Como lidar com traumas após sobreviver a um acidente

sitecoNa edição desta segunda-feira (1º) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre o transtorno de estresse pós-traumático.

No fim de semana, o desabamento de uma gruta em Altinópolis, no interior de São Paulo, deixou nove mortos e 18 feridos. Vivenciar experiências intensas com graves consequências pode impactar as pessoas de diferentes formas e, uma delas, é o trauma.

“No momento da tragédia em si, quando o problema está acontecendo, existe um acionamento do circuito que é responsável no cérebro para manter a vida”, explicou Gomes. “O problema é que o evento depois de resolvido, independente de existirem mortes ou não, deixa uma marca dentro do tecido cerebral.”

O médico explica que experiências traumáticas ficam “registradas” numa parte do cérebro que chama hipocampo, que, em conjunto com o córtex pré-frontal, podem “reviver” as experiências nas vítimas após o acidente.

“É de se esperar que no momento agudo [de uma tragédia] o indivíduo nem preste atenção no que está acontecendo porque a única preocupação que existe é manter a vida a todo custo”, disse Gomes.

“Mas conforme o tempo passa, é natural que parte das vítimas e pessoas envolvidas possam vivenciar aquela situação com flashbacks e manifestações físicas relacionadas ao acidente, muitas vezes desencorajando a pessoa a seguir em frente — é a síndrome do estresse pós-traumático.”

Fernando Gomes apontou que vítimas de acidentes ou que vivenciam experiências traumáticas procurem ajuda profissional para superar o problema.

“A psiquiatria e a psicologia desempenham um papel fundamental no acolhimento dessas pessoas e do preparo para que não exista uma manifestação clínica tão exuberante [do trauma no cérebro]”, disse o neurocirurgião.

(*Com informações de Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo)

Confira 9 causas de perda de memória e como tratá-las

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As causas para a perda de memória são diversas. Entre as mais comuns estão alterações do sono, uso de remédios, hipotireoidismo, ansiedade, depressão, infecções ou doenças neurológicas.

Para a maioria das pessoas, hábitos de vida mais saudáveis que incluam exercícios físicos, alimentação balanceada, relaxamento com meditação e exercícios de treino de memória são suficientes para prevenir esquecimentos.

No entanto, se os lapsos de memória estão se tornando cotidianos ou atrapalhando a realização de tarefas diárias, é fundamental consultar um médico para analisar as causas e iniciar o tratamento correto.

As principais causas de perda de memória e as formas de tratá-las são:

1. Estresse e ansiedade

A principal causa de perda da memória é o estresse e a ansiedade. Em momentos assim, ocorre a ativação de muitos neurônios e regiões do cérebro, o que gera confusão e dificulta a realização de tarefas simples. Por isso, é comum haver uma perda de memória repentina em situações como uma apresentação oral ou uma prova.

2. Faltade atenção

A simples falta de atenção faz com que o esquecimento seja mais frequente. É mais fácil esquecer detalhes como um endereço ou onde se guardou as chaves quando se está muito distraído, não sendo necessariamente um problema de saúde. A memória e a concentração podem ser treinadas com exercícios que ativam o cérebro, como a leitura de um livro ou um simples jogo de palavras cruzadas.

3. Depressão

A depressão e outras doenças psiquiátricas como síndrome do pânico e transtorno bipolar podem causar déficit de atenção e afetar o funcionamento de neurotransmissores cerebrais, alterando a memória. Nestes casos, deve ser iniciado o tratamento com antidepressivos ou medicamentos orientados pelo psiquiatra. A psicoterapia também pode ser importante.

4. Hipotireoidismo

Quando não tratado adequadamente, o hipotireoidismo deixa o metabolismo mais lento e prejudica o funcionamento cerebral. Geralmente, a perda de memória pela condição é acompanhada de outros sintomas como sono excessivo, pele seca e cansaço intenso. O tratamento é orientado pelo clínico geral ou endocrinologista.

5. Falta de vitamina B12

A deficiência de vitamina B12 altera o funcionamento cerebral, prejudicando a memória e o raciocínio. A reposição desta substância é feita com alimentação equilibrada, suplementos nutricionais ou, em caso de má absorção pelo estômago, com injeções da vitamina.

6. Uso de remédios para ansiedade

Alguns medicamentos podem provocar um efeito de confusão mental e prejudicar a memória, sendo mais comum em quem usa sedativos frequentemente. Os lapsos também podem surgir como efeito colateral de remédios de vários tipos, como anticonvulsivantes, neurolépticos e alguns medicamentos para labirintite.

Estes efeitos variam de pessoa para pessoa, portanto é sempre importante relatar os remédios usados ao médico caso haja suspeita de alteração da memória. Orienta-se conversar com o médico para a troca ou suspensão de possíveis medicamentos associados à perda de memória.

