Priscilla Bencke, ficar por longos períodos nesses locais faz com que a pessoa não perceba o passar do dia, desconectando-se do seu relógio biológico. Como resultado pode haver uma dificuldade maior na hora de descansar ou dormir, ocorrendo a temida insônia e que impacta diretamente na produtividade e na saúde. Janelas com vista para a ‘natureza’ ajudam nesse ponto e contribuem, inclusive, para diminuir a frequência cardíaca e reduzir as questões de estresse.

Além disso, muito cuidado com os ruídos. Eles são os principais vilões de qualquer ambiente de trabalho. “É impossível se manter concentrado com o barulho. Pesquisas mostram que diminuímos 40% da capacidade de produção com a presença de barulhos externos. Além disso, a previsão é de que os erros aumentem em quase 30% devido às distrações em ambientes com a presença de ruídos. Como a família toda estará em casa é muito importante buscar um espaço mais reservado para trabalhar”, indica Priscilla.

• Ergonomia

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 40% das dores lombares resultam em problemas mais sérios, causando incapacidade funcional e diminuição da produtividade. Por isso, outro detalhe importante é em relação aos mobiliários utilizados. Apesar de ser um home office temporário – para muitos – é fundamental alguns cuidados.

“O ideal para um ambiente de trabalho home office é escolher cadeiras que possuem pelo menos três funções básicas: regulagens de alturas do assento e do braço, além de encosto com o apoio para a lombar. Caso a pessoa não tenha esse tipo de cadeira em casa ela pode escolher um assento que permita encostar a lombar na cadeira e deixar a coluna reta. De preferência, que tenha apoio para os braços. E fique atento aos seus limites físicos, como os de postura, e até mesmo psíquicos, evitando transformar o excesso de trabalho em estresse, bem como muitas horas na mesma posição”, indica a arquiteta Priscilla Bencke.

Outra dica é sobre o uso do notebook. Muitas horas de trabalho podem gerar desconfortos físicos. “Para evitar que esses problemas influenciem na qualidade de vida acrescente um suporte para notebook com mouse e teclado externo. Dessa forma, vai ser possível trabalhar em uma postura adequada sem queixas e com mais produtividade. Quem não tem o suporte para notebook pode utilizar temporariamente livros para criar uma altura que deixe o notebook na direção dos olhos, permitindo uma postura correta”, aconselha Priscilla.

Manter o cérebro em forma é importante em qualquer idade. A NeuroForma disponibiliza uma plataforma de exercícios cientificamente testados para turbinar sua capacidade cognitiva. A plataforma está disponível online e os exercícios podem ser praticados remotamente pelo seu computador, smartphone ou tablet durante a quarentena.

Estudo mostra como cérebro dá ‘replay’ em memórias durante o sono

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O que acontece com nosso cérebro quando dormimos é uma dúvida que atiça a curiosidade de muitos cientistas. E um estudo publicado na última terça (5) trouxe novas evidências sobre o assunto. O artigo, que saiu na revista Cell Reports, indica que durante o sono, a mente repassa alguns padrões neurais, provavelmente para consolidar aprendizados obtidos ao longo do tempo de vigília.

Os cientistas já desconfiavam desse mecanismo, mas os cientistas conseguiram evidências mais fortes de sua existência nesse estudo.



COMO O ESTUDO FOI FEITO?

O estudo contou com dois voluntários que usavam microeletrodos implantados em seu cérebro; 

Eles foram expostos a uma sequência de luzes em um painel com quatro lampadas de cores diferentes (semelhantes ao jogo Genius dos anos 1980);

Depois disso, eles tiveram 30 minutos de descanso em que puderam dormir e atingir estágios iniciais de sono; 

Os pesquisadores observaram que depois desse período dormindo, seus neurônios continuaram com as mesmas sinapses ativadas durante o jogo;

O estudo não observou, no entanto, se depois houve alguma evolução durante o jogo, mostrando se esse esquema de consolidação é mesmo eficiente.

POR QUE ISSO IMPORTA?

O estudo reforça como o sono é importante para a consolidação da memória e que mesmo curtos períodos de descanso são importantes para isso. Ou seja, tirar pequenos intervalos para descansar pode ser importante para melhorar nosso rendimento no trabalho e no dia a dia.

Conheça 6 inimigos do cérebro e saiba reverter esses hábitos nocivos

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O cérebro é um órgão vulnerável, portanto exige uma boa manutenção cotidianamente. No entanto, altos graus de exigência e níveis de necessidade de articulações intelectual e emocional levam as pessoas a seus limites. Prova disso é a fadiga mental, que pode evoluir para a síndrome de Burnout ou levar a crises de ansiedade e depressão. “Esquecimento, desatenção e baixa no rendimento mental têm sido mais frequentes e mostram que alguns hábitos precisam ser revistos”, alerta o neurologista Leandro Roberto Teles, membro efetivo da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

Muitos hábitos inadequados se tornam grandes inimigos do cérebro, fazendo-o enfrentar falhas e, ao longo do tempo, podendo até aumentar o risco de danos cerebrais como o surgimento de doenças degenerativas e psiquiátricas. “Existe um potencial de lesão indireta em longo prazo”, completa Teles. Mas a boa notícia é de que ao substituir os hábitos nocivos pelos benéficos é possível reverter os danos funcionais, promovendo saúde como um todo —afinal o cérebro também comanda o sistema hormonal e imunológico, ou seja, cuidar desse órgão reflete em todo o organismo.

De acordo com a neurocientista Ângela Wyse, professora titular do Departamento de Bioquímica da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a plasticidade neuronal é a capacidade que o cérebro tem de adaptação. Por isso, nunca é tarde para corrigir tais hábitos e buscar uma manutenção adequada da saúde cerebral. “O cérebro se renova e, ao apostar nessas correções, ele aumenta suas conexões e pode evitar doenças futuras”, confirma a docente.

