Quedas, fraturas, conquistas, controvérsias, negócios, projetos, sonhos e tecnologia. A vida de Bob Burnquist, o maior nome do skate brasileiro de todos os tempos, daria um livro — que ele está desenvolvendo. Antes, porém, deve apresentar sua vida em uma série para a TV, criar conteúdo para ser vendido com NFTs, produzir um podcast e mais algumas coisas.
Bob é um personagem multifacetado, extremamente eloquente e carismático. Hoje, faz 45 anos de idade com 44 fraturas decorrentes do skate, mas dividindo sua vida com atividades tão diferentes quanto ser comentarista de TV e piloto de aeronaves. Ele ainda pode ser paraquedista, praticante de jiu-jitsu, sócio de uma empresa farmacêutica de fitoterápicos (incluindo alguns à base de canabis)…
Em entrevista exclusiva para o UOL, Bob se mostra uma pessoa à frente do seu tempo, com uma visão clara sobre mundo dos negócios, das novas tecnologias e de como ações sociais impactam na sociedade.
Na área social, você está com um projeto com neurogames para crianças?
Sim. Desde o início eu busquei a neurociência e não o esporte para criar esse projeto. Eu queria abrir a cabeça das pessoas para essas novidades com o Instituto Bob Burnquist, sempre com muito cuidado, afinal tinha o meu nome nisso.
Durante a pandemia, ajudamos 800 famílias com refeições por seis meses junto com a Ticket Alimentação. Doamos máscaras, rampas, obstáculos de skate para apoiar a comunidade e crianças carentes.
Fizemos um evento no Allianz Park, o Spotlab Sessions, para doação de máscaras. Assim, iniciamos nossas atividades. Apoiamos entidades sociais voltadas ao skate, como a Ong Social Skate, a Ademafia, a Skate Terapia, com meu poder de captação. Potencializamos o que essas entidades já fazem.
E isso evoluiu para o programa Skate Educa Mais, do Instituto Skate Cuida. Nossa hashtag é #skatecuida e o lema é “Inspirar, Educar e Transformar”. Trouxemos o pensamento da neurociência e criamos um programa que engloba todas essas atividades para ajudar durante a pandemia as crianças com problemas de depressão.
Conseguimos o apoio do aplicativo Neuroforma. É uma plataforma com exercícios para turbinar a capacidade cognitiva utilizando exercícios mentais e até o Tom Brady e pessoas com Alzenheimer já utilizaram. Com ela, começamos a ajudar, pela veia do skate e pela da neurociência.
Então, no Instituto Skate Cuida, primeiro damos comida, depois andamos de skate, fazemos o neuroforma, alongamos, ensinamos a filmar, compor câmera, postar nas redes sociais e dar ferramentas para dar liberdade de expressão e criar novos projetos. Eles aprendem ainda sobre tecnologia, sobre criptomoedas, como fazer o seu próprio NFT social, entre outras.
Fonte: UOL