7. Uso de drogas

O excesso de álcool e o uso de drogas ilícitas interferem no nível de consciência e são tóxicos para os neurônios, prejudicando as funções do cérebro e a memória. Para o tratamento, é importante abandonar o uso de drogas ilícitas e consumir álcool com moderação. Existem procedimentos que auxiliam contra a dependência química e são orientados em postos de saúde.

8. Dormir menos de 6 horas

falta de um descanso adequado, que deve ser de 6 a 8 horas por dia, atrapalha a manutenção da atenção e do raciocínio. Uma boa noite de sono pode ser adquirida com a introdução de hábitos simples no seu cotidiano, como evitar consumo de café após as 17h e diminuir o uso de celular ou ver TV na cama. Casos mais graves podem ser tratados com medicamentos ansiolíticos, orientados pelo médico.

9. Alzheimer e demências

O Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que prejudica a memória e interfere na capacidade de raciocínio e de controlar o comportamento à medida que progride. Também existem outros tipos de demência que causam alterações da memória, principalmente no idoso, como a demência vascular, o Parkinson ou demência por corpúsculo de Lewy, que devem ser diferenciados pelo médico.

Caso a doença seja confirmada, o neurologista ou geriatra pode indicar remédios anticolinesterásicos. Além disso, o médico responsável também pode sugerir atividades como terapia ocupacional e fisioterapia, para que a pessoa consiga manter suas funções o maior tempo possível.

Como melhorar a memória naturalmente

Comer alimentos ricos em ômega 3, como salmão, peixes de água salgada, sementes e abacate, ajuda a melhorar a memória e a concentração. Deve-se apostar numa alimentação saudável, equilibrada, que contenha os alimentos certos.

Exercícios para memória e concentração também são aliados importantes para manter o cérebro ativo. Essas práticas aumentam a capacidade de aprendizado e ajudam a prevenir o declínio cognitivo que pode acontecer ao longo do tempo.

O cérebro dos poliglotas

jr-korpa-jxb5j1vdwsi-unsplashCertamente você sabe o que é um poliglota. Não há uma definição técnica precisa, mas pode-se considerar aquele que domina entre 2 e 7 idiomas. No entanto, não se espante: há pessoas que falam muito mais que isso, como o Papa João Paulo II (1920-2005), que dominava mais de 10, e o incrível intérprete e diplomata alemão Emil Krebs (1867-1930), que falava e escrevia quase 70 idiomas. São os chamados hiperpoliglotas.

Para a grande maioria dos seres humanos, é natural aprender os idiomas que a família usa em casa. Existem redes neurais que incluem várias áreas do córtex cerebral, principalmente no lado esquerdo do cérebro na maioria de nós, cuja função é essa: aprender a falar e a compreender uma língua. Isso ocorre espontaneamente durante os primeiros anos de vida, fase conhecida pelos neuropsicólogos como “período crítico”, que vai até aí pela adolescência e durante o qual tiramos de letra aprender uma língua. Em muitas famílias, inclusive, falam-se duas ou mais línguas. Essa é a norma em alguns países, como a Bélgica, a Índia, e por aqui o Paraguai, onde todos falam espanhol e guarani. Os linguistas preferem chamar bilíngues as pessoas que aprendem duas línguas durante a infância, e multilíngues as que aprendem mais de duas. O aprendizado de outro idioma é benéfico não apenas para a cognição da criança, como para seu desempenho profissional no futuro.

Só que essa habilidade não desaparece depois da infância. Fica mais difícil, sim, mas é perfeitamente possível estudar e aprender várias línguas durante a vida adulta. É o caso dos poliglotas e hiperpoliglotas. Mas a pergunta inevitável é: como eles conseguem? A questão foi abordada por um grupo de pesquisadores do MIT, nos EUA, e publicada no início deste ano. Como os estudos sobre o funcionamento cerebral em multilíngues renderam resultados controversos, eles resolveram radicalizar: estudaram 8 poliglotas capazes de falar em torno de 7 idiomas, e 9 hiperpoliglotas que sabiam usar com proficiência mais de 10 línguas. Claro que testaram essa capacidade em todos eles, bem como suas características psicológicas básicas: memória, inteligência (QI) e outras. Para comparação, incluíram no estudo experimental 17 monolíngues pareados por idade e sexo, e depois uma base de dados com mais de 200 indivíduos monolíngues anteriormente coletada pelo grupo. O funcionamento cerebral foi aferido por ressonância magnética, durante estímulos diversos incluindo a leitura e a audição de frases com e sem sentido, para testar a compreensão depois.

