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Demência atinge 6,6 milhões de mulheres, mais do dobro dos homens

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A demência atinge na Europa cerca de 6,6 milhões de mulheres, mais do dobro dos homens, segundo dados hoje divulgados num relatório da Alzheimer Europe

“As mulheres continuam a ser desproporcionalmente afetadas pela demência: 6.650.228 mulheres para 3.130.449 homens com demência na Europa”, refere o relatório divulgado hoje pela Alzheimer Europe durante um almoço-debate do Parlamento Europeu organizado por Christophe Hansen, eurodeputado do Luxemburgo.

O novo relatório da Alzheimer Europe espelha os resultados da análise colaborativa dos estudos de prevalência recentes, revelando os índices atualizados da prevalência da demência na Europa.

Relativamente às mulheres, à exceção do grupo etário entre os 75 e os 79 anos, houve uma redução na prevalência de demência nos últimos 10 anos em comparação ao projeto da Alzheimer Europe European Collaboration on Dementia — EuroCoDe (2006-2008).

O documento estima que o número de pessoas com demência na União Europeia a 27 seja de 7.853.705 e nos países europeus com representação na Alzheimer Europe de 9.780.678.

Comparando com estimativas anteriores, estes números constituem uma redução significativa dos 8.785.645 para a União Europeia a 27 e dos 10.935.444 para as outras regiões europeias, refere em comunicado a Alzheimer Portugal.

Segundo o documento, o número de pessoas com demência na Europa irá quase duplicar por volta de 2050, sofrendo um aumento para 14.298.671 na União Europeia e para 18.846.286 nas restantes regiões da Europa.

O Anuário da Alzheimer Europe realça ainda “limitações significativas” na investigação disponível quanto à prevalência da demência, assim como a inexistência de investigação relativamente à prevalência de pessoas jovens com demência (com menos de 65 anos).

Aponta ainda as limitações relativas à prevalência dos diferentes tipos de demência, ao número de pessoas afetadas nos diferentes estadios, incluindo as com défice cognitivo ligeiro e à prevalência da demência em pessoas de minorias étnicas.

Comentando estes resultados, o diretor-executivo da Alzheimer Europe, Jean Georges, afirmou que “é prometedor verificar que estilos de vida mais saudáveis, melhor educação e maior controlo dos fatores de risco cardiovascular parecem ter contribuído para reduzir a prevalência da demência”.

“No entanto, o nosso relatório demonstra também que se prevê que o número de pessoas que vivem com demência sofrerá um aumento substancial nos próximos anos, o que acarretará maior pressão nos cuidados e nos serviços de apoio, a menos que sejam identificadas melhores formas para o tratamento e a prevenção”, afirma Jean Georges no comunicado divulgado pela Alzheimer Portugal.

Defendeu ainda que, “para que as pessoas com demência, as suas famílias e os seus cuidadores tenham acesso aos cuidados de alta qualidade e centrados na pessoa de que necessitam, os governos devem assegurar que os seus sistemas de saúde e de cuidados estão preparados para atender a esta necessidade, sendo necessários maiores investimentos na investigação para tratamento e prevenção da demência”.

Os resultados hoje apresentados baseiam-se numa análise colaborativa dos estudos publicados após a conclusão do projeto EuroCoDe. Nessa análise foram incluídos 16 estudos que cumpriam os critérios de qualidade pré-definidos.

DADOS NO BRASIL

Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International (ADI), federação que representa mundialmente 85 entidades, as demências afetam mais de 47 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, são estimados 55 mil novos casos de demências todos os anos, a maioria decorrentes do Alzheimer.

Como treinar seu cérebro para trabalhar melhor sob pressão

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Psicólogo ensina três maneiras de treinar o cérebro para evitar sentimentos negativos em situações estressantes

Prazos apertados, cobrança dos superiores, necessidade de entrega, metas a cumprir, grandes apresentações e reuniões com os clientes. Esses fatores fazem parte da rotina de grande parte dos profissionais e demandam uma habilidade importante: saber trabalhar sob pressão. Desconsiderando pré-disposições pessoais, é possível treinar o cérebro para lidar melhor com esses momentos de pressão, de acordo com o psicólogo Arthur Markman, da Universidade do Texas.

Mas antes de aprender as técnicas, Arthur explica que é preciso entender o conceito de pressão. Em suas pesquisas, o acadêmico descobriu que existem duas facetas da pressão que levam a comportamentos previsíveis. O primeiro é um foco em todas as coisas que poderiam dar errado, se distanciando do potencial das coisas boas que cercam os profissionais. O segundo é uma atenção na própria performance, que pode ser difícil de lidar quando o profissional começa a notar coisas que são feitas no automático.

COMO TRABALHAR MELHOR SOB PRESSÃO?

A partir disso, o psicólogo afirma que existem três maneiras de treinar o cérebro para trabalhar melhor sob pressão.

Gerenciar recompensas
Uma das razões pelas quais os profissionais costumam perder o foco e a atenção quando trabalham sob pressão é porque o mundo está estruturado em torno de coisas positivas. Então, quando o colaborador se sente ameaçado, as condições parecem ruins para seu estado de espírito e sua motivação. As pesquisa de Arthur sugerem que os trabalhadores são mais criativos quando há uma combinação entre recompensas do ambiente e a motivação pessoal.

Ou seja, quando alguém está focado em conseguir algum resultado positivo, a pessoa é mais criativa quando há pequenas recompensas pelo seu trabalho, ao invés de pequenas perdas em potencial. No entanto, quando o funcionário está focado em um resultado negativo (como acontece quando se trabalha sob pressão) acontece o contrário: ele é mais criativo quando há pouco a perder do que quando há pequenas recompensas.

Na prática, quando se trata de trabalhar sob pressão, o ideal é criar um sistema no qual se evite as perdas para concluir alguma tarefa. Uma forma de fazer isso é colocar um saco de doces ou dinheiro como prêmio. Se a tarefa for realizada com sucesso, o profissional ganha o prêmio, mas cada vez que ele fizer algo que não tenha relação com o trabalho a ser feito, ele retira um pouco do prêmio. Arthur afirma que essa estratégia ajuda a manter o foco, mas também estimula a criatividade e o raciocínio.

Treinar, treinar e treinar
Trabalhar sobre pressão é algo desagradável, por isso muitas pessoas tendem a procrastinar. Como consequência, os profissionais podem agravar a pressão que enfrentam pelo fato de estarem despreparados. O trabalho da cientista cognitiva Sian Beilock aponta que treinar as situações em que é preciso lidar com pressão é melhor para a entrega. Assim, o profissional pode se acostumar com os efeitos da pressão, sem que um desempenho ruim manche sua reputação.

Arthur dá como exemplo a prática de falar em público. Se o profissional acredita que não seja bom nisso, ele deve praticar seu discurso antes, preferencialmente sozinho e no local em que ele será realizado. Depois, ele pode treinar com colegas. Além disso, ele pode tentar fazer palestrar para grupos para treinar falar na frente de outras pessoas. Com o tempo, o treino fará com que a pressão tenha menos efeito.