Para ajudar a identificar os inimigos do cérebro, listamos aqui os principais deles. Além disso, apontamos quais ações podem e devem ser adotadas para a qualquer momento investir na saúde desse órgão tão importante. Confira!
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1. Falta de sono
Durante o sono o cérebro consolida as memórias do dia anterior, organiza o pensamento e exercita a criatividade; além disso, prepara o cérebro para as atividades do dia seguinte. “Um sono de boa qualidade é tão importante para a saúde do cérebro que a recomendação médica atual é de que se deve dormir mesmo que seja com medicamentos indutores do sono, reservados àqueles casos em que não houve resposta aos tratamentos comportamentais como a higiene do sono”, ressalta Einstein F. Camargos, professor do programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (Mestrado e Doutorado) da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB).

Como corrigir: Aposte em algumas técnicas que ajudam na indução do sono. Desligue aparelhos eletroeletrônicos e apague as luzes. A escuridão ajuda na produção de melatonina, hormônio do sono. Procure dormir, ao menos, 8 horas e, ao longo do dia, invista no gerenciamento do estresse para não levar para a cama os problemas do dia-a-dia.

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2. Sobrecarga mental

O cérebro tem uma capacidade limitada de lidar com afazeres simultâneos. Por isso, o estresse da vida cotidiana moderna tem sido muito prejudicial à saúde mental. “No esforço realizado pelo cérebro em controlar as emoções, algumas áreas deixam de ser estimuladas ou mesmo reabilitadas, levando a uma perda funcional importante que pode se expressar como prejuízos na atenção e queixas de memória”, explica Camargos. Além disso, o estresse crônico libera hormônios —como adrenalina — mantendo o sistema de alerta ativo. “Esse excesso de hormônio pode aumentar os níveis de inflamações e, consequentemente, causar danos celulares, que ao longo do tempo podem danificar o sistema cerebral e elevar a chance de doenças neurodegenerativas”, alerta Wyse.

Como corrigir: Nada de querer abraçar o mundo. Evite fazer várias coisas ao mesmo tempo, realize cada atividade no seu tempo e foque nos problemas importantes e específicos. “Tire o melhor do seu cérebro reduzindo a taxa de distratores”, sugere Teles. Outra dica é evitar ambientes pesados e bagunçados, evitando assim o bombardeio de estímulos.

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3. Rotina

É bem menos trabalhoso seguir um roteiro já traçado, mas a rotina automatiza os processos mentais. Por conta dela, deixamos de raciocinar, criar e perdemos a chance de exercitar os neurônios. “Os trabalhos repetitivos, relações interpessoais que caíram na mesmice, falta de projetos, planos, metas, enfim tudo isso leva a uma preguiça cognitiva”, confirma Teles.

Como corrigir: Busque coisas novas e faça a rotina de jeito criativo, alterando caminhos e ambientes, conhecendo pessoas e lugares novos. É importante alimentar o cérebro de vivências intelectualmente mais interessantes. Segundo Wyse, a leitura é uma motivação importante para o cérebro, pois o força a realizar novas conexões, recordar alguma situação, vivenciar uma nova história. Na prática, faz o cérebro trabalhar.

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4. Sedentarismo

A atividade física age no sistema nervoso central em vários níveis. “Reduz a ansiedade, derruba os níveis de cortisol e adrenalina, estimula a formação de redes dentro do hipocampo (região responsável pela memorização) e melhora o sono”, informa Teles. Por isso, ficar parado é um problema para a saúde cerebral. Além disso, a falta de atividade física aumenta o risco de obesidade, pressão alta, colesterol elevado, problemas cardíacos, doenças que podem ainda aumentar o risco de doenças isquêmicas, o conhecido AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Como corrigir: Comece devagar e pare de adiar aquela caminhada. Ao se movimentar, ocorre otimização da concentração, do processo criativo e do pensamento lógico. A prática de atividade física tende a elevar a autoestima, ativando regiões cerebrais ligadas ao prazer. “Com isso, o circuito cerebral libera dopamina, o hormônio do prazer que mantém o cérebro ativo e alegre”, fala Wyse.

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5. Tecnologia

Não dá mais para viver desconectado, afinal o computador e o smartphone tornaram-se essenciais para a vida social e profissional. Porém, nas redes sociais consumimos uma quantidade enorme de informação sem ao menos conseguir assimilar ou pensar sobre cada uma delas. “Há ainda o risco de terceirização cognitiva, pois as pessoas delegam ao celular, por meio de vários aplicativos o ajuste e lembrete de datas, horários e tarefas e, com isso, a pessoa começa a ficar mais sedentária mentalmente”, alerta Teles.

Como corrigir: É importante não permitir que se desenvolva um grau de dependência, apostando na delimitação de tempo. Pode ter acesso à tecnologia, mas sem ficar refém disso. Também é possível criar vínculos em redes sociais, mas sem abrir mão do mundo real, pois as interações sociais fazem o cérebro trabalhar e ativam a região do prazer.

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6. Notícias ruins

Assim como se escolhe o que colocar no prato, também é importante ficar atento às notícias que estão alimentando o nosso cérebro. Uma overdose de informações negativas ativa memórias ruins e interfere na liberação de dopamina.

Como corrigir: É fundamental, de tempos em tempos, equacionar o tipo de estimulo que tem recebido do externo. Aqui, a proposta não é ficar alienado, mas procurar alimentar o cérebro também com informações positivas para ativar os neurônios do bem, como dopamina (prazer) e serotonina (bem-estar).

Nessa quarentena é possível praticar os exercícios cognitivos cientificamente testados para manter o cérebro sempre em forma

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