Aposto que todos vocês esperariam encontrar áreas corticais da rede da linguagem, maiores e mais ativadas no lado esquerdo do cérebro dos poliglotas. Nananinanão. Justo o contrário: as redes linguísticas à esquerda eram menores e menos ativadas durante os testes, sem alterações no lado direito do cérebro. Em outras funções complexas, tudo normal. Nada de diferente do cérebro dos monolíngues no que se refere à memória, inteligência fluida (capacidade de conectar fatos e tirar conclusões), cognição social e capacidade de planejamento.

Como assim? A pessoa aprende a falar 20 idiomas e seu cérebro ativa menos as áreas linguísticas? Parece contraditório, mas segundo os autores, faz sentido se considerarmos que a grande habilidade desses cérebros é aprender os macetes de aprender idiomas. Aprender a aprender. Após o período crítico com maior plasticidade cerebral, o que o cérebro adquire a mais é usar o aprendizado das primeiras línguas para facilitar o das demais, aprendidas depois. Fica mais fácil memorizar sinônimos, significados, construções ortográficas, e tudo mais que é necessário para falar e compreender uma nova língua. Taí uma dica para educadores e famílias sobre a importância do ensino de idiomas. Quanto mais se aprende, menos esforço cognitivo é necessário fazer. O cérebro não é bobo. Aprende a fazer mais com menos.

A força da meditação: cinco minutos por dia já beneficiam o cérebro

 

site-copyNo começo da década de 1990, o neurocientista americano Richard J. Davidson começou a estudar as diferenças entre cérebros de monges budistas e pessoas que não meditavam. Os resultados o assombraram e foi o início de uma pesquisa que derrubou o mito de que a meditação e seus benefícios são para quem pode se isolar numa caverna no Tibete, ou é o que popularmente se chama de uma pessoa zen.

Nada disso. Meditar, explicou Davidson em entrevista ao EXTRA, está ao alcance de todos e produz, com apenas cinco minutos diários de prática, transformações na estrutura do cérebro que ajudam a ter foco, regular emoções e ter compaixão. Se tudo isso já era importante antes de pandemia, frisou o diretor do Laboratório de Neurociência Afetiva da Universidade de Wisconsin, nos EUA, na fase de gradual retorno à normalidade tornou-se uma necessidade.

— Durante a pandemia trabalhamos com mais de 600 professores de escolas públicas que estavam dando aula online, submetidos a situações extremas. Com cinco minutos de meditação por dia essas pessoas reduziram em 25% seu nível de estresse em pouco tempo — conta Davidson, que semana passada foi o convidado estrela do foro sobre “Neurociência e bem-estar. Habilidades do futuro, conhecimento e bem-estar para a comunidade”, organizado pelo Instituto de Neurologia Cognitiva (Ineco), de Buenos Aires.

Em seu laboratório, o neurocientista americano tem algumas das tecnologias mais avançadas para obter imagens cerebrais, como tomografia por emissão de positrões e ressonância magnética. Com mais de 20 anos de estudos, Davidson não tem dúvidas de que meditar é um hábito que qualquer ser humano pode incorporar à rotina, da mesma forma que todos aprendemos, um dia, a escovar os dentes.

— Além da crise sanitária, a pandemia disseminou ansiedade e depressão. Os índices, em alguns países, duplicaram. Nossa mensagem é de que toda pessoa tem em suas mãos o potencial para melhorar seu bem-estar — enfatiza Davidson.

 

 

 

Cogumelos, frutas e vegetais formam o cardápio da cabeça boa

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Não é segredo para ninguém que a base da boa saúde é uma dieta saudável. Mas evidências recentes mostram que determinados alimentos podem impactar diretamente na saúde do cérebro e no bem-estar mental. A mais recente delas, de um estudo que será publicado na edição de novembro da revista científica Journal of Affective Disorders, revelou que a ingestão de cogumelos, por exemplo, como champignon e o shitake, está associada à redução do risco de depressão.

Trabalhos anteriores já haviam associado o consumo do fungo à diminuição do risco de câncer e morte prematura. Agora, pesquisadores da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos, descobriram mais um benefício dos cogumelos, após analisarem dados do regime e da saúde mental de mais de 24 mil adultos americanos, coletados entre 2005 e 2016.

Os resultados mostraram que aqueles que comiam esses alimentos tinham menor probabilidade de desenvolver o transtorno, em comparação com as pessoas que não tinham esse hábito.Os cogumelos contêm vários compostos, incluindo vitamina B12, fator de crescimento nervoso (chamado BDNF), além de antioxidantes e agentes anti-inflamatórios.

Entre essas substâncias, a ergotioneína, um poderoso antioxidante que pode proteger contra danos às células e tecidos do corpo, presente em grande quantidade nesses fungos, seria o principal responsável pelo efeito protetivo na saúde mental.