Focar nas coisas certas
Na hora de treinar, o profissional deve se preparar para o que ele irá pensar quando tiver que trabalhar sob pressão. Porque, nesse tipo de situação, as pessoas prestam mais atenção em aspectos do seu desempenho e precisam focar em pensamentos produtivos. Em uma negociação, por exemplo, é possível que o profissional se atente à forma como ele está falando, seus gestos e tom de voz. Nada disso o ajudará a negociar melhor porque a probabilidade de falar de forma eloquente e natural é maior quando a pessoa não está prestando atenção nesses fatores.

O psicólogo recomenda fazer negociações simuladas com os colegas para praticar e ir anotando em uma folha os elementos mais importantes da negociação. Ele acrescenta que contribui tentar olhar para as anotações frequentemente assim, em uma situação real, o cérebro vai buscar monitorar como andam os elementos da negociação, ao invés de como o profissional está se saindo.

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fonte: Revista Exame

Música pode estimular do desenvolvimento do cérebro à saúde emocional.

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Diferentes tipos de música despertam diferentes emoções e evocam lembranças, provocando uma série de respostas no corpo humano. Assim, escutar música não é apenas lazer: a música pode ter efeitos terapêuticos e ser parte das estratégias de estímulo de áreas do cérebro que despertam os potenciais de aprendizagem. Em artigo da revista Literartes, Mauro Muszkat traz as contribuições da neurologia para o desenvolvimento na educação musical e aborda a relação entre música e desenvolvimento neurológico. Ele mostra que a música atua, inclusive, como fator de melhora em doenças como depressão ou Alzheimer. Deste modo, o autor convoca arte-educadores, músicos e educadores para observar a a criança e/ou participar com ela do “processo de construção de linguagem, de maneira a encontrar respostas para as dificuldades e para a inclusão dessa criança, seja pedagógica ou social”.

De um lado está a neurociência, que trata da objetividade dos dados e dos sinais que mapeiam o funcionamento cerebral. De outro, está a música, “que não pode ser entendida sem levarmos em conta a subjetividade, o envolvimento lúdico e a transitividade que caracterizam a arte”, explica Muszkat. Quando escutamos música, nosso batimento cardíaco, nossa frequência respiratória e nossos ritmos elétricos cerebrais mudam conforme o ritmo e a melodia, em outras palavras, “dançam conforme a música”. Ela não apenas é processada no cérebro, mas afeta seu funcionamento. E os benefícios em potencial da mais emocional das artes não param aí: a música intensifica também as capacidades linguística.

O pesquisador da Unifesp explica que as crianças normalmente se expressam melhor pelo som e pela música do que pelas palavras, verificando-se que aquela pode ser uma ferramenta única para crianças com déficit de atenção, dislexia, autismo, depressão, esquizofrenia e outras disfunções cerebrais. Mas transtornos como a demência, por exemplo, não afetam os talentos musicais, e até contribuem para suavizar o problema. A música pode, também, “facilitar a intimidade e a aproximação física dos indivíduos com seus cuidadores, com maior engajamento em tarefas e melhor modulação positiva do humor”, comenta o neurologista. A proposta do autor é sugerir, para os cuidadores, um trabalho que apresente “sentimentos compartilhados e convergentes a partir de uma experiência emocional, estética e artística”.

Segundo Muszkat, os tratamentos realizados tendo como instrumento principal a música são conhecidos e utilizados já há séculos. O estímulo ao cérebro musical aumenta a flexibilidade mental e a coesão social, e, para isso, são utilizados recursos como a dança e jogos musicais, potencializando-se as técnicas de restabelecimento físico e cognitivo. A inteligência musical é um traço compartilhado e mutável que pode estar presente em grau até acentuado, mesmo em crianças com deficiência intelectual.

Não são só as crianças que se beneficiam com a música; os adolescentes também, atuando, essa arte, como fator de auxílio ao jovem na difícil fase de transição, em que ele se depara “com mudanças não apenas hormonais, mas neurobiológicas e mudanças na impulsividade, agilidade motora e períodos de humor oscilante e de tédio”. A música é ainda mais fundamental na era atual, em que os adolescentes tendem a se relacionar boa parte das vezes virtualmente, sem estabelecer contatos reais e relações que propiciem experiências de compartilhamento, de vivências com o outro para dividir questões que melhor se resolvem quando há vínculo afetivo.

Por fim, o pesquisador propõe um trabalho multidisciplinar em que músicos, neurologistas e professores possam levar em conta a importância da música no desenvolvimento cerebral e mental, trazendo para os alunos e pacientes atividades e possibilidades sensíveis, criativas e terapêuticas que a música nos oferece, buscando-se, nas palavras do autor, “uma poética musical inclusiva”.

Fonte: Viva Bem Uol

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Por que fazer coisas diferentes é importante para a longevidade do cérebro

Acredite: inserir experiências inéditas no dia a dia, como estudar um idioma novo, provar um prato exótico ou até mesmo aprender as regras de um jogo de tabuleiro são ações que podem gerar benefícios imensos ao seu cérebro, mantendo-o jovem e sadio por mais tempo.

É o que apontam estudos recentes, que comprovaram as consequências de mudanças no estilo de vida como fator de proteção contra o envelhecimento cerebral patológico. Segundo Adalberto Studart Neto, neurologista do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), o mais emblemático é o FINGER (Finnish Geriatric Intervention Study to Prevent Cognitive Impairment and Disability), publicado na revista britânica The Lancet, em 2010.

Nesse estudo finlandês, 1.260 idosos sem demência de 60 a 77 anos foram acompanhados por dois anos, divididos em dois grupos: um de controle, em que os participantes apenas receberam orientação quanto às mudanças de hábitos, e um de intervenção, no qual os voluntários também foram inseridos em programas de readequação de estilo de vida.

Esses programas consistiam em mudança na dieta, atividade física regular, controle de fatores de risco cerebrovascular (controle de hipertensão arterial, diabetes e colesterol) e treino cognitivo. “Após dois anos, o grupo que foi submetido à intervenção apresentou menor incidência de declínio cognitivo e melhor desempenho nos testes neuropsicológicos. Esse estudo foi tão importante em mostrar o impacto da mudança no estilo de vida para o envelhecimento saudável que a Alzheimer Association está financiando a replicação desse estudo em vários países, inclusive no Brasil”, comenta o neurologista.

De acordo com Fábio Porto, neurologista comportamental do HCFMUSP, aprender coisas novas ou participar de atividades diferentes estimula novas conexões —através de um processo chamado de neuroplasticidade— em regiões cerebrais envolvidas na memória e na atenção. “Essas regiões frequentemente são prejudicadas por doenças que afetam a memória e até mesmo pelo próprio envelhecimento. Assim, a estimulação constante e mantida dessas regiões poderia aumentar a reserva cognitiva”, diz o especialista.

