Aplicativo desenvolvido pelo MIT fornece imagens com mapa de calor online

Lamem Neuroforma

A memória é uma coisa maravilhosamente útil, mas estranhamente misteriosa, sem a qual nós nunca aprenderíamos com os nossos erros, reconheceríamos os nossos amigos, ou encontraríamos o nosso caminho ao redor do mundo. Exatamente o que faz com que certas coisas sejam memoráveis ou esquecidas, no entanto, é um conceito que uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) tem trabalhado para responder.

 

Após a realização de uma extensa pesquisa, a equipe criou uma rede neural convolucional (RNC) com a capacidade de prever com precisão a “memorização” de fotografias, aprofundando nosso conhecimento sobre como a memória humana funciona. Você mesmo pode conferir esse experimento que virou um aplicativo on-line que lhe diz o grau em que suas fotografias são memoráveis. O App produz um mapa de calor que indica quais elementos destas imagens são os mais memoráveis ou “esquecíveis”.

 

As RNCs são redes de neurônios artificiais concebidos de acordo com o arranjo das células neurais no córtex visual – a parte do cérebro que processa a informação visual. Essas redes são capazes de aprendizado profundo, o que envolve o processamento de grandes volumes de dados a fim de identificar padrões subjacentes. Em outras palavras, elas aprendem informações por si mesmo, em vez de exigir uma pré-programação.

 

Na publicação do estudo através do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (CSAIL), os pesquisadores explicam como eles primeiramente realizaram uma série de testes para determinar como os seres humanos memorizam fotografias. Basicamente, isto envolveu a exibição de um fluxo de imagens, algumas das quais foram repetidas, e pediram aos participantes para pressionar um botão cada vez que eles reconhecessem uma fotografia que eles já tinham visto.

 

Analisando os dados obtidos durante esses testes, a equipe encontrou uma correlação de classificação (uma medida de comparar dois conjuntos de dados) de 0,68 entre as respostas dos participantes humanos e a taxa real de repetição de imagem.

 

Levando isso um passo adiante, os investigadores procuraram identificar quais características de uma fotografia são responsáveis ​​pela sua memorização. Eles descobriram por exemplo que imagens de pessoas eram geralmente mais memoráveis do que paisagens naturais.

 

Eles então criaram um algoritmo para prever quais imagens seriam memoráveis ​​ou esquecíveis, e descobriram que sua RNC foi capaz de alcançar uma correlação de classificação de 0,64. O fato de essa pontuação ter ficado tão próxima da obtida pelos participantes humanos sugere que o algoritmo criado é um modelo preciso para prever a memorização de imagens.

 

Em seu estudo, os pesquisadores explicaram que isso pode ter uma ampla gama de aplicações reais. Por exemplo, entender o que torna as coisas memoráveis pode permitir a manipulação de dados, a fim de aumentar a sua memorização, garantindo assim que fatos importantes não sejam esquecidos.

 

O principal autor do estudo, Aditya Khosla, ressaltou que “poderíamos melhorar potencialmente a memória das pessoas se usarmos imagens memoráveis.”

 

Você pode saber mais a respeito desse tema acessando nossa plataforma on-line de exercícios para o cérebro (exercícios de memorização, atenção, inteligência e habilidades sociais) ou através do nosso site https://neuroforma.com.br/novo/programas-e-plataformas