Esse estudo reforça a importância de o brasileiro incluir o cogumelo na sua alimentação diária, o que ainda não é uma prática muito comum — diz o nutrólogo e médico do esporte Eduardo Costa Rauen, professor da pós-graduação de nutrologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Fonte: Jornal O globo

Homem do futuro

siteQuedas, fraturas, conquistas, controvérsias, negócios, projetos, sonhos e tecnologia. A vida de Bob Burnquist, o maior nome do skate brasileiro de todos os tempos, daria um livro — que ele está desenvolvendo. Antes, porém, deve apresentar sua vida em uma série para a TV, criar conteúdo para ser vendido com NFTs, produzir um podcast e mais algumas coisas.

Bob é um personagem multifacetado, extremamente eloquente e carismático. Hoje, faz 45 anos de idade com 44 fraturas decorrentes do skate, mas dividindo sua vida com atividades tão diferentes quanto ser comentarista de TV e piloto de aeronaves. Ele ainda pode ser paraquedista, praticante de jiu-jitsu, sócio de uma empresa farmacêutica de fitoterápicos (incluindo alguns à base de canabis)…

Em entrevista exclusiva para o UOL, Bob se mostra uma pessoa à frente do seu tempo, com uma visão clara sobre mundo dos negócios, das novas tecnologias e de como ações sociais impactam na sociedade.

Na área social, você está com um projeto com neurogames para crianças?

Sim. Desde o início eu busquei a neurociência e não o esporte para criar esse projeto. Eu queria abrir a cabeça das pessoas para essas novidades com o Instituto Bob Burnquist, sempre com muito cuidado, afinal tinha o meu nome nisso.

Durante a pandemia, ajudamos 800 famílias com refeições por seis meses junto com a Ticket Alimentação. Doamos máscaras, rampas, obstáculos de skate para apoiar a comunidade e crianças carentes.

Fizemos um evento no Allianz Park, o Spotlab Sessions, para doação de máscaras. Assim, iniciamos nossas atividades. Apoiamos entidades sociais voltadas ao skate, como a Ong Social Skate, a Ademafia, a Skate Terapia, com meu poder de captação. Potencializamos o que essas entidades já fazem.

E isso evoluiu para o programa Skate Educa Mais, do Instituto Skate Cuida. Nossa hashtag é #skatecuida e o lema é “Inspirar, Educar e Transformar”. Trouxemos o pensamento da neurociência e criamos um programa que engloba todas essas atividades para ajudar durante a pandemia as crianças com problemas de depressão.

Conseguimos o apoio do aplicativo Neuroforma. É uma plataforma com exercícios para turbinar a capacidade cognitiva utilizando exercícios mentais e até o Tom Brady e pessoas com Alzenheimer já utilizaram. Com ela, começamos a ajudar, pela veia do skate e pela da neurociência.

Então, no Instituto Skate Cuida, primeiro damos comida, depois andamos de skate, fazemos o neuroforma, alongamos, ensinamos a filmar, compor câmera, postar nas redes sociais e dar ferramentas para dar liberdade de expressão e criar novos projetos. Eles aprendem ainda sobre tecnologia, sobre criptomoedas, como fazer o seu próprio NFT social, entre outras.

Fonte: UOL

Novos estudos mostram que faxina faz bem para a saúde

siteUma casa suja e bagunçada dificulta a vida. Não só pelo documento perdido ou a falta de um prato limpo, mas também porque afeta a saúde mental. Pesquisas e especialistas indicam que viver num lugar que parece ter recebido uma visita do Saci é fonte de estresse e ansiedade.

Não à toa, a rainha da organização, Marie Kondo, estreou no Netflix a segunda temporada de enorme sucesso do seu programa. As chamadas “personal organizers” vêm se proliferando e o setor de limpeza foi um dos poucos a crescer na pandemia. Se antes era possível bater a porta e deixar tudo para depois, como as pessoas passaram a ficar mais em casa, se tornou mais difícil suportar o caos.

Estudo da Universidade da Califórnia publicado no Jornal de Personalidade e Psicologia Social com casais com filhos mostra que as mulheres que afirmam ter uma casa suja e bagunçada têm níveis aumentados de cortisol, o hormônio do estresse. Nos que não percebiam a desordem, grupo que inclui a maioria dos homens, os níveis do hormônio caíam ao longo do dia.

Uma outra pesquisa, da Universidade de New South Wales, na Austrália, que saiu na publicação científica Ambiente e Comportamento indica que cozinhas desorganizadas e com coisas para limpar levaram as pessoas a se descontrolarem com a comida —passaram a comer mais.

— Uma casa desorganizada desencadeia estresse porque há uma grande quantidade de informações e coisas a fazer. Uma pessoa que é muito caótica acaba sendo mais ansiosa. E mesmo que esse estresse seja sutil, com o tempo ele desencadeia alguns sintomas físicos e emocionais — explica a psicóloga Marilene Kehdi.