O encéfalo, centro do nosso sistema nervoso, é responsável por reter os aprendizados, constituindo o que se chama de reserva cognitiva. Ela consiste na capacidade individual de cada cérebro lidar com o envelhecimento normal e com enfermidades que normalmente ocorrem com o envelhecimento, como lesões vasculares ou doenças neurodegenerativas. “Cérebros ‘treinados’ ou com maior reserva toleram mais agressões, reduzindo ou postergando o aparecimento de declínios cognitivos”, informa Fábio.

“Partindo desse entendimento, diversas ações como ler, jogar xadrez ou aprender um novo idioma, só para citar alguns exemplos, contribuem para aumentar a reserva cognitiva, algo que será muito útil na idade mais avançada. Havendo perda de neurônios com o passar dos anos, ela manterá uma maior longevidade na manutenção da memória, incluindo a memória recente, que é a mais afetada nas doenças degenerativas do sistema nervoso central” explica Claudio Corrêa, neurologista e coordenador do Centro de Dor e Neuro do Hospital 9 de Julho, em São Paulo (SP).

A reserva cognitiva, inclusive, refere-se à capacidade do indivíduo em manter a sua cognição preservada mesmo apresentando alterações patológicas cerebrais. “Pacientes com maior reserva cognitiva conseguem se manter sem sintomas mesmo apresentando alterações patológicas. Essa reserva é construída desde a infância, principalmente pela formação escolar, e prossegue conforme aprendemos algo novo. Hoje sabemos que pessoas com maior escolaridade apresentam maior resiliência aos efeitos deletérios das doenças neurodegenerativas”, destaca Adalberto Neto.

Portanto, a capacidade de plasticidade cerebral é mantida em todas as idades, mesmo que de maneira menos intensa com e envelhecimento cerebral. E mais: estímulos cognitivos podem reduzir o risco ou postergar o aparecimento de condições como Alzheimer e demência por lesões vasculares, além de ajudar na prevenção de depressão, câncer e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

O que aprender?

Existem várias possibilidades, desde aprender a dançar, se dispor a estudar um idioma diferente e até investir em jogos e atividades que contemplem o raciocínio, como palavras cruzadas e exercícios matemáticos. O mais importante, porém, é que a pessoa se sinta à vontade com a prática e que goste de fazê-la.

“Eu sempre recomento aos pacientes que achem algo que gere uma sensação de prazer ou recompensa. Atividades prazerosas são mais facilmente mantidas ao longo do tempo. Aconselho, especialmente, atividades em grupo ou em que exista interação social, outro fator bastante importante para manter o cérebro são conforme a idade vai avançando. O ideal é evitar ficar sempre na mesma rotina”, indica Porto.

“Porém, há que se ter em mente que o que é estimulante para alguns não o é para outros”, salienta Natan Chehter, geriatra pela SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) e membro do corpo clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Experimentar comidas exóticas e viajar para destinos fora das rotas convencionais também são boas ideias, pois novos estímulos precisam ser interpretados e lembrados, o que gera aprendizado. Costumes, amizades e ambientes diferentes sempre irão contribuir para estimular sinapses e para o “aumento” da reserva cognitiva.

“O hipocampo, estrutura cerebral fundamental para registrar a memória de novas experiências, fica localizado em uma parte do cérebro chamada de sistema límbico. E nesse mesmo sistema límbico, há outras estruturas importante para nossas emoções, como as amígdalas. Como as lembranças prazerosas são mais facilmente lembradas do que as ruins, apostar em experiências novas e gratificantes também é uma ótima maneira para estimular a memória”, fala Studart Neto.

Existem correntes que preconizam mudar a maneira habitual de fazer certas coisas —trocar a mão na hora de escovar os dentes ou fazer um trajeto diferente para o trabalho, por exemplo— mas isso tem uma ação mais eficaz, conforme explica o neurologista Claudio Corrêa, apenas se a pessoa precisa desenvolver um lado menos operante, tal como ocorre em lesados que perdem a ação no membro dominante.

“Nesse caso, a neuroplasticidade irá permitir uma adaptação progressiva de um membro outrora inoperante para atividades como escrever”, pontua. “Naqueles com comprometimento cognitivo, mudar os hábitos pode piorar eventuais confusões na realização das atividades da vida diária. Mais interessante é aprender novas atividades e novos conhecimentos, não sendo necessário mudar hábitos pré-existentes”, completa Adalberto Neto.

Quanto antes você começar a estimular o cérebro com novidades, melhor; se esforçar para manter esse hábito ao longo da vida, melhor ainda. “Um cérebro já acostumado com o aprendizado constante sempre terá melhores condições, tal como um jovem estudando um novo idioma certamente sentirá maior facilidade do que uma pessoa na terceira idade, na maioria dos casos”, observa Correâ.

Atividade física potencializa benefícios

A combinação de atividade física com estimulação cognitiva fazem a pessoa evoluir tanto do ponto de vista funcional, quanto em qualidade de vida —e isso independente da faixa etária. “Praticar exercícios tem relação com a melhora da cognição tanto em pacientes saudáveis quanto naqueles que sofrem de algum problema de memória, como Alzheimer, e pode ajudar a revigorar a saúde mental de modo a atrasar o aparecimento de alguma das doenças relacionadas ao envelhecimento”, afirma Chehter.

Atividades que estimulem a cognição, conforme o geriatra, também permitem maior funcionalidade e independência nos idosos que já têm algum tipo de demência. “E ajudam no estágio anterior à doença, chamado de comprometimento cognitivo leve”, completa.

É válido ressaltar que, para que haja real estímulo, seja na mente ou no corpo, é necessário algum grau de desafio. Ou seja: simplesmente repetir as mesmas atividades do dia a dia ou modificá-las de forma muito discreta não oferecem substrato para uma melhora de funcionamento neural ou muscular.

As respostas aos estímulos acontecem porque o corpo “entende” como se adaptar a novas situações. “Isso independentemente da idade, embora ela seja um fator que influencie no ‘teto’ do ganho e na velocidade em que se pode atingi-lo. É fácil observar numa academia de ginástica, por exemplo, que o esforço repetitivo para levantar uma determinada carga leva à adaptação muscular, tornando o exercício progressivamente mais fácil. Da mesma ocorre com nossos neurônios e as conexões entre eles, as sinapses. Assim, pode-se dizer que o treino de forma periódica é um estimulante e que com ele se pode atingir bons resultados”, argumenta Chehter.

Para Rubens Gagliardi, presidente da APAN (Associação Paulista de Neurologia), o sono também é um fator importantíssimo para manter o cérebro ativo, saudável e longevo. “Por isso ressalto a importância da atividade física em qualquer fase da vida. Praticar exercícios não só melhora uma série de aspectos no fluxo e na atividade cerebral como favorece o sono de qualidade”, conta o médico, que também atua como chefe da clínica neurológica da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e como professor titular de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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Os sete alimentos que turbinam o cérebro

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Pesquisadora elenca alguns dos ingredientes mais estudados para reduzir o risco de Alzheimer, depressão e outros problemas nervosos

Felizmente, os cientistas têm obtido cada vez mais evidências de que o estilo de vida exerce um papel importantíssimo na melhora das funções cerebrais e na prevenção das doenças neurodegenerativas, caso do Alzheimer. A alimentação é um capítulo à parte nessa linha de defesa.

Uma dieta equilibrada é extremamente bem-vinda ao cérebro, mas, para facilitar nossa missão de fazer boas escolhas no mercado e à mesa, listamos aqui sete alimentos que, integrados a uma rotina saudável, nutrem os neurônios e ajudam a preservar a memória e outras capacidades cognitivas.

1) Frutas vermelhas
Esses frutinhos deliciosos são ricos em compostos de ação antioxidante e anti-inflamatória e, assim, protegem nosso cérebro contra danos do envelhecimento. Para tanto, devem ser consumidos regularmente. Fazem parte do time morango, amora, uva, framboesa, mirtilo…

As provas de seus benefícios foram esmiuçadas em uma revisão de estudos feita por pesquisadores americanos que engloba tanto experimentos em ratinhos como trabalhos com seres humanos.

Em roedores idosos, observou-se, por exemplo, que o consumo prolongado de frutas vermelhas reduz o estresse oxidativo e a inflamação no cérebro, o que defende os neurônios diante das placas beta-amiloide — que se acumulam no cérebro de quem tem Alzheimer, destruindo as conexões entre as células e elas próprias. Na experiência, as cobaias que ingeriram frutas vermelhas também se saíram melhor em testes de memória espacial e de reconhecimento de novos objetos.

Em dois estudos com gente como a gente, homens e mulheres mais velhos, que já apresentavam problemas iniciais de memória, receberam doses diárias de suco de uva tinto ou suco de mirtilo ao longo de 12 semanas. Resultado: ganhos nos testes de memória verbal e espacial, na comparação com quem ingeriu bebidas sem os frutos de verdade.

O ideal é fazer as frutas vermelhas marcarem ponto na alimentação toda semana. Se estiverem caras ou fora da estação, vale apostar nas versões congeladas, que também oferecem esses efeitos positivos.

2) Amendoim
Se você não for alérgico a esse alimento, dá para consumi-lo com frequência (só evitando, claro, porções exageradas). Ele é rico em gorduras boas, vitaminas e minerais caros ao cérebro. Além disso, sua casquinha contém resveratrol, a mesma substância protetora encontrada no vinho e no suco de uva. A vantagem do amendoim é que ele representa uma alternativa mais acessível.

Um trabalho de revisão recente aponta que o resveratrol é particularmente benquisto pelo cérebro. Ele está associado à proteção contra Alzheimer, Parkinson e até tumores cerebrais.

Lembre-se apenas de priorizar sempre a versão mais natural, sem sal e aditivos. É essa que traz o combo mais proveitoso à cabeça.

3) Folhas escuras
Couve e outras verduras de folhas escuras devem fazer parte da rotina alimentar. Isso porque nos ajudam a manter adequados os níveis de vitamina K. Pesquisas sugerem que essa vitamina também tem afinidade especial pela defesa do cérebro. Uma revisão de literatura científica publicada no periódico Frontiers in Neurology elenca pelo menos seis estudos diferentes que chegaram à mesma confusão: um elo entre a deficiência do nutriente e a redução da capacidade cognitiva em pessoas acima dos 65 anos.

Um trabalho conduzido no Canadá demonstrou que idosos com bons níveis de vitamina K no sangue apresentavam melhor performance em testes de memória verbal. Portanto, a memória agradece se você incluir no prato couve, espinafre, almeirão e companhia.

Mas é preciso conversar com o médico antes se você tiver algum problema de coagulação e tomar certos medicamentos que atuam nesse processo. Como a vitamina K afeta a coagulação sanguínea, alguns ajustes no consumo deverão ser feitos e orientados caso a caso.

4) Açafrão (ou cúrcuma)
Um dos componentes dessa especiaria é a curcumina, um polifenol com comprovados efeitos antioxidante e anti-inflamatório. Com menos radicais livres e inflamação na área, o cérebro fica menos sujeito a processos degenerativos mais comuns com a idade.

Um estudo divulgado na revista científica Nutritional Neuroscience indica que o consumo frequente de polifenóis pode inclusive induzir o desenvolvimento de novos neurônios, além de ajudar a combater a depressão. O efeito se estende até ao estresse crônico e suas repercussões cerebrais. Em experimento com ratos, o uso da curcumina reverteu problemas associados ao estresse nos neurônios.

Em humanos, também já foi demonstrado que o consumo regular de curry, tempero indiano que contém cúrcuma, está relacionado a uma melhor atividade cognitiva.

Nesse momento, novos estudos clínicos são realizados para nos dar um entendimento mais amplo da atuação dessa especiaria no cérebro e de como devemos utilizá-la para potencializar seus benefícios. Só cabe uma conversa com o médico antes de adotar a cúrcuma de vez na rotina. Isso porque ela pode interagir com alguns medicamentos.

Embora já existam suplementos à base desse ingrediente, o mais recomendado por ora é investir no tempero mesmo. Compre uma marca confiável e adicione a suas receitas.

5) Iogurte e kefir
Falamos agora dos alimentos fermentados, aqueles que ofertam bactérias bem-vindas ao nosso organismo. Crescem as evidências de que não só resguardam o intestino, mas também surtem resultados positivos no cérebro.

Pesquisadores europeus descobriram, por exemplo, que o consumo regular de bebidas fermentadas melhora a qualidade do sono e do humor em adultos saudáveis, o que, direta ou indiretamente, repercute na memória e em outras habilidades cognitivas.

Outro estudo, esse publicado no Journal of Functional Foods, constatou que a ingestão de uma bebida fermentada aperfeiçoou a performance cognitiva de idosos saudáveis, comparados com aqueles que não consumiram o produto.

Devido às cada vez mais exploradas conexões entre saúde intestinal e cerebral, podemos dizer que vale a pena incluir iogurte, kefir e/ou leites fermentados na rotina.

6) Nozes
Sabemos que o grupo das oleaginosas (ou nuts) zela pelo bem-estar do cérebro, mas, em meio a esse time, as nozes merecem destaque. São ricas em ômega-3, uma gordura especialmente proveitosa para os neurônios, e substâncias de ação antioxidante e anti-inflamatória.

Segundo uma revisão publicada no The Journal of Nutrition, o consumo de nozes favorece a formação de novos neurônios e ainda contribui para a comunicação entre os já existentes. Além disso, otimiza a eliminação de toxinas que podem perambular pelo cérebro. A ingestão diária de uma porção parece turbinar particularmente a memória verbal.

Além disso, a inclusão das nozes dentro de um cardápio de estilo mediterrâneo (isto é, com frutas, verduras, legumes, azeite, peixes, vinho etc) está associada a uma redução em 46% no risco de sofrer um AVC. Não é tarefa de outro mundo investir em um punhado no dia a dia, né?

7) Peixes
Não é de hoje que se reconhece que o consumo de pescados é uma maravilha para o cérebro. Além da proteção contra doenças neurodegenerativas, surgem cada vez mais provas de que peixes ricos em ômega-3 ajudam a prevenir e reduzir significativamente sintomas de depressão — de modo mais rápido do que se imaginava.