A produtora de eventos Adriana Serrano, 50 anos, precisou abrir mão da faxineira que ia semanalmente à sua casa durante a pandemia. Ao assumir o trabalho, descobriu nele uma forma de se tranquilizar.

— O visual, a coisa limpa e clean sempre me acalmou muito. Durante a pandemia, aumentei meu nível de organização e limpeza, comecei a me dedicar a limpar pequenos detalhes, coisas que a gente não faz no dia a dia. Isso me ajudou a passar por esse período e fez com que eu me sentisse melhor — conta.

Com o passar do tempo, ela entendeu que a bagunça e a sujeira prejudicavam sua saúde mental e adotou novas técnicas para lidar com as coisas por fazer.

— Já passei por períodos, quando estava atolada de trabalho, que não tinha tempo de arrumar e depois de 15 dias a casa virava um pandemônio. Ficava muito ansiosa, olhando pilhas de roupa para lavar, pia para encarar, até tomar coragem e dizer ‘ou arrumo ou não vou conseguir mais viver’. Aprendi com os anos: antes eu sofria com a bagunça, mas não entendia o que podia sanar isso, não agia. Como não gosto de lavar louça, esperava juntar bastante, mas ia dando um desespero quando a pia ficava cheia. Isso me estressava. Agora lavo com mais frequência. Hoje tenho consciência de que fico mais feliz e relaxada.

Origem do caos

Mas, diferentemente do que muita gente pensa, bagunça e sujeira não são, necessariamente, coisas que andam juntas. Segundo os especialistas, a bagunça é um excesso de coisas que se acumulam e criam espaços caóticos, ainda que limpos. Por isso, o primeiro passo para acabar com ela é diminuir a tralha.

— Tudo o que a gente tem, a gente precisa administrar, sejam as coisas, as atividades ou os relacionamentos. Com a sobrecarga, somos obrigados a escolher o que administrar. A pessoa cuida, por exemplo, da carreira e da família, mas não dá conta da casa — diz a ex-bagunceira e fundadora da consultoria Onde Eu Deixei, Carol Ferraz.

Ela explica: se imagine no carro. Quando o entregador oferece um anúncio de imóvel, você pega? Pronto. É mais uma coisa para administrar (jogar no lixo, normal ou reciclado, enfiar na bolsa e se livrar depois ou esquecer no canto do carro indeterminadamente).

Ou então: adora pequenos quadros e bibelôs. Vai tirar o pó? Então reveja se vale a pena ter isso. Para Ferraz, as pessoas precisam ser “porteiras” escolhendo com mais rigor o que entra na vida delas.

A própria Marie Kondo prega que as pessoas se livrem dos excessos, doando ou descartando o que não lhe “traz alegria”. Mas muitas das coisas que possuímos revelam mais sobre nós do que se imagina.

— As coisas têm um simbolismo. Por exemplo: já vi armário de quem fez transição de carreira e mantinha todas as roupas corporativas, mesmo não precisando mais, porque se desapegar é como deixar aquela parte dela para trás. É um processo de elaboração, de encerrar ciclos. O mesmo acontece com a maternidade. Tem aquela peça que a mulher guarda desde antes de engravidar, há 10 anos, e ela diz “essa calça é quando estou bem com meu corpo”. Aí eu digo: “mas, meu bem, quando você cabia nessa calça tinha o metabolismo de um puma, você tinha 20 anos. Olha a cobrança que está colocando em cima de si mesma, o que está pedindo de você”. As coisas não devem servir para nos gerar culpa — conta Ferraz.

Sem perfeccionismo

Muita gente não limpa ou arruma não por ser desleixada, mas por ser perfeccionista. São pessoas que pensam que se não for para deixar a casa brilhando, a sala igual à da revista ou as roupas dobradas com perfeição, melhor nem fazer. Só que, para manter a casa e a saúde mental, também é preciso avaliar se a régua não está muito alta.

Ferraz, que é professora do método de organização da Marie Kondo para alunos de diversas partes do mundo, garante que o brasileiro, em geral, é exigente com limpeza em um grau que não se vê em outros países. Na nossa rotina, novas coisas foram somadas e nenhuma foi subtraída.

— Sob aspecto histórico, nos anos 1950, 60, quem era responsável pela casa? A mulher antes se dedicava a isso o tempo todo, mas ela entrou no mercado de trabalho e passou a ter jornada tripla. Só que a organização não acompanhou esse movimento. Pensam na casa perfeita, como se não tivesse vida, uma coisa que a mulher nos dias de hoje não vai conseguir manter.

Às vezes o problema nem é a sujeira ou a desordem em si, mas a sensação de insuficiência gerada por não conseguir dar conta de fazer tudo o que precisa ser feito.

Os excessos são inimigos do bem-estar. Tanto a limpeza exagerada pode ser um sintoma do Transtorno Compulsivo Obsessivo, quanto a bagunça e coleção de coisas podem ser alertas para o Transtorno Acumulativo. O ambiente tem que ser saudável, assim como seus moradores.

Estudo indica ‘ponto ideal’ de sono para proteger saúde e o cérebro dos adultos

bbcO tempo que adultos dormem pode afetar a saúde e o cérebro, segundo estudo divulgado na semana passada pela revista JAMA Neurology. A interrupção do sono em pessoas com idade avançada é comum e está associada a alterações da função cognitiva – a capacidade mental de aprender, pensar, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões, lembrar e ter atenção –, diz a pesquisa.

Modificações no sono também estão relacionadas à idade e a doenças como Alzheimer, depressão e problemas cardiovasculares. Os autores do estudo ainda observaram possíveis associações entre a duração do sono a fatores como o estilo de vida e a função cognitiva.

De acordo com a pesquisa, dormir por muito pouco ou muito tempo pode elevar os riscos à saúde do cérebro de adultos.

Os entrevistados que relataram uma curta duração de sono – de seis horas ou menos – apresentaram níveis elevados da proteína beta-amiloide, o que “aumenta muito” o risco de demência, aponta o pesquisador de pós-doutorado da Universidade de Stanford, na Califórnia, Joe Winer, principal autor do estudo.

A comparação foi feita com os participantes que relataram duração do sono normal, definida como de sete a oito horas por noite.

Idosos com sono inadequado também mostraram desempenho moderado a significativamente pior em testes comumente usados para avaliar habilidades cognitivas, incluindo orientação, atenção, memória, linguagem e habilidades visoespaciais; além de identificação de demência leve.

Dormir muito também foi associado a funções executivas menores, mas sem níveis elevados de beta-amiloide. Os participantes que relataram uma longa duração do sono – nove ou mais horas – tiveram uma pontuação pior no Teste de Substituição de Símbolos de Dígitos do que aqueles que indicaram uma duração normal do sono. Por mais de um século, este teste avaliou as habilidades de aprendizagem associativa, observando a capacidade dos participantes de fazer a correspondência correta de símbolos com números.

“A principal lição é que é importante manter um sono saudável no final da vida”, disse Winer. “Além disso, tanto as pessoas que dormem muito pouco quanto as que dormem muito tiveram mais sintomas depressivos”. As descobertas sugerem que o sono curto e longo podem envolver diferentes processos de doenças subjacentes, acrescentou Winer.

O que é beta-amiloide

A beta-amiloide ou amiloide-β é uma proteína criada durante a atividade normal das células cerebrais, embora ainda não tenhamos certeza de sua função.

“Amiloide-β é um dos primeiros marcadores detectáveis na progressão da doença de Alzheimer”, disse Winer. Na doença de Alzheimer, as proteínas amiloide-β começam a se acumular por todo o cérebro. “As placas amiloides têm maior probabilidade de aparecer com a idade, e pessoas com amiloide acumuladas no cérebro permanecem saudáveis. Cerca de 30% das pessoas saudáveis de 70 anos terão quantidades substanciais de placas amiloides em seus cérebros”, afirmou.

Em alguém que tem a doença de Alzheimer, as células cerebrais responsáveis pela recuperação, processamento e armazenamento de informações degeneram e morrem, de acordo com a Associação de Alzheimer . A “hipótese amiloide”, uma das principais teorias sobre o culpado dessa destruição, sugere que o acúmulo da proteína pode interromper a comunicação entre as células cerebrais, acabando por matá-las.

Segundo Laura Phipps, chefe de comunicação da Pesquisa de Alzheimer do Reino Unido, que não estava envolvida no estudo, pesquisas anteriores sugeriram que o sono pode ajudar a limitar a produção de amiloide no cérebro e apoiar o sistema de drenagem que o limpa.

Para ela, o amiloide-β pode começar a se acumular muitos anos antes que os sintomas óbvios de Alzheimer apareçam. “Isso torna difícil separar causa e efeito ao estudar problemas de sono e risco de Alzheimer, especialmente se você olhar apenas para os dados de um ponto no tempo”, acrescentou.

Sono, depressão e dados sociodemográficos

O estudo analisou 4.417 participantes com idade média de 71,3 anos, a maioria brancos e nascidos nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão.

Ambos os grupos — de curta e longa duração do sono — relataram mais sintomas depressivos do que o grupo de sono normal. O consumo de cafeína não foi associado à duração do sono. Por outro lado, quanto mais bebidas alcoólicas os participantes ingeriam diariamente, maior a probabilidade de dormirem mais.