Um estudo divulgado no periódico Psychiatry Research demonstrou que a suplementação com ômega-3 por 21 dias já foi suficiente para abrandar ou reverter alguns casos de depressão. Surpreendentemente, 67% dos pacientes que tomaram ômega-3 na pesquisa não apresentavam mais sinais de depressão no final do experimento.

Vale ressaltar que não se propõe substituir remédios prescritos pelo ômega-3, ok? Existem situações que não podem ser controladas com suplementos ou mesmo alimentos. Assim, tudo deve ser conversado com o psiquiatra, que receitará as condutas de acordo com a situação.

O que nos interessa aqui é que nem sempre se precisa recorrer às cápsulas para ampliar a cota de ômega-3 no organismo e beneficiar o cérebro. O consumo de qualquer peixe pelo menos uma vez por semana é o suficiente para ampliar o volume de massa cinzenta, segundo estudiosos americanos e europeus. E, se o peixe for rico em ômega-3, seu consumo pode resultar em ganhos na memória que usamos para o trabalho, por exemplo.

Entre os peixes campeões em ômega-3, podemos citar o salmão, a sardinha, o atum…

Recado final
Os alimentos que elencamos ajudam a compor qualquer dieta saudável. Mas eles não funcionam como remédio. Por isso, e especialmente se você já tem algum problema neurológico ou psiquiátrico, sempre alinhe as recomendações com as orientações do seu médico. E nunca pare o tratamento prescrito.

* Tailise Souza é PhD em biologia molecular pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, e pesquisadora na área de envelhecimento

Fonte: Abril Saúde

Entenda como funcionam os hormônios da felicidade no nosso cérebro

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A dopamina, serotonina e adrenalina são neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que regulam o humor e a liberação de alguns hormônios. Quando liberados no cérebro, dão sensação de bem-estar e felicidade.

Um artigo publicado em 2014 discutiu que há aspectos endógenos e externos (socioculturais, econômicos, geográficos, eventos da vida), que influenciam a felicidade. Entre os endógenos, há cinco fatores: genética, neurotransmissores cerebrais, hormônios e glândulas endócrinas, saúde física e biótipo.

Tem pessoas que possuem genes mais favoráveis à liberação de serotonina, ou seja, produzem mais serotonina. Mesmo que você seja uma pessoa que geneticamente produz menos serotonina, tudo bem. Isso só quer dizer que você vai precisar se esforçar mais para sentir-se feliz. Ter um gene favorável à produção de serotonina não determina que você será mais feliz, mas é uma constatação de que a genética influencia, sim, no seu estado de humor. Estudos com gêmeos sugerem que fatores genéticos influem 35-50% na felicidade.

COMO LIBERAR OS NEUROTRANSMISSORES DO PRAZER?
1) Tenha pensamentos positivos: o pensamento positivo aumenta a liberação de endorfina, o que equilibra o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático e dá sensação de felicidade. Pensamento positivo não é só achar que tudo vai dar certo, mas pensar em algo que lhe traz felicidade, como um momento bom que teve no passado.

2) Faça atividade física: quando fazemos atividade física, o corpo libera dopamina, que dá motivação para correr mais; e serotonina que dá bem-estar mais prolongado. Vale lembrar que não funciona só se mexer de vez em quando! Se você tem dificuldade de fazer atividade sozinho, convide alguém para ir com você. Além de liberar dopamina, você ainda libera endorfina.

3) Socialize: ter relações de amizade e fazer atividades em grupo aumentam a liberação de endorfina.

4) Faça o bem: um estudo mostrou que comprar presentes para uma pessoa que precisa mantém a sensação de felicidade e bem-estar por mais tempo do que comprar presente para si próprio.

5) Coma chocolate: o chocolate tem teobromina, substância que aumenta a produção de dopamina. Só tome cuidado com exageros. Saiba que após comer, você vai sentir-se feliz, mas logo depois ficará com vontade de comer mais para manter a sensação de prazer, se tiver tendência a comportamentos de compulsão

6) Abrace: o abraço aumenta a ocitocina, que facilita relacionamentos e melhora comportamentos sociais. Aumenta conexões.

7) Ouça música: olhe fotos antigas e converse sobre momentos felizes do passado com amigos. Isso aumenta a serotonina.

8) Medite: os neurocientistas descobriram que monges que passam anos meditando apresentam um maior crescimento do córtex pré-frontal esquerdo, a principal parte do cérebro responsável pelo sentimento de felicidade. Mas não se preocupe. Você não precisa passar anos vivendo isolado e em silêncio como celibatário. Bastam cinco minutos por dia observando sua respiração. Enquanto faz isso tente ser paciente.

fonte: Bem Estar

É verdade que usamos apenas 10% do nosso cérebro?

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É MITO! Imagine que você utiliza somente 10% do seu cérebro. De repente, descobre um jeito de usá-lo inteiro. O que seria capaz de fazer? Teria inteligência e criatividade para resolver todos os seus problemas? Conquistaria tudo o que quisesse na vida? Usaria superpoderes como os heróis da ficção? No filme “Lucy”, a personagem-título, vivida pela atriz Scarlett Johansson, é vítima de um acidente envolvendo uma droga sintética. Depois disso, ao invés de usar 10% do seu cérebro, como os demais seres humanos, ela consegue desenvolver as partes que até então não estavam ativadas. E passa a realizar façanhas com o poder do pensamento.

Não são poucas as pessoas que acreditam que só usamos uma décima parte do nosso cérebro, como acontece na película. Afinal, essa ideia sedutora dá margem para pensarmos que um dia vamos ter condições de utilizar os 90% restantes. Mas ela faz algum sentido? Mesmo que seja um balde de água fria para muita gente, a ciência afirma que “não”.

De onde veio a crença dos 10%?

Ela não surgiu da noite para o dia. Ao que tudo indica, a discussão sobre a relação entre a forma e a função do cérebro, que ocorreu ao longo do século 19, foi o primeiro passo da gestação desse mito. Na época, as pessoas se perguntavam como o órgão raciocinava, percebia o mundo, se emocionava, aprendia com as experiências e controlava o corpo. Logo começaram a surgir possíveis respostas. De um lado, teorias localizacionistas afirmavam que as funções cognitivas estavam segregadas em regiões específicas do córtex cerebral. De outro, a equipotencialidade propunha que as regiões do córtex cerebral poderiam assumir qualquer função, desde que ele saudável.

Resultado. Enquanto os experimentos com a equipotencialidade, feitos com lesões corticais restritas e estimulações corticais localizadas, se mostraram equivocados, continuaram surgindo evidências a favor do localizacionismo. Apesar disso, a complexidade do funcionamento do cérebro ainda deixava brechas para questionamentos.

Elas abriram caminho para explicações como a do psicólogo e filósofo William James, que desenvolveu o estudo The Energies of Men, em 1908. No conceito “energia de reserva”, ele afirmou que as pessoas só usavam uma fração de todo o seu potencial mental. E sugeriu que se elas estimulassem de maneira correta suas capacidades latentes, teriam como resultado resistência à fadiga ou uma performance melhor em tarefas físicas e mentais.