Também havia diferenças entre gêneros, raças e etnias: fatores ser mulher e ter mais anos de educação estavam significativamente associados a dormir mais todas as noites. Em comparação com participantes brancos, que relataram uma duração média de sono de sete horas e nove minutos, negros ou afro-americanos relataram uma duração média de sono de 37,9 minutos a menos. Os asiáticos apresentaram 27,3 minutos a menos do que os participantes brancos. Já os latinos ou brancos hispânicos relataram 15 minutos a menos.

Segundo autores do estudo, essas descobertas apontam que as disparidades de sono podem estar associadas a outros aspectos da vida, como saúde cardiovascular e metabólica, fatores socioeconômicos e “discriminação racial e racismo percebido” correlacionados com menos sono em estudos anteriores.

Perguntas restantes

“Para entender melhor a ordem e a direção da causalidade nessas relações, pesquisas futuras precisarão construir uma imagem de como os padrões de sono, processos biológicos e habilidades cognitivas mudam em longos períodos de tempo”, disse Phipps.

“Esta nova pesquisa é de um grande estudo internacional com pessoas cognitivamente saudáveis, mas contou com os participantes para relatar sua duração do sono, em vez de medi-la diretamente”, acrescentou ela. “Os pesquisadores não puderam avaliar a qualidade do sono ou o tempo gasto em diferentes estágios do ciclo do sono, que podem ser fatores importantes na ligação entre o sono e a saúde cognitiva.”

Segundo os autores do estudo, permanece controverso se alguns domínios cognitivos são mais afetados pela duração extrema do sono do que outros domínios. Winer entende que os idosos deveriam considerar o sono tão importante quanto a dieta e os exercícios para a saúde.

“Enquanto os pesquisadores ainda estão trabalhando para entender a relação complexa entre o sono e nossa saúde cognitiva de longo prazo, um sono de alta qualidade pode ser importante para muitos aspectos de nossa saúde e bem-estar”, disse Phipps. “A melhor evidência sugere que entre sete e nove horas de sono é o ideal para a maioria dos adultos. E quem pensa que seus padrões de sono podem estar afetando sua saúde a longo prazo deve falar com seu médico”, ressaltou.

Alzheimer: Meia hora de exercício físico por dia ajuda a ‘blindar’ o cérebro

1Nadar, caminhar ou pedalar meia hora por dia, cinco vezes na semana, pode ser o caminho para proteger o seu cérebro do Alzheimer. É o que afirma o professor Mychael Lourenço, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fazer exercício físico regular, ter uma alimentação saudável e balanceada, realizar atividades que estimulem o cérebro (veja exemplos no infográfico) e não fumar reduzem em até 50% as chances de desenvolver Alzheimer, diz o especialista.

Lourenço e uma equipe com outros cientistas da UFRJ descobriram que, durante a atividade física, os músculos liberam no sangue um hormônio chamado irisina. Esta substância viaja até o cérebro e estimula as conexões entre os neurônios, que são chamadas de sinapses.

 — Esse estímulo de sinapses é essencial para a formação de memórias e para manter o nosso cérebro funcionando adequadamente — explica Lourenço.E quanto mais cedo a pessoa começar a praticar atividades físicas, mais protegido fica o cérebro contra o Alzheimer e outras demências. No entanto, estudos feitos com pessoas que tinham 60 anos ou mais e maior predisposição para ter Alzheimer, e que foram submetidas a intervenções na rotina que incluíam exercícios físicos, tiveram menores riscos de desenvolver a doença.

— Então, começar relativamente “tarde” também parece ser protetor — comenta Lourenço.

Segundo o cientista, os exercícios aeróbicos são os que mais ajudam na produção de irisina. E não é a intensidade o fator mais importante para a liberação do hormônio, mas sim a regularidade das atividades.

— O recomendado é a prática de 150 minutos de atividade física por semana. Este protocolo tem se mostrado efetivo em diminuir demência no final da vida — afirma o especialista.

A atividade física também é recomendada para quem já tem o diagnóstico de Alzheimer. Estudos mostraram que fazer caminhadas regulares por um ano diminui a progressão da doença, o que dá mais qualidade de vida e autonomia para os pacientes.

O mal de Alzheimer é um tipo de demência. A doença é causada pela morte de neurônios, como explica o psiquiatra Ricardo Patitucci, diretor clínico da Casa de Saúde Saint Roman:

— Há uma morte neuronal por oxidação dos neurônios. Quando eles são oxidados, forma-se uma proteína em torno deles que os fazem ser destruídos pelo próprio organismo, porque esta proteína começa a se replicar e deixar o neurônio disfuncional.

Os benefícios dos exercícios físicos como forma de frear o avanço do Alzheimer foram abordados por Mychael Lourenço durante o evento online UFRJ+100, em comemoração aos 100 anos da universidade.

HORA DE SE MEXER

Cinco benefícios dos exercícios

  1. Função protetora dos neurônios: estudos indicam que quem faz atividade física previne o depósito da proteína beta-amilóide em torno das células nervosas
  2. Libera hormônios e substâncias como irisina, dopamina, endorfina e serotonina, que em conjunto protegem o cérebro e agem sobre a saúde mental
  3. Tem efeito benéfico contra sintomas da demência, como depressão e ansiedade
  4. Controla fatores de risco, como pressão arterial, glicemia, colesterol e triglicerídeos
  5. Melhora o metabolismo e as funções cardiovasculares, o que aumenta a oxigenação cerebral

Atividades indicadas

– Caminhar cinco vezes por semana por meia hora é uma atividade altamente recomendada para qualquer pessoa, mas especialmente para idosos. Hidroginástica, natação, dança, musculação, corrida e outras atividades também são recomendadas

– O importante é achar um exercício de que a pessoa goste, senão vira castigo. Estabeleça estratégias individuais, de acordo com os interesse de cada um

É recomendado que se faça um teste com um neuropsicólogo, que vai indicar que terapias e exercícios são indicados em cada caso. Nesse teste, avalia-se que questões estão mais comprometidas no paciente com Alzheimer. Entre as possibilidades, destacam-se sintomas como:

  • Concentração
  • Atenção
  • Raciocínio
  • Memória, especialmente a de curto prazo
  • Tomada de decisão
  • Flexibilidade mental
  • Autocontrole

Fonte: Elaine Di Sarno, neuropsicóloga especializada em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica e Terapia Cognitivo Comportamental, via GE

Dormir mal afeta capacidade de raciocínio de 45% da população do mundo

pngtree-2021-creative-sense-business-label_5487750Quem já não teve a sensação de acordar cansado? Ou então, mesmo dormindo as oito horas recomendadas de sono despertar exausto? Se você se viu representado nestas duas perguntas, faz parte de uma multidão de pessoas que sofrem de privação do sono. Segundo estatísticas do Dia Mundial do Sono, problemas na hora de dormir fazem parte de uma “epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população mundial”.

Mas será que obedecer às recomendações médicas de dormir oito horas de sono é suficiente para não sentir os sintomas de cansaço ao acordar? Um estudo publicado nesta semana na Itália mostra que não. A pesquisa relata que 13 pessoas, por volta dos 20 anos, que dormiram 30% menos do que o necessário por 10 noites não recuperaram totalmente a maior parte de seu processamento cognitivo, mesmo depois de dormirem bem após uma semana.

Segundo o especialista do Centro de Medicina do Sono da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, Bhanu Prakash Kolla, mesmo dormindo por algumas noites seguidas, o processo que envolve o raciocínio ficou prejudicado. “Este é um estudo bem feito, embora pequeno, com várias medidas para examinar o impacto da privação parcial do sono. Os tempos de reação melhoraram ao longo de sete dias e voltaram aos níveis basais, enquanto outras tarefas cognitivas, incluindo a precisão, não se recuperaram completamente”, disse o médico em entrevista à rede CNN internacional.

O professor assistente de medicina clínica na Keck School da Universidade de Medicina da Califórnia, Raj Dasgupta, confirma que o sono altera os componentes da capacidade de cognição. “A memória e a velocidade de processamento mental não serão restauradas tão rapidamente. Definitivamente, a maior parte da perda de sono pode ser recuperada, mas há coisas que você simplesmente não vai conseguir rapidamente. É por isso que é tão importante não ter essa dívida de sono em primeiro lugar”, afirmou à CNN.

O cérebro precisa descansar

Especialistas afirmam que, assim como o corpo, o cérebro precisa entrar em repouso. Pesquisas norte-americanas revelam que pessoas que dormiam menos de seis horas por noite durante duas semanas – e que pensavam que estavam bem – não desempenhavam atividades de maneira produtiva e tinham baixo desempenho em testes cognitivos. O mesmo resultado foi observado em pessoas que foram privadas de qualquer sono por duas noites inteiras.

Os cientistas explicam que o cérebro precisa de ciclos de sono ininterruptos para absorver novas habilidades, formar memórias-chave e reparar o corpo do desgaste do dia. E é o sono que ajuda o corpo a fazer essas reparações.

Quando não dormimos o necessário ou simplesmente passamos a noite em claro, a capacidade de prestar atenção, aprender coisas novas, ser criativo, resolver problemas e tomar decisões ficam prejudicadas.

A recomendação dos médicos e cientistas do sono é dormir de sete a dez horas por noite e priorizar o descanso. Evitar bebidas alcoólicas ou estimulantes e não fumar horas antes de dormir também ajudam o cérebro a entender que é hora de descansar. Além disso, segundo os especialistas, a prática de atividades físicas e uma boa alimentação melhoram a regularidade do sono.