É provável que o mito tenha nascido ali. Quanto aos 10%, esse número apareceu no livro de autoajuda “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, publicado em 1936 pelo autor norte-americano Dale Carnegie. Mais precisamente no prefácio escrito pelo jornalista Lowell Thomas. E com a ajuda de pessoas públicas como o paranormal israelense Uri Geller, famoso por entortar talheres, a crença se espalhou.

Usamos 100% do nosso cérebro.

É isso mesmo. Utilizamos todo o nosso cérebro o tempo inteiro, para fazer das tarefas simples às mais complexas. Até mesmo quando estamos dormindo. Com exames de neuroimagem, como a ressonância magnética funcional, é fácil comprovar essa afirmação, pois ela identifica as partes do cérebro que são ativadas quando a pessoa faz ou pensa em alguma coisa. E as evidências podem ser encontradas de muitas outras formas. Por exemplo, ao observar o metabolismo cerebral ou os prejuízos funcionais em desordens neurológicas.

Mas se todas as áreas do nosso cérebro funcionam, então utilizamos 100% das nossas capacidades cerebrais? Isso depende. Se o termo for entendido como sinônimo de atividade neuronal, a resposta é “sim”. Mas se significar desempenho em tarefas, ou seja, uma capacidade que depende dos níveis atencionais, a reposta provavelmente é “não”.

Funcionamento mais eficiente

Há vários exercícios que prometem aumentar a eficiência cerebral. E alguns de fato funcionam. Assim como a nossa vontade e os desafios que nos obrigam a encontrar soluções. Isso acontece graças à neuroplasticidade, processo que consiste na capacidade de formamos novas sinapses e fortalecermos as já existentes, o que aumenta a velocidade da transmissão elétrica entre os neurônios e a rapidez na resolução dos problemas.

Essa é uma mudança microscópica e biomolecular que ocorre no cérebro, mas que pode ser percebida na prática, pois a pessoa vê seu desempenho melhorar proporcionalmente ao tempo gasto e à dedicação aos exercícios. Mas nem todos trazem os resultados esperados. Muitos deles acabam funcionando apenas como passatempos ou, no máximo, diminuindo o tempo de reação em tarefas específicas.

Como usar todo o potencial do cérebro

Além dos exercícios para a atenção, memória, comunicação, criatividade e intuição, algumas dicas simples ajudam nesse sentido, como ter um estilo de vida saudável, que inclua uma boa alimentação, prática de atividades físicas e sono reparador. Mas não só isso. Quem consegue administrar o estresse e a ansiedade do dia a dia, mantém distância dos vícios e costuma sair da zona de conforto também tem mais facilidade para ganhar novas habilidades.

Cultivar a curiosidade e o pensamento crítico é outra maneira eficaz de desenvolvermos ao máximo as nossas habilidades cognitivas. Esses hábitos nos permitem promover a plasticidade cerebral por meio de novas experiências, de reflexões sobre o passado e simulações acerca do futuro.

Fontes: Claudio Queiroz, neurocientista e professor do Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e Fernando Gomes, neurocirurgião do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Estudo consegue rastrear extensão de lesões ligadas ao Alzheimer no cérebro

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Cientistas usam técnicas de imagem para rastrear extensão de lesões relacionadas ao Alzheimer no cérebro, em pesquisa inédita publicada no periódico Science na quarta-feira (1). Em pessoas saudáveis, a tau é importante para apoiar a estrutura interna das células cerebrais. Mas em indivíduos que têm Alzheimer, ocorrem alterações químicas que fazem com que a proteína forme emaranhados que são associados a uma perda dessas células.

Descobrir o local onde essas lesões, chamadas de emaranhados da proteína tau, se desenvolvem no corpo é fundamental para testar tratamentos que evitam o crescimento de tau e até de beta-amiloide, também ligada a esse tipo de demência. Renaud La Joie, um dos autores da pesquisa, disse ao jornal The Guardian que os resultados sugerem que a técnica de imagem pode ser valiosa tanto na escolha de quais pacientes devem testar esses medicamentos quanto no monitoramento do funcionamento desses remédios.

Como o estudo foi feito

• Os cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) usaram uma técnica de imagem chamada PET para estudar o cérebro de 32 pessoas. Os participantes tinham entre 49 e 83 anos e estavam nos estágios iniciais de alguns sintomas do Alzheimer.

• Nessa técnica, eles injetam nos pacientes substâncias que se ligam a placas de beta-amiloide ou a emaranhados de tau.

• Eles usaram a técnica no início do estudo, assim como uma ressonância magnética. Esta última foi repetida 15 meses depois, para rastrear a atrofia cerebral.

• Os resultados revelaram que o nível e a localização dos emaranhados mostrados pela PET no início estavam intimamente ligados ao encolhimento da substância cinzenta no cérebro.

Como prevenir o Alzheimer?

Coma de forma saudável Priorize o consumo de vegetais, frutas, sementes e peixes, além de limitar açúcar, carboidratos refinados, gordura saturada e trans. Estudos indicam que a dieta mediterrânea pode ser útil para a prevenção das demências. Alguns nutrientes específicos, como ômega 3, a vitamina E e o resveratrol (presente na uva), já foram associados à redução de risco, mas não há evidências de que tomar suplementos com essas substâncias diminua a possibilidade de ter Alzheimer.

Pratique atividades físicas Além de preservar a saúde como um todo, os exercícios também têm um papel importante para as funções cognitivas.

Tenha hábitos saudáveis Cuide de eventuais doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, depressão e hipercolesterolemia, e vá ao médico regularmente. Durma bem, não fume e evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Cultive o lazer e tenha uma vida social ativa Conversar com os amigos, ter um hobby, fazer cursos e ter uma vida intelectual rica ajuda a garantir uma reserva cognitiva, o que pode adiar os sintomas se a pessoa ficar doente.

fonte: vivabem / uol

Memórias são armazenadas de formas distintas em jovens e idosos, diz pesquisa

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Pesquisadores do King’s College London (Colégio do Rei de Londres, em tradução literal) descobriram que as memórias são armazenadas de formas diferentes no cérebro na juventude e na velhice. Essas diferenças, no nível celular, significavam que era muito mais difícil modificar as lembranças feitas na velhice.

As recordações são armazenadas no cérebro, fortalecendo as conexões entre sinapses num processo chamado potenciação de longo prazo. A maioria das pesquisas sobre o assunto se concentrou no hipocampo, devido ao seu papel crítico na formação de novas memórias. Pesquisas anteriores mostraram que a formação da memória do hipocampo diminui com a idade. Além disso, a recuperação de memória pode alterar essas conexões e permitir que as lembranças sejam adaptadas para novas situações.

Os pesquisadores treinaram ratos adultos jovens (3-4 meses) e idosos (18-22 meses) em uma tarefa de memória do medo, descobrindo que a idade não afetou a capacidade geral de criar novas memórias. No entanto, ao analisar as sinapses antes e depois da tarefa, descobriram que novas memórias foram estabelecidas através de um mecanismo completamente diferente em animais mais velhos em comparação com os mais jovens.

— Até agora, pensava-se que as pessoas mais velhas deveriam ser capazes de formar recordações da mesma maneira que as pessoas mais jovens, portanto, superar problemas de memória envolveria simplesmente restaurar essa capacidade — disse Karl Peter Giese, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência da King’s.

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Os resultados podem ter implicações para condições em que a recuperação da memória é um problema, como o transtorno de estresse pós-traumático.

— Episódios como esses afetam demais a memória. Saber como elas são armazenadas em pessoas idosas facilitam todo o tratamento — pontua Janice Valentim, psicóloga do Espaço Stella Torreão.

Uma das alternativas para evitar grandes perdas de memória após situações estressantes é manter o cérebro sempre ativo.

— Fazer atividades fora do cotidiano movimenta o nosso cérebro e evita atrofias — comenta o neurologista André Lima, diretor da Clínica Neurovida.

Fonte: Extra

Conheça os tipos de demência e seus principais sintomas

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Há várias doenças de progressão lenta que podem afetar o cérebro em função da perda maciça de células cerebrais, como a doença de Alzheimer. Saiba mais!

Há uma tendência a se associar demência aos idosos e encaramos a doença como parte do processo natural de envelhecimento. De fato, com frequência, ela é incorretamente referida como “demência senil”, um reflexo da visão disseminada e equivocada de que o declínio mental grave é parte normal do envelhecimento. Porém, há outros tipos de demência e suas particularidades.

A demência não é uma doença específica, mas um termo utilizado para descrever uma gama de sintomas que afetam o cérebro, causando perda de memória, confusão e desvio de personalidade. Pode afetar pessoas de todas as idades, mas a faixa etária é o fator de risco mais importante – cerca de uma em cada 50 pessoas entre os 65 e 70 anos apresenta alguma forma de demência, e a razão aumenta para uma em cada cinco pessoas após os 80 anos. Os genes podem ter um papel importante também, particularmente no início precoce da doença de Alzheimer.

O que pode causar demência?
Danos às células nervosas no cérebro, nas fibras conectoras ou uma quantidade reduzida de transmissores químicos no cérebro.

• O Alzheimer é a mais comum das demências. Acredita-se que a causa de dano cerebral nesse caso seja o acúmulo de proteínas anormais nos neurônios, fazendo com que morram.

• O derrame, conhecido como demência vascular, provoca cerca de 20% de todos os casos de demência. Ele ocorre se partes do cérebro que realizam funções intelectuais como fala e memória forem afetadas. A demência pós-derrame é mais comum em idosos e após um segundo episódio de derrame.

• Outras causas incluem demência com corpos de Lewy, doença de Parkinson, demência frontotemporal e lesão na cabeça.

• Substâncias tóxicas, como o álcool, exposição prolongada a alguns produtos químicos ou metais pesados, ou desequilíbrios químicos causados pela diálise renal ou por
insuficiência hepática podem provocar sintomas de demência.

• Causas raras incluem tumores no cérebro, doença de Huntington, encefalite e infecção por HIV.

• Sintomas também podem ocorrer por problemas na tireoide e deficiências de vitaminas.

DOENÇA DE ALZHEIMER
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A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência e afeta a memória, o pensamento, a linguagem e o raciocínio. À medida que as células são progressivamente destruídas, a doença se torna cada vez mais debilitante. O cérebro de alguém que sofre de Alzheimer é caracterizado por uma atrofia bem marcada – ele parece ter “murchado” dentro do crânio. Isso é resultado de níveis reduzidos do neurotransmissor acetilcolina e do aparecimento de placas e emaranhados nos circuitos neurais, os quais se acredita que “desconectem” as áreas responsáveis pelo armazenamento e o processamento de informação. A doença de Alzheimer não tem cura, nem os sintomas podem ser revertidos, mas é possível atenuá-los.

Quais são os sintomas?
Perda de memória, confusão, desorientação, dificuldade de completar atividades simples ou rotineiras, mudanças de humor, isolamento social, diminuição do senso crítico e dificuldade em tomar decisões. Os sintomas posteriores incluem ansiedade ou raiva em resposta a mudanças ou ao estresse, dificuldade para se vestir e comer, conversas repetitivas, incapacidade de achar a palavra correta, problemas com leitura e escrita, dificuldade em reconhecer pessoas, distúrbios do sono, perambulação e ilusões. O estágio avançado ocasiona perda de peso, incontinência e completa dependência de um cuidador.

Você corre risco?
Ainda não se sabe exatamente o que causa a doença de Alzheimer, mas fatores genéticos, ambientais e estilo de vida estão relacionados. Eis alguns possíveis fatores de risco.

Pessoas acima de 65 anos apresentam maior risco, que aumenta a cada década seguinte.
Os genes também têm um papel proeminente. Um gene específico, chamado apolipoproteína E4 (ApoE4), está fortemente associado ao Alzheimer – embora nem todo portador do gene vá ter a doença e ela possa se desenvolver em pessoas que não são portadoras.
A doença afeta mais mulheres do que homens, mas possivelmente porque elas vivem mais. Os homens estão mais propensos a ter a demência vascular, que provavelmente está relacionada ao maior nível de fatores de risco cardiovasculares como doenças cardíacas e hipertensão arterial.
Outros possíveis fatores de risco incluem hipertensão arterial prolongada, histórico de trauma na cabeça e obesidade, embora não haja evidências substanciais.

Como é diagnosticada?
A doença de Alzheimer (e outras formas de demência) é difícil de ser diagnosticada porque muitos dos sintomas podem ser associados a outras doenças. Um exame minucioso pode envolver um teste neuropsicológico, exames de sangue, consultas a especialistas (como um psiquiatra, um neurologista ou um geriatra) e conversas com a família. Alguns tipos de demência apresentam sinais neurológicos, padrões de surgimento e taxas de progressão diferentes das relacionadas ao Alzheimer, e o descarte delas auxilia na confirmação do diagnóstico. Além disso, os médicos normalmente vão realizar exames como tomografia computadorizada (TC) ou imagens de ressonância magnética (IRM) do cérebro. Além de descartar causas de declínio cognitivo (como derrames, sangramento ou tumores cerebrais), a presença de encolhimento do hipocampo e dos lobos parietal e temporal é sugestiva de doença de Alzheimer. Alguns tipos de PET scan (tomografia por emissão de pósitrons) podem mostrar o metabolismo de glicose alterado nas mesmas regiões do cérebro e, também, dar suporte ao diagnóstico. Pesquisadores vêm trabalhando para desenvolver ferramentas de diagnóstico mais eficazes, incluindo técnicas de imagem cerebral mais sofisticadas e um exame que mede os níveis de proteínas no líquido cerebrospinal que estão associadas à doença de Alzheimer.

Qual é o tratamento?
Algumas demências são solucionadas quando se trata a causa – por exemplo, a retirada bem-sucedida de um coágulo sanguíneo ou de um tumor cerebral. No entanto, o dano ao cérebro causado pelo Alzheimer não pode ser reparado. O tratamento, portanto, tem como objetivo desacelerar a progressão e dar apoio ao paciente e à sua família. Embora não exista ainda uma cura para o Alzheimer, há uma vasta quantidade de novos conhecimentos sobre como aliviar os primeiros sintomas e, possivelmente, adiar o início da doença. Em estágios moderados, o Alzheimer pode ser tratado com um grupo de fármacos chamado anticolinérgicos, que aumenta a quantidade de acetilcolina – uma substância química que ajuda a transmitir os sinais nervosos – no cérebro. Essa medicação pode melhorar a memória e a capacidade mental em algumas pessoas. O diagnóstico precoce é fundamental para que o indivíduo aproveite o máximo dos tratamentos e tenha tempo para planejar o futuro.

DEMÊNCIA VASCULAR
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A demência vascular é a segunda forma de demência mais comum nos idosos. O dano é causado pelo estreitamento das artérias (e pela falta de oxigênio) no cérebro. Pode ser consequência de um grande derrame ou de miniderrames (ataques isquêmicos transitórios) ou de danos crônicos a pequenos vasos sanguíneos no cérebro. O grupo de risco inclui fumantes, hipertensos, diabéticos, cardíacos e pessoas com colesterol alto. A doença vascular também aumenta o risco de Alzheimer. Os problemas causados pela demência vascular dependem da parte do cérebro afetada e da gravidade do dano ao vaso sanguíneo. Os sintomas podem incluir diminuição da velocidade do pensamento, concentração precária e dificuldades em encontrar a palavra correta, solucionar problemas, planejar e organizar. Pode haver também sinais de confusão e depressão.

Qual é o tratamento?
Embora não haja cura para a demência vascular, sua progressão pode ser desacelerada ao:

• praticar exercícios regularmente e manter um peso saudável
• tratar problemas subjacentes como pressão alta ou diabetes
• reduzir a ingestão de gorduras saturadas e alimentos com alto teor de colesterol LDL (mau)
• manter a saúde mental em dia.

DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL
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É a segunda causa mais comum de demência em pessoas mais novas, principalmente na faixa dos 50 anos. Pode gerar grandes dificuldades na expressão da linguagem ou mudanças significativas nas funções cognitivas, na personalidade, na dieta e nos comportamentos social e sexual.

DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY
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Esse tipo de demência apresenta muitas semelhanças com a doença de Alzheimer. Os sintomas incluem grandes mudanças na cognição e nos movimentos. Alucinações visuais são comuns, e a progressão é razoavelmente rápida.

COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE
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O comprometimento cognitivo leve (CCL) é mais do que simplesmente o esquecimento normal relacionado à idade, mas menos complexo do que a demência em si. Acredita-se que uma em cada seis pessoas acima de 70 anos seja afetada, tendo problemas com a memória, a linguagem ou outras funções mentais, mas não em um grau que interfira na vida diária. Cerca de metade dos portadores de CCL desenvolve demência (normalmente Alzheimer) em cinco anos após o diagnóstico. Trata-se de um período importante para implementar um estilo de vida saudável e outras estratégias que possam desacelerar o processo de declínio cognitivo.

DOENÇA DE PARKINSON
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A doença de Parkinson, um distúrbio neurológico, é causada pela diminuição na produção de dopamina no cérebro. Ela se desenvolve quando as células cerebrais em parte do tronco encefálico morrem. Isso provoca um desequilíbrio entre duas substâncias químicas vitais, a acetilcolina e a dopamina, que são responsáveis por enviar mensagens à parte do cérebro que coordena os movimentos. Os níveis de dopamina caem, o que produz os penosos sintomas de tremor e rigidez muscular.

Quais são os sintomas?
Os sintomas são leves nos estágios iniciais e, em geral, atribuídos ao envelhecimento. Quando finalmente o diagnóstico chega, o paciente já pode ter perdido mais da metade das células que produzem dopamina, o que acentua os sinais. Alguns dos sintomas são:

• tremores nas mãos, braços, pernas, cabeça ou voz, em especial quando sob estresse

• rigidez muscular nos braços e pernas e desaceleração dos movimentos

• perda de coordenação motora e equilíbrio

• dar passos curtos e vacilantes

• pensamento mais lento, dificuldade em encontrar palavras adequadas, na resolução de problemas e na realização de múltiplas tarefas

• ansiedade e depressão

• alucinações

• constipação e incontinência

• expressão facial fixa, sem piscar os olhos e com a boca aberta, e, em estágios mais avançados, dificuldade em falar, comer e engolir. Alguns pacientes podem desenvolver demência.

O Parkinson piora com o tempo, por isso é chamada de “doença degenerativa”. É mais comum em pessoas acima de 55 anos, embora também possa afetar os mais jovens. Algumas pessoas convivem com esse distúrbio por muitos anos e apresentam apenas sintomas leves. Por isso, não pense no pior se o seu diagnóstico for positivo.

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Os cientistas não sabem por que as pessoas desenvolvem a doença de Parkinson, mas acredita-se que se deva a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Além disso, ela parece ser mais comum em homens do que em mulheres.

Como é diagnosticada?
A doença de Parkinson pode ser de difícil diagnóstico, pois ainda não existem testes clínicos definitivos. O primeiro sinal pode ser um leve tremor ou dificuldade de manipular uma caneta (a caligrafia em geral fica menor) por causa dos efeitos da doença nas habilidades motoras finas. O médico vai realizar exames neurológicos que podem incluir a observação do paciente ao sentar-se, levantar-se, andar e estender os braços, bem como verificar o equilíbrio e a coordenação motora. Exames como o SPECT scan (tomografia computadorizada por emissão de fóton único)
podem detectar a deficiência de dopamina, e a ressonância magnética em geral é necessária para descartar outras doenças.

Qual é o tratamento?
O Parkinson, em geral, é tratado com medicamentos, como a levodopa, que é
convertida em dopamina no cérebro. Alguns pacientes podem precisar de medicamentos combinados. Para casos graves, técnicas cirúrgicas também podem ajudar: a mais comum é a estimulação cerebral profunda (ECP), que pode auxiliar a aliviar sintomas como tremores e movimentos mais lentos. Um fio fixado a um dispositivo semelhante a um marca-passo é colocado no cérebro. O dispositivo é implantado na parede torácica e gera uma pequena corrente elétrica, que estimula a parte do cérebro afetada.

Redução de riscos
É quase impossível prever quem vai desenvolver a doença de Parkinson. Pesquisadores em todo o mundo buscam compreender quais são as condições que podem reduzir os fatores de risco, mas nada foi comprovado até o momento.

Estudos observaram que fumantes têm risco reduzido de doença de Parkinson, o que não significa que você deva começar a fumar – os perigos são muito maiores do que quaisquer possíveis benefícios! Estudos clínicos têm analisado os efeitos positivos da nicotina.
Alguns estudos mostraram que pessoas que tomam café regularmente ou fizeram uso regular do anti-inflamatório ibuprofeno podem ser menos suscetíveis à doença.
Muitos pacientes com Parkinson têm carência de vitamina D. Mantê-la em níveis saudáveis pode diminuir os riscos.

Fonte: Selecões